Sem qualquer dúvida, o que tem mais valor é a honra. Porque muitos, por se descuidarem da honra, estão mortos para a vida - muito antes que se extinguam suas funções vitais; outros, por morrerem por seus valores éticos, se perpetuam através dos séculos. Para seus contemporâneos Sócrates, Jesus, Saddam Hussein estavam errados, e poucos foram os que lamentaram suas mortes. Mas, mais de 2000 anos depois, Jesus e Sócrates são mais lembrados e citados do que 99% dos vivos...Quanto a Saddam Hussein, as gerações futuras se impressionarão como a civilização mais cruel e devassa de toda a História da humanidade, foi também tão hipócrita a ponto de atribuir à única ovelha branca todos os seus pecados e a oferecer em sacrifício ao deus das guerras...Se você se acha apenas uma boca para comer, para beber, para fumar; se você se imagina apenas um órgão sexual para fazer sexo, honra é de somenos importância...Para muitos é tempo de roubar, seqüestrar, estuprar, matar... Porém, ladrões, seqüestradores, estupradores, assassinos não têm mesmo qualquer honra.Mas se você se considera um ser humano, a honra é muito importante. Dependendo da situação, você morre por ela.E o que vale mais: apenas viver, sem qualquer respeito, seja de si mesmo ou dos outros - ou viver, efetivamente, com dignidade?
Fim do Mundo?
Não precisamos mais imaginá-lo, pois o estamos vivenciando.
Dizer a verdade sem pena e sem dó; as vezes ofende, mas sem intenção. A verdade tem que ser dita indepedentemente do que seja?
Não. Não devemos confundir autenticidade com descortesia. Nem Verdade com desconforto, dor, humilhação para quem a ouve ou lê.Percebamos que há pessoas que só dizem a verdade se ela for ofensiva, se ela até puder causar a morte de alguém. Na verdade, o que buscam é ferir, é causar desconforto, mal-estar, tristeza, ansiedade, humilhação... Mas não se preocupam em ser verdadeiros para elogiar... Se a verdade beneficiar de qualquer forma o ouvinte ou o leitor, eles se absterão de dizê-la... Por exemplo, se vier a trazer libertação, alegria, satisfação, orgulho, prazer... eles se calam... eles a omitem...Tem gente que sob o pretexto de ser verdadeiro é sempre descortês, mal-educado, indigno, torpe, mesquinho... E jamais é capaz de um ato magnânimo, jamais é capaz de um ato gentil... É preciso sempre se observar a si mesmo e ver se, sob um fundamento imaginário, não estamos abrigando em nós um coração empedernido, impiedoso, implacável, vaidoso ao ponto de jamais reconhecer o mérito alheio. Há quem diga, despudoramente: “o trabalho estava excelente, mas eu não disse, pra não dar cartaz...” Ou seja, a sinceridade desses indivíduos têm “limites”...Ou seja, é sempre bom verificarmos até que ponto a nossa sinceridade, a nossa autencidade nos deixa ir: ela é sempre sem limites, ou só emerge quando, sem intenção, ofende?
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