terça-feira, 20 de maio de 2008

VITÓRIAS E DERROTAS

Enfrentar uma derrota, principalmente com dignidade, só para os fortes.
Que, não raro, se tornaram tão fortes precisamente por não temerem a possibilidade de derrota.
Quantos fracassos não antecederam as grandes invenções?
Mas foi através dos fracassos que as grandes descobertas foram se construindo: cada fracasso abriu janelas para novas reflexões, desdobrou conhecimentos que possibilitaram, enfim, obter uma grande conquista científica.
Quantas derrotas Abraham Lincoln não enfrentou antes de conseguir se eleger presidente? Conta-se que ele tentou ser lojista, mas a loja faliu... Tentou engenharia, mas fracassou... Tentou agricultura, porém acabou tendo de vender os equipamentos para pagar as dívidas... Entrou na política, concorreu a cargo eletivo mas foi derrotado...
Muitos poderiam perguntar: mas por que ele não desiste?
Por que não se dá por vencido?
Por que não admite a si mesmo ser um inepto, um fracassado?
Se assim viesse a se considerar, não houvesse aprendido com as derrotas não teria sabido conduzir o seu país durante a guerra civil e, muito provavelmente os EUA teriam se dividido.
A verdade é que as “derrotas” nos fortalecem e ensinam muito mais do que as vitórias.
Grandes “derrotados” são lembrados por gerações como exemplos de seres humanos. Sócrates, Jesus não foram considerados vitoriosos por seus contemporâneos, mas venceram não só porque tentaram, não só porque se arriscaram - mas porque não temeram ser submetidos à máxima “derrota”: a morte...
Claro que não se está aqui a defender que todos morram por suas idéias, mas esses são exemplos que nos devem fazer refletir: ninguém merecerá vitórias se não tiver humildade de se submeter a reveses.
Grandes sábios, grandes artistas só desenvolveram seu conhecimento, suas habilidades devido à extrema persistência: houvessem desistido diante do(s) primeiro(s) fracasso(s), não teriam assimilado o conhecimento, não teriam desenvolvido técnicas primorosas que encantam gerações.
Mas, é claro, ao adquirir um grande conhecimento, desenvolver técnicas artísticas geniais, trazer à luz um grande invento etc., o homem vai ser alvo das intrigas, das perseguições de todos aqueles que desfrutavam de um eterno “dolce far niente”, ou da constante vileza - enquanto ele estudava e/ou trabalhava incansavelmente.
Um bom exemplo: Leonardo da Vinci.
Como os seus contemporâneos o poderiam perdoar por sua genialidade?
O problema é que quem se expõe à(s) derrota(s), termina por conquistar vitórias; e, alcançá-las, deixa manifesto que era possível aprender, que era possível fazer...
O mais incompreensível é que os grandes gênios não são perseguidos só por seus contemporâneos: até em gerações futuras intrigantes os tentarão denegrir...

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