terça-feira, 27 de maio de 2008

O OUTRO LADO DE UM DITADOR

O lado nazista da família Bush
Que a face de “aliado incondicional de Israel” é representada
diariamente pelo governo de George W. Bush, isso não é notícia.
Mas a ironia por trás do mais recente discurso do presidente
estadunidense no Knesset, em que ele reviveu o caso de um
senador isolacionista dos EUA, William Borah, a quem se atribui a
fantasia de que, se ele tivesse podido falar antes com Adolf Hitler,
teria sido possível evitar a invasão nazista da Polônia em 1939, é
que a própria família Bush teve um papel vital em dar suporte ao
regime nazista.
Em discurso ao Parlamento de Israel em 15 de maio, Bush afirmou:
“Há quem acredite que nós deveríamos negociar com terroristas,
como se houvesse algum argumento engenhoso capaz de persuadilos
de que estão errados todo este tempo. Nós já ouvimos essas
tolices antes. Quando os nazistas invadiram a Polônia em 1939, um
senador americano declarou: ‘Deus! Se nós ao menos tivéssemos
conversado com Hitler, tudo isto teria sido evitado’”.
Claramente,
tratava-se de um ataque a Barack Obama.
Mas se William Borah,
autor da citação usada por Bush, pode ter parecido ser ingênuo, o
que dizer então sobre o papel da família Bush em providenciar
assistência bancária e industrial para os nazistas construírem suas
máquinas de guerra na década de 1930?
Evidências arquivadas pelo governo estadunidense, recentemente
abertas para pesquisa pública, mostram claramente que Prescott
Bush,
avô de George W. Bush, era diretor e investidor de empresas
que lucraram e colaboraram diretamente com o fortalecimento do
regime nazista alemão.
Mais irônico do que isso, essa profunda
relação de negócios continuou depois de Hitler ter invadido a
Polônia em 1939, e até mesmo depois de a Alemanha ter declarado
guerra contra os Estados Unidos, após o bombardeio japonês de
Pearl Harbor, em 1941.
Essa aliança entre a família Bush e Adolf
Hitler só chegou ao fim em 1942, após o governo estadunidense ter
declarado o “Ato de Troca com o Inimigo”, que acabou por congelar
os negócios entre ambas as partes.
Não por interesse próprio, mas
forçado pela nova lei, a família Bush deixou de trabalhar com os
nazistas.
Obviamente, esses são
detalhes que a mídia
corporativa ocidental não
comentará até alguns anos
após a aposentadoria de
George W. Bush, quando novos
criminosos estiverem no poder
e sob proteção nos Estados Unidos.
Mas certamente um discurso
mais honesto perante o Knesset deveria conter um pedido formal de
desculpas ao povo judaico, vindo de um beneficiador direto de
negócios que impulsionaram os nazistas na Segunda Guerra
Mundial.
Quem sabe, uma apologia em nome de uma família que,
por sua ganância, contribuiu com a matança de milhares de judeus
em troca de benefícios comerciais?
É inegável que a riqueza da
família Bush, que acelerou o seu fortalecimento político nos Estados
Unidos
, derivou em grande parte da colaboração com os nazistas,
fazendo uso da mão-de-obra escrava de Auschwitz e outros
campos de concentração.
George W. Bush aparentemente não viu motivos para lembrar o
mundo de mais um capítulo negro de sua história, afinal, são fatos
que desapareceram da consciência pública após a Segunda
Guerra.
Protegido por advogados influentes e amigos políticos,
Prescott Bush colocou de lado o escândalo e garantiu uma cadeira
no Senado, iniciando a dinastia Bush na política estadunidense.
Mas pensando bem: existiria o “Estado de Israel” sem o trabalho
dos nazistas?
Talvez os Bush sabiam muito bem qual era papel o
deles. 
http://www.orientemediovivo.com.br/pdfs/edicao_104.pdf

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