sexta-feira, 9 de maio de 2008

TORTURA É TERRORISMO

Governo Bush prendeu jornalista por seis anos em Guantánamo, onde foi torturado
O jornalista sudanês Sami Al Hajj, da rede de TV Al Jazira, foi libertado da base norte-americana de Guantánamo após mais de seis anos de prisão.
Ele foi recebido na capital do Sudão pela família e pela direção da TV árabe e levado diretamente para um hospital, devido ao seu grave estado de saúde.
“Agradeço a Deus... por estar livre de novo”, afirmou no leito do hospital.
Ele foi libertado após uma intensa greve de fome.

Al Hajj afirmou que as condições no campo de concentração norte-americano estão “ficando piores a cada dia”.
“Alguns de nossos irmãos vivem sem roupas”, disse.

O seqüestro do cameraman da Al Jazira ocorreu em dezembro de 2001, próximo à fronteira com o Afeganistão.
Levado para o campo de concentração dos EUA em Bagram, começou a viver um verdadeiro pesadelo, sofrendo abusos sexuais e ameaças dos soldados norte-americanos de estupro.
“Foram os piores dias de minha vida”, disse.

Salim Lamrani, em artigo publicado no jornal cubano “Granma”, afirma que Al Hajj, foi seriamente torturado durante muitos meses, era obrigado a ajoelhar-se durante horas, atacado com cães e agredido constantemente.
O jornalista sudanês foi também metido numa gaiola e levado a um hangar.
Ele explicou que os carrascos arrancavam os cabelos e os pêlos da barba dos presos. Os carcereiros o espancavam freqüentemente e não o deixaram tomar banho durante cem dias e seu corpo tinha sido invadido de piolhos.

Em 13 de junho de 2002, Sami al Hajj foi enviado a Guantánamo acorrentado, amordaçado e encapuzado.
Os carcereiros o despertavam violentamente com golpes na cabeça.
Antes do primeiro interrogatório, não lhe permitiram dormir durante dois dias.

“Em três anos, a maioria dos interrogatórios tentava estabelecer uma ligação entre Al Jazira e Al Qaeda”, afirmou seu advogado.

Espancaram as plantas dos pés e o amedrontaram com cachorros. Foi vítima de humilhações racistas. Com seus companheiros de cárcere, fez greve de fome. A reação do exército norte-americano foi muito violenta: foi surrado e atirado por uma escada, ficando seriamente ferido na cabeça. Depois foi isolado e transladado ao Campo V, o mais severo de Guantánamo, classificado no nível de segurança quatro, onde são cometidas as piores brutalidades.
http://www.horadopovo.com.br/


As atrocidades cometidas pelo governo dos Estados Unidos não atingem apenas o povo afegão e iraquiano.
Os atos inconseqüentes da administração Bush também têm feito vítimas entre os profissionais do jornalismo.
Os atos criminosos que violam todos os direitos humanos numa guerra sem sentido em que o principal alvo não é a paz, mas, o enriquecimento a custa da desgraça de famílias inteiras que se separam ou pela morte ou pela distância.
O cinegrafista (e peço que alguns não desvelem uma discussão tola sobre a condição profissional dele) Sami AL-Hajj que trabalhava na rede de tevê Al-Jazira, foi preso no Paquistão em dezembro de 2001 sob a acusação de transmitir mensagens para uma organização terrorista islâmica.
Fato nunca comprovado pelo departamento de inteligência norte-americano.
É importante ressaltar que no momento de sua prisão, Sami tentava cruzar a fronteira para cobrir a invasão do Afeganistão pelos EUA.
Quer dizer, ele foi detido sem provas documentais no exercício de sua profissão e enviado a Baía de Guantánamo em janeiro de 2002.

Depois de 2, 340 dias preso em uma penitenciaria de segurança máxima, ele foi solto na última sexta-feira, 2, e enviado para o Sudão, seu país de origem.
Sami está internado em um hospital da capital Cartum, onde se recupera de seu delicado estado de saúde.
Ele está muito fraco e com o organismo debilitado devido à alimentação de baixa qualidade que lhe serviam na prisão.
Em entrevista a AL Jazira, Sami comprova aquilo que a ONU já denominou um dia de Auschiwitz.
“Ratos são tratados com mais dignidade”.
Ele afirmou ainda que sua “dignidade humana foi violada” durante a prisão.
Quem não se lembra dos vídeos que vazaram na internet alguns anos atrás?
Neles soldados humilhavam os prisioneiros, que ficavam nus e em muitos casos constatou-se até mesmo abuso sexual dos mesmos.
O governo americano mantém cerca de 300 “suspeitos” de ligação com redes terroristas como a Al –Qaeda e o Taleban.
Como aconteceu com Sami, na maioria dos casos as pessoas são presas sem nenhuma acusação formal.

A organização Repórteres Sem Fronteiras expressou “grande alívio” com a libertação, e acrescentou que é mais um caso da injustiça praticada em Guantánamo.

Algumas perguntas pairam no ar.
A primeira delas poderia ser.
Por que a ONU não toma providências concretas para forçar os Estados Unidos a fechar esse antro de destruição da vida humana?
Por que não força a retirada das tropas americanas do Afeganistão e Iraque?
Por que não cria sanções contra os Estados Unidos?
Talvez, por que, os países mais ricos do mundo estejam montando filiais de suas maiores empresas no Iraque, e explorando a maior reserva de petróleo do mundo sem pagar nada aos iraquianos.
Porque esses mesmos países formam a cúpula da ONU, a mesma ONU que foi desrespeitada em 2003, quando os EUA iniciaram sem consultar o mundo uma guerra que já matou quase meio milhão de pessoas.

Mais a profecia que diz que todo império um dia desaba está começando a pairar sobre "Wochington" (leia Washington).
Desde o antigo Egito, tido como o primeiro grande império, passando pelo Romano, Otomano, Austro-Húngaro e Nazista ruíram um dia.
Quem não se lembra do lugar de destaque ocupado um dia por Portugal, Espanha e Holanda?
Tudo passa como diz o ditado.
E a economia America já dá sinais de último suspiro.
Ela está na UTI, e é questão de tempo para o destino derrubar mais esse gigante que se consome em sua própria arrogância e avareza.

Reflita hoje

Existe alguma diferença entre o holocausto e a guerra no Iraque?

Qual a diferença?

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