segunda-feira, 30 de junho de 2008

MORTE E DESTRUIÇÂO DO IRAQUE

Morte e Destruição significam Liberdade para América. Conhecem esse filme?

FILME: Morte e Destruição significam Liberdade para América
Um Engenheiro do Petróleo Iraquiano mostra um filme sobre os cinco anos de ocupação do Iraque.
O filme é chocante.
Começa mostrando os belos tesouros do Iraque antes do caos e morte que sobrevieram a tudo.
Depois, imediatamente mostra cenas do Iraque de hoje: Incêndios, corpos mortos, bombas são coisas cotidianas hoje em dia.
Como se não fosse chocante o suficiente, as cenas que se seguem despertam uma raiva ainda maior, principalmente porque se está consciente de sua impotência diante do que você vê.
O Sol da liberdade em breve vai brilhar no céu do Iraque!

Do começo ao fm, o filme mostra como tema, o orgulho da Nação Iraquiana em resistir à ocupação, informando a todos que o Iraque não está de joelhos!
O filme termina com a mensagem de que a Resistência Iraquiana viva para sempre. The whole story really recalls the events of the Second World War, especially because the Iraqis, and not only them, compare Bush with Hitler. A história toda lembra muito os acontecimentos da Segunda Guerra Mundial, principalmente porque os iraquianos, e não só eles, comparam Bush a Hitler.

NA VERDADE, mais de um milhão de iraquianos já morreram por causa da guerra no Iraque desde que que os E.U. levou invasão ao país em 2003.

Fonte: mais detalhes sobre a participação especial do Irã na entrada dos EUA no Iraque como revanche pela guerra contra o Irã na época de Saddam bem como mostra cenas sobre os Crimes dos EUA no Iraque, envolvendo os Iraquianos, mulheres e crianças. Além disso, esclarece e informa acerca da matança de intelectuais Iraquianos feitas por Iranianos que pessoalmente decapitaram nossos cientistas, professores universitários e intelectuais em geral.
We are talking about almost 10 thousand people, whose names I have written in documents which are available on the internet – said Ali Kadhim, adding that everything Iran and the USA are bring up now is only a play in front of the world. (Estamos a falar de quase 10 mil pessoas, cujos nomes tenho escrito em documentos que estão disponíveis na internet - disse Ali Kadhim, acrescentando que tudo o Irã e os E.U.A. são trazer até agora é apenas uma peça de teatro na frente de todo o mundo. What is really happening takes place under the table.
No entanto, independentemente do facto de que os iraquianos vivem actualmente com uma hora de electricidade e de água por dia e de morte que vem com cada passo, Ali Kadhim revelou que o movimento de opossição ao agressor está crescendo, e que vitória está próxima. - It is worst than Vietnam to them, today we have the internet, we have cameras, mobile phones, the world sees everything they do. -- É pior do que Vietnã para eles, hoje temos a internet, nós temos câmeras, telefones celulares, o mundo vê tudo quanto fazem. The sun of freedom will soon shine in the sky of Iraq Ali said, and he presented the film on five years of occupation of Iraq.
O sol da liberdade em breve vai brilhar no céu do Iraque

Mais detalhes sobre o filme e video na fonte:http://209.85.171.104/translate_c?hl=pt-...

INVASÃO DO IRAQUE SOB PRETEXTO INVENTADO

ESTADOS UNIDOS INVADIRAM IRAQUE SOB PRETEXTO INVENTADO
O Governo dos Estados Unidos mais de uma vez havia levado ao engano a opinião pública internacional antes de invadir o Iraque.
A conclusão consta do informe publicado por duas organizações jornalísticas americanas: o Centro pela Honestidade na Vida Pública e a Fundação de Jornalismo Independente.
Os autores do documento entendem que as muitas afirmações feitas em relação ao Iraque pelo presidente dos Estados Unidos e sua equipe eram parte de uma campanha organizada. Foi aquela campanha que acabou incitando a opinião pública e arrastou os Estados Unidos para uma guerra sob um pretexto sem dúvida inventado.
Trata-se dos dois argumentos propagandísticos fundamentais utilizados pelos Estados Unidos para invadir o Iraque.
O primeiro, a presença de um armamento de destruição em massa nas mãos do regime de Saddam Hussein.
O segundo, a cooperação entre aquele regime e o terrorismo islâmico, especialmente os contatos com a “Al-Qaeda”.
Como se verificaria mais tarde, ambos os argumentos eram falsos.
Não se pôde fazer passarem uns projéteis de artilharia velhos e já inservíveis contendo uma carga química por um “sinistro arsenal mortífero”.
Quanto à “Al-Qaeda”, o enforcado Saddam Hussein tinha as mesmas razões de peso de temê-la que os próprios Estados Unidos.
Entretanto, hoje em dia, a seguir à ocupação desse país por um exército de “democratizadores” com seus armamentos pesados, Osama Bin Laden poderia abrir seu escritório matriz em plena Bagdá.
Isso porque, segundo estimativas profissionais, estão agora operando no Iraque umas dezenas de milhares de extremistas islâmicos, entre os quais uma boa parte arvorando a bandeira da “Al-Qaeda”.
Os autores do informe acusam de difusão de informações falsas pessoalmente o presidente George Bush, o vice-presidente Dick Cheney, a atual secretária de Estado, Condoleezza Rice, que naquela época era assessora presidencial para a Segurança Nacional, assim como o então secretário de Estado, Colin Powell e o ex-secretário da Defesa, Donald Rumsfeld. Presentemente, conforme os últimos levantamento sociológicos, mais de 60 por cento dos Americanos consideram ser a guerra no Iraque um erro.
Esta opinião é compartilhada pelo analista russo Ievgheni Satanovski, que diz: Tendo entrado no Iraque, o Governo dos Estados Unidos viu-se de fato maniatado.
A campanha iraquiana mostrou que já não se pode se basear nas ultrapassadas tradições de operações bélicas no Oriente Médio.
Um corolário da campanha de desinformação que havia redundado na ocupação do Iraque foi terem os Estados Unidos perdido o instrumental de influência sobre a opinião pública.
Hoje, a perspetiva de retirada das tropas estadunidenses do Iraque poder-se-ia definir não como a necessidade de responder à pergunta “é ou não é necessário?” e sim como a necessidade de responder à pergunta “quando?”.
Washington sempre poderia dizer que estaria se retirando por ter vencido a “Al-Qaeda”. Agora, porém, já não há quem ouse garantir que essa decisão não seja mais um jeito propagandístico.
26.01.2008

domingo, 22 de junho de 2008

O FIM DO IMPÉRIO DO MAL

MORTE USA

PELO FIM DO IMPÉRIO DO MAL
CORÉIA DO NORTE

24/06/2005 – CORÉIA DO NORTE AMEAÇA REALIZAR TESTE COM MÍSSEIS.
A Coréia do Norte ameaça retomar os testes com mísseis de longo alcance. O ministério das Relações Exteriores do país afirmou em comunicado que os norte-coreanos têm direito de testar os mísseis, apesar de uma moratória declarada seis anos atrás.
O comunicado afirmava que a Coréia do Norte não se sentia obrigada a cumprir a moratória de 1999. Segundo o país asiático, seu diálogo com os estadunidenses terminou com a chegada de George W. Bush ao poder em 2001 e que isso lhes dava o direito de retomar os testes com mísseis.
"Atualmente, não há nada que nos obrigue a seguir a moratória sobre o teste com mísseis", afirmou o comunicado. "Não estamos legalmente obrigados a nenhum tratado internacional ou a nada do tipo na questão dos mísseis”.
O míssil norte-coreano Taepodong 1 teria a capacidade de voar 2,5 mil quilômetros e o país asiático estaria desenvolvendo um míssil capaz de chegar até aos estados unidos. Em fevereiro de 2005, a Coréia do Norte anunciou pela primeira vez que possui armas nucleares.
Adaptado de: Revista Veja.
22/06/2005 - CORÉIA DO NORTE EXIGE DESCULPAS DOS ESTADOS UNIDOS.
A Coréia do Norte exigiu desculpas dos estados unidos por tê-la incluído no chamado "Eixo do Mal" e a classificado de "posto avançado da tirania" e pediu que o país crie as condições que permitam uma retomada das negociações sobre seu programa nuclear.
"Reiniciaremos as conversações se os estados unidos assumirem uma atitude sincera e fidedigna, e facilitar condições favoráveis para a retomada de negociações", afirmou o ministro das Relações Exteriores norte-coreano.
Para Pyongyang, os comentários do presidente George W. Bush e de Condoleezza Rice sobre o regime norte-coreano constituem pontos de desentendimento maior. "Os estados unidos devem se desculpar pelos comentários que fizeram e retirá-los; renunciar à sua política hostil que tem como objetivo uma mudança de regime na Coréia do Norte e esclarecer sua vontade política para coexistir com a Coréia do Norte em paz", acrescentou.
Adaptado de: Terra – Notícias.
17/02/2005 - CORÉIA DO NORTE AUMENTA ALCANCE DE MÍSSIL.
A Coréia do Norte desenvolveu um novo tipo de míssil Scud com maior precisão e alcance.
O novo tipo de míssil representa um desenvolvimento do Scud-C, que pode transportar cargas rumo a alvos 500 km distantes ou a qualquer parte da Coréia do Sul.
Acredita-se que a Coréia do Norte tenha um dos programas mais ativos do mundo de desenvolvimento de armas de destruição nucleares.
A Coréia do Norte declarou explicitamente na semana passada, pela primeira vez, que tem armas nucleares.
A Coréia do Norte está em crise com potências regionais sobre suas ambições nucleares e afirma que não participará de novas negociações multilaterais sobre o desmantelamento de seus programas de armas.
A Coréia do Norte desenvolveu em 1998 o míssil Rodong, com alcance de 1,3 mil quilômetros, e chocou o mundo com o teste do míssil Taepodong-1, com alcance de 2,5 mil quilômetros.
Há suspeitas também que a Coréia do Norte esteja desenvolvendo o Taepodong-2, com alcance de 6,7 mil quilômetros e que poderia atingir o Alasca (estados unidos).
Adaptado de: Terra – Notícias.
15/02/2005 - CORÉIA DO NORTE ADMITE TER BOMBA NUCLEAR.
A Coréia do Norte reconheceu abertamente o que a comunidade internacional já sabia: o país tem, sim, armas nucleares.
Acusando os estados unidos de ameaçar derrubar seu governo e seu sistema político, o a Coréia do Norte divulgou um comunicado dizendo que não participaria mais das negociações com Japão, China, Coréia do Sul e Rússia, além dos Estados unidos.
No mesmo texto a Coréia do Norte afirma que vai "fortalecer seu arsenal de armas nucleares".
O país jamais havia admitido ter armas nucleares, só dizia ter tecnologia no setor, mas para fins "pacíficos", ou seja, para produzir energia.
No passado, os norte-coreanos também diziam ter a capacidade e também o "direito" de produzir os armamentos nucleares.
A chefe da diplomacia estadunidense, a secretária de estado Condoleezza Rice, disse que a Coréia do Norte está cometendo um "erro" se o comunicado for mesmo verdadeiro.
"Eles estão só aprofundando o seu isolamento ao fazer isso", disse ela.
"Pois os estados unidos não querem ver armas nucleares naquela região".
Os norte-coreanos continuam vendo George W. Bush como inimigo e ameaça (o que ele realmente ele é para o mundo inteiro).
Na mensagem o governo norte-coreano disse que foi "magnânimo e paciente" no primeiro mandato de George W. Bush, mas que isso mudará. "Os estados unidos já revelaram sua tentativa de derrubar nosso sistema político a qualquer custo. Isso nos obriga a reforçar o arsenal nuclear para proteger a nossa ideologia e liberdade”.
Adaptado de: Terra – Notícias.
05/01/2005 - CORÉIA DO NORTE EXIGE QUE ESTADOS UNIDOS MUDE SUA POLÍTICA EXTERNA.
A Coréia do Norte emitiu uma mensagem onde adverte a sua população sobre uma possível invasão dos estados unidos e pediu que o governo estadunidense mude sua política de hostilidades.
Um editorial em um diário estatal da Coréia do Norte disse que "as medidas estadunidenses contra a República Popular Democrática da Coréia são cada vez mais duras e criam perigo de guerra na península coreana".
"Os estados unidos deve abandonar intenção de controlar a Coréia do Norte à força", diz o editorial.
A mudança da política externa estadunidense é principal exigência norte-coreana para, assim, voltar a mesa de negociação sobre o desarmamento nuclear.
Adaptado de: Terra – Notícias.
09/06/2003 - A Ameaça do Kim.
Ele disse: "Os estados unidos serão invadidos por um mar de fogo", por isso as atenções do mundo foram para Kim Jong II, o neo ditador da Coréia do Norte.
Pelos cochichos da mídia soube-se que Kim estaria reativando seus laboratórios nucleares, ou seja, os estados unidos estão ganhando oficialmente mais um inimigo. Mas, por que os estados unidos não atacam a Coréia do Norte, já que a ameaça é bem mais clara, e por que não existe ao menos um pronunciamento oficial sobre o assunto?
"Não se deve cutucar onça com vara curta", o ditador Kim ofendeu o governo estadunidense por que sabe que a Coréia do Norte possui um poderio bélico, que nos faz lembrar do filme Armaggedom.
E os estados unidos estão com medo! Por incrível que pareça, o "Dragão Apocalíptico" está com medo. É por isso que os grandes países, que possuem essa tecnologia (como a China) não são afetados pela política externa estadunidense.
Os mísseis da Coréia do Norte (Taepo Dong 1) têm como alvo fixo o Japão e a Coréia do Sul, mas novos foguetes (Taepo Dong-2 e Taepo Dong-3) com vários estágios, pode atingir qualquer alvo num raio de até 12000 quilômetros, ou seja os estados unidos.
TAEPO DONG 2 - Alcance - 6000 quilômetros Alvos - Alaska e Havaí TAEPO DONG 3 - Alcance - 12000 quilômetros Alvos - Estados Unidos continental.
Adaptado de: Brasil é Nosso.

" A PREPOTÊNCIA PRECEDE A QUEDA."

RESISTÊNCIA


Resistência
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém
que resiste
há sempre alguém
que diz
NÃO.

Manuel Alegre
Trova do Vento Que Passa...


quinta-feira, 19 de junho de 2008

CINCO ANOS DE LUTA E ORGULHO IRAQUIANOS



Wallpaper dedicado à Resistência.



Um pequeno trabalho dedicado à Resistência Iraquiana para a tela de seu Desktop.







5 anos de luta e orgulho iraquianos





Saddan Hussein é o ícone político da Resistência. É o maior símbolo dela, o que aliás a classifica como uma continuidade da legitimidade do governo iraquiano de Saddan. O cerne da Resistência é sunita e é uma dissidência direta do antigo governo. Por isso, ela é uma Resistência e não uma Insurgência.




O comportamento político de Saddam Hussein não deixa de ser um exemplo na luta de caráter nacional e antiimperialista, e este fato entrega um enorme benefício político aos povos que lutam contra a agressão imperialista e constitui um caminho moral na luta atual contra a invasão ianque.




A guerra contra o imperialismo, que o povo do Iraque carrega nas costas, não se definirá somente no campo militar, mas também no terreno da moral, da ética e no desenvolvimento de consciência social que cresce com o impacto das ações armadas da resistência.




No Iraque, a resistência tem o direito (segundo a carta da ONU) de resistir e de matar os soldados e todos aqueles que apoiam a invasão.
O USA deve reconhecer e aplicar nossos direitos patrióticos nacionais.
São os seguintes:

a retirada incondicional e total do Iraque;

assumir as consequências da invasão e da ocupação; pagar as indenizações ao Iraque como Estado e como povo aos mais de dois milhões de iraquianos que morreram nesta guerra e durante o embargo por falsos motivos;

anular e abolir todas as leis ilegais, fruto do processo político;

libertar todos os prisioneiros iraquianos, sem exceção;

anular os julgamentos feitos sob a ocupação ilegal;

anular todas as resoluções do Conselho de Segurança amparadas no artigo 7, desde 1991 até agora, baseadas em mentiras.

Além disso, haverá que julgar aos colaboracionistas que tem cometido grande traição contra o país, contra o povo, entregá-los ao governo. Nosso conselho é que reconheçam nossos direitos e se retirem com calma, pelo bem e pela estabilidade da região.

UMA MENSAGEM VIRTUAL



Tenho à janela

Uma velha cornucópia

Cheia de alfazema

E orquídeas da etiópia


Tenho um transistor ao pé da cama

Com sons de harpas e oboés

E cantigas de outras terras

Que percorri de lés-a-lés


Tenho uma lamparina

Que trouxe das arábias

Para te amar à luz do azeite

Num kama-sutra de noites sábias


Tenho junto ao psyché

Um grande cachimbo d'água

Que sentados no canapé

Fumamos ao cair da mágoa


Tenho um astrolábio

Que me deram beduínos

Para medir no firmamento

Os teus olhos astralinos


Vem vem à minha casa

Rebolar na cama e no jardim

Acender a ignomínia

E a má língua do código pasquim

Que nos condena numa alínea

A ter sexo de querubim.

A RESISTÊNCIA IRAQUIANA VIVE


Entre rios de resistência

Desde o primeiro dia da invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, atrás das “armas de destruição em massa” de Saddam Hussein, que nunca existiram, a heróica resistência do povo iraquiano se mostrou presente.
A missão de conquistar o petróleo iraquiano e garantir seu controle por meio da produção e da exportação não vingou pois, coletivamente, os iraquianos sabiam que a invasão nada tinha de “liberdade” e “democracia”.
A resistência consiste em muito mais do que insurgência militar, que é FALSAMENTE SUMARIZADA como “terroristas da Al-Qaeda” pela mídia ocidental. Não é exagero admitir que, em todos os níveis dasociedade, e com muito sacrifício, o POVO IRAQUIANO frustrou os planos imperialistas dos invasores.
Na primeira manhã após a invasão ao país, na importante cidade de Al-Fallujah, e introduzindo um processo que rapidamente se expandiu por todo o Iraque, líderes locais formaram um novo governo baseado em estruturastribais.

Em outra arena, a do petróleo, o histórico fator predominanteno envolvimento dos Estados Unidos no Iraque, a situação não foi diferente.
A missão imediata com a invasão em 2003 era a captura de terminais e campos petrolíferos, dobrar em pouco tempo os níveis de produção do pré-guerra e transferir o controle da produção e exportação para empresas estrangeiras.
Nesse campo, as milícias e os civis iraquianos agiram em completa harmonia contra os interesses dos invasores.Dos mais conceituados engenheiros aos mais simples trabalhadores das REFINARIAS IRAQUIANAS, a produção de petróleo foi COMPLETAMENTE NULIFICADA após a invasão.ENGENHEIROS BOICOTARAM O TRABALHO, TRABALHADORES SABOTARAM AS REFINARIAS e as MILÍCIAS INCENDIARAM POÇOS DE PETRÓLEO E OLEODUTOS.

Com isso, planos imperialistas como a imediata da transferência do porto depetróleo de Al-Basra para a estadunidense KBR, subsidiária daaliada da família Bush, a Halliburton, foram abortados.
A guerra pelo petróleo continua, mas mesmo 5 anos após a invasão, o povo iraquiano resiste. Neste início de junho, em uma TOTAL OMISSÃO DA MÍDIA OCIDENTAL, líderes sunitas e xiitas rejeitaram um novo “acordo de segurança” proposto pelos Estados Unidos ao governo-fantoche iraquiano, que garantiria o CONTROLE DO PETRÓLEO, o estabelecimento de 13 bases permanentes nos quatro cantos do país e imunidade a cidadãos estadunidenses das leis iraquianas.

O mandato da ONU de permanência estadunidense no Iraque terminaem 31 de dezembro de 2008, e esse acordo poderia dar margens à expansão da permanência militar no país.
Em mais um ato de RESISTÊNCIA, figuras importantes do governo recusaram o pacto, e forçaram os Estados Unidos a iniciar uma procura por novas vias deBURLAR AS LEIS da ONU.
Uma recente pesquisa conduzida pela World Public Opinion avaliaque 78% dos IRAQUIANOS são contra a presença das forçasestrangeiras no país, e “acreditam que A PRESENÇA DOS MESMOS contribui com a violência, ao provocar mais conflito do que prevenir”.
Mais do que isso, 53% dos iraquianos acreditam que “a segurança irá melhorar em poucas semanas após a retirada”.
OS IRAQUIANOS PAGARAM UM PREÇO TERRÍVEL PELA RESISTÊNCIA!
A invasão e as mudanças sociais e econômicas que lhe acompanharam DESTRUÍRAM o Iraque, deixando a SOCIEDADE ARRUINADA!!!!!!
Conscientemente, ELES SE SACRIFICARAM para conter o avanço dos Estados Unidos pelo Oriente Médio, rico em petróleo e no coração das terras árabes.
A resistência vive!

Até o momento, segundo as fontes estadunidenses, 4098 de seus soldados foram mortos, e mais de 30 mil feridos desde 2003, início da invasão promovida pelos Estados Unidos. Do lado iraquiano, estudos apontam que entre 655 mil e 1 milhão de pessoas morreram em conseqüência da ocupação ao país. Contudo, os números podem ser muito mais altos em ambos os lados. 
Eu apoio a Resistência Iraquiana que heroicamente expulsa os invasores de suas terras, por AMOR À PÁTRIA!
Sinceramente, nunca tantos deverão a tão poucos!
Que o exemplo desse povo sirva como exemplo a nós: AMAR A PÁTRIA, AOS SEUS ENTES QUERIDOS E AO CHÃO QUE SE PISA!

terça-feira, 17 de junho de 2008

VOCABULÁRIO DO JORNALISMO ISRAELENSE

QUESTÃO DE LINGUAGEM
Vocabulário do jornalismo israelense

Por Yonatan Mendel em 10/6/2008
Reproduzido da revista piauí nº 20, maio de 2008; intertítulos do OI

Há um ano, me candidatei à vaga de correspondente do jornal israelense Ma´ariv nos territórios ocupados.
Falo árabe, lecionei em escolas palestinas e participei de muitos projetos judaico-palestinos.
Na entrevista, o chefe perguntou como eu poderia ser objetivo.
Eu havia passado tempo demais com os palestinos, e acabaria sendo tendencioso em favor deles.
Não consegui o emprego.
Minha entrevista seguinte foi no Walla.com, o site mais popular de Israel.
Dessa vez, consegui o emprego e me tornei correspondente do Walla no Oriente Médio. Logo entendi o que Tamar Liebes, diretor do Instituto Smart de Comunicação da Universidade Hebraica de Jerusalém, quis dizer quando afirmou que "os jornalistas e editores se vêem como atores dentro do movimento sionista, e não como observadores críticos".
Isso não significa que o jornalismo israelense não seja profissional.
A corrupção, as mazelas sociais e a desonestidade são perseguidas com louvável determinação por jornais, tevês e rádios.
O fato de os israelenses terem sido informados do que o ex-presidente Moshe Katsav [que renunciou após ser acusado de estupro] fez ou deixou de fazer com suas secretárias prova que a mídia desempenha o papel de cão de guarda, mesmo sob risco de causar constrangimento nacional e internacional.
O nebuloso contrato imobiliário de Ehud Olmert, os negócios da misteriosa ilha grega de Ariel Sharon, o romance secreto de Binyamin Netanyahu, a conta bancária secreta de Yitzhak Rabin nos Estados Unidos: tudo isso é livremente discutido na imprensa israelense.
Quando se trata de "segurança", não há tal liberdade. Só há "nós" e "eles", as Forças de Defesa de Israel, FDI, e "o inimigo".
O discurso militar, o único discurso permitido, triunfa sobre qualquer outra narrativa. Não que os jornalistas israelenses cumpram ordens ou um código escrito: apenas preferem pensar coisas boas das suas forças de segurança.

Morte por engano
Na maioria das matérias sobre o conflito há duas partes em luta: as Forças de Defesa de Israel de um lado e os palestinos de outro.
Quando um incidente violento é relatado, as FDI confirmam ou o Exército diz, mas os palestinos alegam:
"Os palestinos alegaram que um bebê ficou gravemente ferido pelos disparos das FDI." Isso é alguma invenção?
"Os palestinos alegam que colonos israelenses os ameaçaram." Mas quem são os palestinos? Todos os palestinos – cidadãos de Israel, habitantes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, as pessoas em campos de refugiados de Estados árabes vizinhos e aquelas vivendo na diáspora – fazem a alegação?
Por que então uma reportagem séria relata uma alegação feita pelos palestinos?
Por que tão raramente há um nome, um departamento, uma organização ou uma fonte dessa informação? Será porque isso lhe daria um aspecto mais confiável?
Quando os palestinos não estão fazendo alegações, seu ponto de vista simplesmente não é ouvido.
O Keshev (Centro para Proteção da Democracia em Israel) analisou como os principais canais de televisão e jornais israelenses cobriram as vítimas palestinas num determinado mês – dezembro de 2005.
Foram encontradas 48 matérias sobre a morte de 22 palestinos.
Apenas oito desses relatos, no entanto, traziam a versão das FDI e uma reação palestina. Nos outros quarenta exemplos, o fato foi relatado apenas do ponto de vista dos militares israelenses.
Outro exemplo: em junho de 2006, quatro dias depois de o soldado israelense Gilad Shalit ser seqüestrado no lado israelense da cerca de segurança de Gaza, segundo a imprensa israelense, Israel deteve cerca de sessenta integrantes do Hamas, entre os quais trinta membros eleitos do Parlamento e oito ministros do governo palestino.
Numa operação bem planejada, Israel capturou e encarcerou o ministro palestino para Assuntos de Jerusalém, os ministros de Finanças, Educação, Assuntos Religiosos, Assuntos Estratégicos, Assuntos Domésticos, Habitação e Prisões, além dos prefeitos de Belém, Jenin e Qalqilya, o presidente do Parlamento palestino e um quarto dos seus integrantes. Que essas autoridades tenham sido tiradas de suas camas tarde da noite e transferidas para território israelense, provavelmente para servir (como Gilad Shalit) de moeda de barganha, não fez da operação um seqüestro. Israel nunca seqüestra. Israel detém.
O Exército israelense nunca mata ninguém intencionalmente, muito menos comete homicídio – uma situação a qual qualquer outra organização armada invejaria.
Mesmo quando uma bomba de 1 tonelada é jogada sobre uma densa área residencial de Gaza, matando um homem armado e catorze civis inocentes, inclusive nove crianças, ainda assim não são mortes intencionais nem homicídios: são assassinatos dirigidos.
Um jornalista israelense pode dizer que os soldados das FDI atingiram palestinos, ou que os mataram, ou que os mataram por engano, e que os palestinos foram atingidos, ou foram mortos ou mesmo que encontraram a morte (como se estivessem procurando), mas homicídio está fora de cogitação.
A conseqüência, quaisquer que sejam as palavras usadas, foi a morte, nas mãos das forças de segurança israelenses, desde o início da segunda intifada, de 2 087 palestinos que nada tinham a ver com a luta armada.

Sangue nas mãos
As Forças de Defesa de Israel, tal como são mostradas na mídia israelense, têm outra estranha capacidade: a de nunca iniciar ou decidir um ataque, nem de lançar uma operação.
As FDI simplesmente respondem.
Elas respondem aos foguetes Qassam, respondem aos ataques terroristas, respondem à violência palestina. Isso torna tudo tão mais lógico e civilizado: as FDI são forçadas a lutar, a destruir casas, a balear palestinos e a matar 4 485 deles em sete anos, mas nenhum desses fatos é responsabilidade dos soldados.
Eles estão enfrentando um inimigo abjeto, e reagem de acordo com seu dever. O fato de suas ações – toques de recolher, prisões, cercos por mar, tiros e mortes – serem a principal causa da reação palestina não parece interessar à mídia. Como os palestinos não podem responder, os jornalistas israelenses escolhem outro verbo de um léxico que inclui vingar, provocar, atacar, incitar, apedrejar e disparar os mísseis Qassam.
Entrevistando Abu-Qusay, porta-voz das Brigadas de Al-Aqsa em Gaza, em junho de 2007, perguntei a ele sobre a razão para disparar mísseis Qassam contra a cidade israelense de Sderot.
"O Exército pode responder", disse eu, sem perceber que já estava influenciado.
"Mas nós estamos respondendo aqui", disse Abu-Qusay.
"Não somos terroristas, não queremos matar... estamos resistindo às contínuas incursões de Israel na Cisjordânia, aos seus ataques, ao seu cerco em nossas águas e ao fechamento das nossas terras."
As palavras de Abu-Qusay foram traduzidas para o hebraico, mas Israel continuou entrando todas as noites na Cisjordânia, e os israelenses não viram mal nenhum nisso. Afinal de contas, era só uma resposta.
Numa época em que havia muitas incursões israelenses em Gaza, perguntei o seguinte aos meus colegas:
"Se um palestino armado cruza a fronteira, entra em Israel, dirige até Tel Aviv e atira em pessoas nas ruas, ele será o terrorista, e nós seremos as vítimas, certo?
Porém, se as FDI cruzam a fronteira, dirigem vários quilômetros Gaza adentro e começam a disparar contra os atiradores palestinos, quem é o terrorista e quem é o que resiste?
Como é possível que os palestinos que vivem nos territórios ocupados nunca possam recorrer à autodefesa, enquanto o Exército israelense é sempre o defensor?"
Meu amigo Shay, da editoria de arte, esclareceu as coisas para mim:
"Se você for à Faixa de Gaza e atirar nas pessoas, você será um terrorista. Mas quando o Exército faz isso, é uma operação para deixar Israel mais seguro. É a implementação de uma decisão do governo!"
Outra distinção interessante entre "nós" e "eles" apareceu quando o Hamas exigiu a libertação de 450 prisioneiros ligados ao grupo, em troca do soldado Gilad Shalit.
Israel anunciou que libertaria prisioneiros, mas não aqueles com sangue nas mãos.
São sempre os palestinos – nunca os israelenses – que têm sangue nas mãos. Isso não quer dizer que os judeus não possam matar os árabes, mas eles não terão sangue nas mãos, e se forem presos serão soltos depois de poucos anos.
Sem falar naqueles que têm sangue nas mãos e chegaram a primeiro-ministro.
Somos não só mais inocentes quando matamos, como também mais suscetíveis quando feridos.
Em geral, a descrição de um míssil Qassam que atinja Sderot será mais ou menos assim: "Um Qassam caiu ao lado de uma residência, três israelenses tiveram ferimentos leves e dez outros sofreram um choque." Não se deve minimizar tais males: um míssil atingindo uma casa no meio da noite de fato deve causar um grande choque. Deve-se lembrar, no entanto, que o choque só vale para os judeus. Os palestinos aparentemente são uma gente muito calejada.

Detenção administrativa
As Forças de Defesa de Israel, num outro motivo de inveja para todos os outros Exércitos, matam só as pessoas mais importantes.
"Um membro de alto escalão do Hamas foi morto" é quase um coro na mídia israelense. Membros de baixo escalão do Hamas nunca foram achados ou nunca foram mortos. Shlomi Eldar, correspondente de uma estação de televisão na Faixa de Gaza, escreveu bravamente sobre esse fenômeno no livro Eyeless in Gaza [Sem Olhos em Gaza], de 2005. Quando Riyad Abu Zaid foi assassinado, em 2003, a imprensa israelense fez eco ao anúncio das FDI de que o homem seria o chefe da ala militar do Hamas em Gaza.
Eldar, um dos poucos jornalistas investigativos de Israel, descobriu que o homem era apenas um secretário do clube de prisioneiros do Hamas.
"Foi uma das muitas ocasiões em que Israel ‘incrementou’ um ativista palestino", escreveu Eldar.
"Depois de todo assassinato, cada pequeno ativista é `promovido´ a grande."
Esse fenômeno pelo qual as declarações das FDI imediatamente se traduzem em reportagens é resultado tanto da falta de acesso à informação quanto da má vontade de jornalistas em provar que o Exército está errado, ou em mostrar soldados como criminosos.
"As FDI estão agindo em Gaza" (ou em Jenin, ou em Tulkarm, ou em Hebron) é a expressão oferecida pelo Exército e adotada pela mídia. Por que dificultar a vida dos ouvintes? Por que lhes contar o que os soldados fazem, descrevendo o medo que geram, o fato de que eles vêm com armas e veículos pesados e esmagam a vida urbana, aumentando o ódio, a dor e o desejo de vingança?
Em fevereiro, para tentar conter os militantes que disparavam foguetes Qassam, Israel decidiu interromper a eletricidade em Gaza durante algumas horas por dia.
Embora isso significasse, por exemplo, que a energia deixaria de chegar a hospitais, foi dito que "o governo israelense decidiu aprovar essa medida como outra arma não-letal". Outra coisa que os soldados fazem é limpar – khisuf.
Em hebraico comum, khisuf significa expor algo oculto, mas no linguajar das FDI significa limpar uma área de esconderijos em potencial para atiradores palestinos. Durante a última intifada, escavadeiras israelenses D9 destruíram milhares de casas palestinas, arrancaram milhares de árvores e deixaram um rastro de milhares de estufas danificadas.
É melhor saber que o Exército limpou a área do que enfrentar a realidade de que o Exército destrói as propriedades, o orgulho e a esperança dos palestinos.
Outra palavra útil é coroamento (keter, que também pode ser traduzida como "cerco"), eufemismo para um cerco no qual quem sair de casa se arrisca a ser baleado. Zonas de guerra são lugares onde os palestinos podem ser mortos, mesmo as crianças que não sabem que entraram numa zona de guerra.
Crianças palestinas, aliás, tendem a ser promovidas a adolescentes palestinos, especialmente quando são acidentalmente mortas.
Mais exemplos: postos avançados e isolados dos israelenses na Cisjordânia são chamados de postos ilegais, talvez em contraste com os assentamentos israelenses, que são aparentemente legais. Detenção administrativa significa prender pessoas que não foram levadas a julgamento e nem mesmo receberam acusação formal (em abril de 2003, havia 1.119 palestinos nessa situação).
A OLP (Ashaf) é sempre citada por sua sigla, e nunca por seu nome completo, Organização para a Libertação da Palestina:
Palestina é uma palavra que quase nunca é usada – há um presidente palestino, mas não um presidente da Palestina.

O que o público quer
"Uma sociedade em crise forja um novo vocabulário para si", escreveu David Grossman no livro The Yellow Wind [O Vento Amarelo], "e gradualmente uma nova linguagem emerge, cujas palavras não mais descrevem a realidade, mas tentam, em vez disso, escondê-la."
Essa "nova linguagem" foi adotada voluntariamente pela mídia, mas se alguém precisar de um conjunto oficial de diretrizes ele pode ser encontrado no Relatório Nakdi, um documento redigido pelo órgão público Autoridade de Radiodifusão Israelense. Divulgado inicialmente em 1972, e atualizado três vezes desde então, o relatório se destinava a "esclarecer algumas das regras profissionais que regulam o trabalho de uma pessoa da imprensa".
A proibição do termo Jerusalém Oriental era uma delas.
As restrições não se limitam à geografia.
Em 20 de maio de 2006, a emissora mais popular da televisão israelense, o Canal 2, noticiou "outro assassinato dirigido em Gaza, um assassinato que pode atenuar os disparos dos Qassam" (376 pessoas já morreram em assassinatos dirigidos, sendo 150 delas civis que não eram alvos de assassinatos).
Ehud Ya’ari, um conhecido correspondente israelense que cobre assuntos árabes, no estúdio, disse:
"O homem que foi morto é Muhammad al Dahdouh, da Jihad Islâmica... Isso é parte da outra guerra, uma guerra para diminuir o número dos ativistas que disparam os Qassam." Nem Ya’ari nem o porta-voz das FDI se preocuparam em noticiar que quatro civis palestinos inocentes também foram mortos na operação, e que três outros ficaram feridos, inclusive uma menina de 5 anos chamada Maria, que ficará paralítica do pescoço para baixo.
Esse "descuido", revelado pela jornalista israelense Orly Vilnai-Federbush, só mostra o quanto não sabemos sobre aquilo que julgamos saber.
Uma coisa interessante é que, desde que o Hamas tomou a Faixa de Gaza, um dos novos xingamentos na mídia israelense é Hamastão, palavra que aparece no noticiário "quente", a parte supostamente sagrada dos jornais, que deveria apresentar os fatos sem editorializá-los.
O mesmo vale para movimentos como Hamas ou Hezbollah, descritos em hebraico como organizações, e não como partidos ou movimentos políticos. Intifada nunca recebe o seu significado árabe de "revolta"; e Al-Quds, que quando usada por políticos é uma palavra que se refere apenas aos "lugares sagrados de Jerusalém Oriental", ou a "Jerusalém Oriental", é entendida pelos correspondentes israelenses como Jerusalém, o que efetivamente implica uma determinação palestina em tomar a capital inteira.
Foi curioso observar as reações dos jornais ao assassinato de Imad Moughniyeh, na Síria, em fevereiro.
Eles competiram entre si quanto à maneira de designá-lo: arquiterrorista, mestre-terrorista, maior terrorista da Terra.
A imprensa israelense levou alguns dias para deixar de louvar os assassinos de Moughniyeh e começar a fazer o que deveria ter feito inicialmente: perguntar quais as conseqüências da morte dele.
O jornalista Gideon Levy acha que essa é uma tendência israelense: "A cadeia de `chefes terroristas´ liquidados por Israel, de Ali Hassan Salameh a Abu Jihad, passando por Abbas Musawi e Yihyeh Ayash até o xeque Ahmed Yassin e Abdel Aziz Rantisi (todas elas "operações" que celebramos com grande pompa e circunstância por um doce e inebriante momento), até agora apenas provocou ataques duros e dolorosos de vingança contra Israel e os judeus mundo afora."
Repórteres israelenses especializados em assuntos árabes devem evidentemente falar árabe – muitos deles, de fato, estudaram o idioma nas escolas do aparato de segurança – e precisam conhecer a história e a política do Oriente Médio.
E têm de ser judeus.
Visivelmente, a mídia israelo-judaica prefere contratar jornalistas com um conhecimento mediano do idioma árabe a falantes nativos, pois estes seriam cidadãos palestinos de Israel. Aparentemente, jornalistas judeus são mais bem equipados que os árabes israelenses para explicar "o que os árabes pensam", quais são "os objetivos árabes" e "o que os árabes dizem".
Talvez seja assim porque os editores sabem o que o seu público quer ouvir.
Ou, mais importante, o que o público israelense prefere não ouvir.

Sem licença
Se as palavras ocupação, apartheid e racismo (sem falar em cidadãos palestinos de Israel, bantustões, limpeza étnica e Nakba ["catástrofe", a palavra com a qual os palestinos se referem à criação de Israel, em 1948]) estão ausentes do discurso israelense, os cidadãos de Israel podem passar a vida inteira sem saber com o que estão convivendo.
Por exemplo, racismo (Giz’anut, em hebraico). Se o Parlamento israelense legisla que 13% das terras do país só podem ser vendidas para judeus, então ele é um Parlamento racista.
Se em sessenta anos o país só teve um ministro árabe, então Israel tem tido governos racistas.
Se, em sessenta anos de manifestações, balas de borracha e munição de verdade só foram usadas contra manifestantes árabes, então Israel tem uma polícia racista.
Se 75% dos israelenses admitem que se recusariam a ter um árabe como vizinho, então é uma sociedade racista.
Ao não reconhecer que Israel é um lugar onde o racismo molda as relações entre judeus e árabes, os judeus israelenses se tornam incapazes de lidar com o problema, ou mesmo com a realidade das suas próprias vidas.
A mesma negação da realidade está refletida na recusa ao termo apartheid.
Devido à sua associação com a África do Sul branca, os israelenses acham muito duro usar a palavra. Isso não quer dizer que exatamente o mesmo tipo de regime vigore hoje nos territórios ocupados, mas um país não precisa ter bancos de praça "apenas para brancos" para ser um Estado que pratica o apartheid.
Afinal, apartheid significa "separação", e, se nos territórios ocupados os colonos têm uma estrada, e os palestinos precisam usar estradas alternativas ou túneis, então é um sistema rodoviário de apartheid.
Se o muro de separação construído sobre centenas de hectares de terra confiscada na Cisjordânia separa as pessoas (inclusive palestinos de ambos os lados do muro), então é um muro de apartheid.
Se nos territórios ocupados há dois Judiciários, um para colonos judeus e outro para os palestinos, então é uma Justiça de apartheid.
Há também os próprios territórios ocupados. Notavelmente, não há territórios ocupados em Israel.
O termo é ocasionalmente usado por algum colunista ou político de esquerda, mas no noticiário ele inexiste.
No passado, foram chamados de territórios administrados, para esconder o fato real da ocupação.
Foram então chamados de Judéia e Samaria.
E, na grande imprensa israelense de hoje, são chamados de os territórios (Ha-Shtachim). O termo ajuda a preservar a noção de que os judeus são as vítimas, o povo que age apenas em autodefesa, a metade moral da equação, e que os palestinos são os agressores, os caras ruins, as pessoas que lutam por razão nenhuma.
O exemplo mais simples explica isso:
"Um cidadão dos territórios foi apanhado contrabandeando armas ilegais."
Poderia fazer sentido que os cidadãos de um território ocupado tentassem resistir ao ocupante, mas não faz sentido se eles forem apenas dos territórios.
Os jornalistas israelenses não estão incrustados no aparato estatal de segurança, e nunca ninguém lhes pediu que fizessem seu público se sentir bem a respeito da política militar de Israel.
As restrições às quais eles se submetem são observadas voluntariamente, quase inconscientemente – o que torna sua prática ainda mais perigosa.
Apesar disso, a maioria dos israelenses acha que sua mídia é esquerdista demais, insuficientemente patriota e que não está do lado de Israel.
E que a imprensa estrangeira é pior.
Durante a última intifada, Avraham Hirchson, então ministro de Finanças, exigiu que as transmissões da CNN a partir de Israel fossem interrompidas, sob a alegação de que eram "transmissões distorcidas e programas tendenciosos que são nada mais que uma campanha de incitação contra Israel".
Manifestantes israelenses pediram o fim da "cobertura indigna de confiança e provocadora do terror feita pela CNN", reclamando em seu lugar a cobertura da Fox News. Israelenses com até 50 anos são obrigados a prestar um mês de serviço militar reservista por ano.
"O civil", disse certa vez Yigael Yadin, um dos primeiros chefes das FDI, "é um soldado com licença anual de 11 meses."
Para a mídia israelense, não existe licença.

domingo, 15 de junho de 2008

O POVO IRAQUIANO RESISTE




A guerra ao Iraque e a Resistência


Distribuição das forças de ocupação no Iraque.

A intervenção da “coligação” anglo-americana e poucos mais aliados no Iraque, em março de 2003, foi uma ação unilateral, à margem da Organização das Nações Unidas, e contra a opinião pública mundial, inconformada com as sucessivas justificações públicas de tal intervenção, que viriam a revelar-se todas elas falsas.

A União Européia dividiu-se e foi profundamente abalada, porque os governos dos vários países tinham interesses contrários e faziam análises contraditórias.

A Rússia e a China estavam contra.

A intervenção vinha há muito sendo preparada, no quadro do plano de controle político, pelos EUA, de toda a região que vai do Mediterrâneo Oriental até ao Sudeste Asiático.
Em 8 de novembro de 2002, os EUA ainda haviam conseguido fazer passar por unanimidade uma resolução do Conselho de Segurança que “oferecia” ao Iraque uma última oportunidade para satisfazer os seus compromissos de desarmamento e, em particular, para fornecer informação exata e completa sobre os seus programas de desenvolvimento de armas de destruição maciça e de mísseis balísticos (exigida pela resolução 687 de 1991!).
Ora como sabemos, desde o fim da Guerra do Golfo, o Iraque sofreu os constrangimentos de vigilância e embargo permanentes, impostos pela ONU, bem como, por iniciativa unilateral dos EUA e do Reino Unido, esteve sujeito à vigilância e a bombardeio aéreo nas impostas áreas de “exclusão aérea”.
A nova resolução fazia parte da encenação hipócrita em que a comunidade internacional (os seus governos) foram cúmplices.
http://www.nationmaster.com/encyclopedia/UN-Security-Council-resolution-on-Iraq

Mas em março de 2003 essa unanimidade não existiu.
Porém, as várias potências mundiais iriam acomodar-se à nova realidade do Iraque ocupado de fato por uma “coligação”; e, ou pretendendo contribuir para uma saída airosa da administração norte-americana e do governo britânico do malogro da vitória fácil, ou para uma libertação do povo iraquiano do tormento da ocupação e do insulto da espoliação, ou, ainda, para tirar também partido do saque prometido, foram-se manifestando mais dialogantes para a procura de uma “solução”.

Em 22 de maio de 2003, a resolução 1483 faz o levantamento de sanções (a um Iraque cuja soberania havia sido usurpada), reconhece aos EUA e ao RU a “autoridade” de potências ocupantes, cria um representante especial no Iraque para coordenar a atividade da ONU no território, e propõe a criação de um Fundo de Desenvolvimento para o Iraque - DFI (alimentado evidentemente pelas receitas da indústria petrolífera) e uma correspondente Junta Internacional de Acompanhamento e Monitorização (IAMB).
http://www.casi.org.uk/info/scriraq.html#2003

E, em 16 de outubro de 2003, a resolução 1511, sublinhando a natureza temporária da Autoridade Provisória da Coligação (CPA), saúda o recentemente constituído Conselho de Governo e reconhece ambos como sendo os principais órgãos da administração interina no Iraque. Pede que cooperativamente estabeleçam uma agenda para redigir uma constituição e realizar eleições; autoriza a constituição de uma força de segurança multinacional e solicita a comunidade internacional a urgentemente contribuir para ela (assim “legitimando” as forças invasoras e de ocupação); pede aos Estados para contribuírem não só para a força de segurança mas também para a “reconstrução” do Iraque e o seu financiamento (inclusive transferindo para o Fundo de Desenvolvimento (DFI) os ativos do regime deposto congelados no estrangeiro); os recursos do país estariam em saldo e era legitimada a antecipada apropriação de recursos que as corporações norte-americanas conduziam desde o primeiro dia.

Finalmente, a resolução 1546 de 8 de junho de 2004 do Conselho de Segurança, avança no caminho encetado, de legitimação do processo de ocupação, expropriação e subjugação do Iraque.
Afirma determinar a entrega do poder por parte da CPA a um Governo Interino “soberano” em 30 de junho de 2004 (o ato formal veio a acontecer a 28 de junho); e fixa o termo automático do “mandato” da força multinacional liderada pelos EUA com a conclusão do processo “democrático”, o mais tardar no fim de 2005, com opções relativas à revisão do mandato pelo Conselho de Segurança ou a pedido do governo interino ou a pedido do governo eleito (previsto para janeiro de 2005).
A resolução tem anexas duas cartas, uma do presidente do governo interino do Iraque, outra do secretário de Estado dos EUA, consagrando a íntima cooperação de ambos nos propósitos comuns.
http://www.iraqcoalition.org/transcripts/20040609_UNSCR_Text.html

A cimeira da OTAN, a 28 de junho, em Istambul, foi sincronizada para o governo interino do Iraque, no suposto exercício da sua soberania, já solicitar e obter dessa aliança apoio para o treino das forças de segurança iraquianas, pois que pouco mais os aliados estavam dispostos a comprometer no plano militar.

A agressão ao Iraque foi “oferecida” pelo poder imperial do capital transnacional às indústrias petrolífera, da guerra e da reconstrução.
Numa evolução de progressiva privatização de todos os recursos e serviços do Estado passíveis de gerarem lucros e alimentarem o capital financeiro, a guerra oferece novas oportunidades de negócio como são a indústria de reconstrução e os serviços de segurança, mas inúmeras outras também.
Desempregados, aventureiros, marginais, cada um com sua motivação, todos eles são vítimas do sistema capitalista, porém recicláveis em seus agentes mercenários para todos os fins; é uma realidade em mutação imprevisível, que coloca questões legais e morais, de eficácia também, e com elas inesperados fenômenos.

Assistimos ao dramático sofrimento e à inaudita resistência do povo por todas as vias incluindo a luta insurgente; por detrás desta luta encontram-se necessariamente múltiplos suportes materiais e morais e uma ou várias estratégias insurrecionais; mas subjacentes estão os enormes sofrimentos, indignação e rebeldia insubmissa do povo iraquiano.
Essa insubmissão não é surpresa; os povos da Mesopotâmia e das montanhas limítrofes são povos que habitam e cultivam a memória milenar de influentes culturas universais, desde a Antiguidade à Idade Média; e que só no curso do último século sofreram sete guerras direta ou indiretamente relacionadas com os recursos petrolíferos do território.
Durante a Primeira Guerra Mundial foi a conquista colonial pelo império britânico em competição com outras potências coloniais (1914-18);
entre 1918 e 1930 foi a “guerra de pacificação” pelas forças coloniais sobre o povo insurreto;
em 1941, a Grã-Bretanha reocupou a território, onde conservara algumas bases militares, para proteger os seus interesses petrolíferos face à ameaça expansionista da Alemanha nazi;
em 1980-88 foi a guerra Irã-Iraque, promovida e suportada pelas potências Ocidentais, sacrificando os dois povos, dilapidando os seus recursos e as infra-estruturas dos dois países, deixando-os exangues, presas supostamente fáceis para a “reconstrução” da sua indústria, a privatização das suas reservas e o retorno das petrolíferas multinacionais;
em 1991 foi a Guerra do Golfo, na seqüência da invasão do Kuwait pelo Iraque em agosto de 1990, ela própria induzida pelos EUA, que depois teve pretexto para organizar uma coligação internacional para “libertar” o Kuwait e para invadir o Iraque, onde causou dezenas de milhares de vítimas imediatas, causou danos duradouros e vítimas a prazo e destruiu as infra-estruturas militares e muitas infra-estruturas civis também;
em 1991-2003, após o armistício, o embargo da ONU foi mantido por força dos vetos dos EUA e do RU, prolongando a destruição silenciosa das infra-estruturas e portanto das condições de vida e de atividade econômica, embargo agravado pelo estabelecimento de zonas de exclusão aérea sobre grande área do espaço aéreo iraquiano, pretexto para ataques periódicos por aquelas duas potências sobre alvos militares ou não, incluindo quatro ataques de grande escala.
http://www.globalpolicy.org/security/oil/2003/2003companiesiniraq.htm

A autoridade ocupante (CPA) tomou o partido Baath como o inimigo principal das forças ocupantes e da própria população iraquiana (enganando-se a si própria como agente de “libertação” e “democratização”) sem entender a diversidade de perspectivas e aspirações e as nuances das relações entre árabes e curdos e entre sunitas e xiitas e recorrendo irracionalmente ao exercício da força para “resolver” a sua própria incapacidade de entendimento, assim convertendo potenciais conjunturais aliados em imediatos opositores. Exemplar foi o seu comportamento em face de dois importantes lideres xiitas, um “moderado” e outro “radical” – Sistani e Moqtada – conseguindo hostilizar ambos.

No vazio de uma análise fundamentada e perante um povo insubordinado, a coligação e a força invasora encontraram dificuldades para elas inesperadas.
A coligação, através das autoridades e forças de segurança que constituiu (autoridade provisória da coligação, governo provisório, depois governo interino; força de estabilização e depois força de multinacional) bem como através das substituições de chefias civis e militares a que procedeu, prosseguiu um caminho errático procurando adaptar-se a realidades no terreno.

Às dificuldades internas da coligação junta-se a adversidade do contexto internacional para os seus propósitos.

A Turquia, com uma opinião popular adversa e muito receosa da evolução política no Curdistão (majoritariamente localizado no seu próprio território), logo em fevereiro de 2003 manifestou as suas reservas em se associar à coligação e em lhe prestar apoio logístico, abstendo-se de integrar a coligação, mesmo após a cimeira da OTAN em Istambul, em 28 de junho de 2004.
A Espanha, que fora inicialmente um membro importante da coligação, retirou as suas tropas em maio de 2004, face à enorme oposição popular e em resultado do juízo político feito sobre o atentado terrorista de Madrid, em 11 de março de 2004.
Como sabemos, depois disso, diversos outros países abandonaram a coligação enquanto apenas alguns manifestaram disponibilidade para aderir e, como regra, simbolicamente.

São admitir perspectivas de alargamento do conflito a países limítrofes; tendo havido objetivos predefinidos no início desta guerra insensata, há todavia, necessidades estratégicas que emergem.
A resistência à ocupação e a histórica diversidade cultural do Iraque poderá levar a coligação ocupante a procurar balcanizar o país, sabendo-se que o território comporta três comunidades principais: a curda, no Norte, a xiita no Sul e a sunita no triângulo Central.
Essa balcanização, porém, suscitaria naturais alianças ou fusões transfronteiriças que arrastaria o problema da delimitação territorial do Iraque para o nível regional.

OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA

A presença norte-americana no Iraque é uma ocupação militar permanente e o exercício de controle político-militar que se pretende exaustivo.
A missão “diplomática” está dimensionada para atingir 3.000 efetivos e a força militar acima dos 100 mil soldados, mesmo após o prometido “fim” da ocupação!
Estes são elementos do plano de domínio imperial; mas virá a ser assim?
Será que os povos o vão consentir?
Será que o imperialismo ainda tem essa força?

Estimativas anunciadas das forças insurgentes tendem a ser conservadoras, ficando por 5 mil partidários baathistas; mas um maior número, difícil de estimar, serão os part-timers que emergem e se dissolvem na população; o número total atingiria, então, 20 mil, segundo analistas norte-americanos.
Este número pode ser comparado com o número comparável de suspeitos que passaram pelas prisões controladas pelo exército de ocupação e que na sua maioria seriam depois libertados.
Deve também ser comparado com o número de iraquianos abatidos em confrontos armados, incluindo civis, que só no mês de abril atingiram 4 mil mortos.
A maioria dos insurgentes são iraquianos seculares nacionalistas (compreendendo também antigos membros do partido Baath ou da Guarda Nacional), mas também são numerosas as milícias islâmicas.
Atuando segundo táticas e com estratégias diversas, mas com objetivos partilhados ou resultantes comuns, conformam uma verdadeira “resistência nacional”.
Supõem-se organizados em dezenas de grupos ou células de guerrilha, sob a direção de chefes tribais ou a inspiração de imãs religiosos. A motivação mais citada para a mobilização rebelde é a libertação da ocupação estrangeira – e não a fundação de algum Estado islâmico; a revolta é sobretudo pela libertação nacional.
A resistência encontra condições favoráveis não só nas suas motivações mas também na ampla disponibilidade de meios financeiros, de armas e de treino militar, bem como na ausência de sistema de cartões de identidade e na abstenção do uso de telecomunicações eletrônicas (detectáveis).
http://www.guardian.co.uk/worldlatest/story/0,1280,-4290373,00.htmlhttp://www.military.com/NewsContent/0,13319,FL_larger_070904,00.htmlhttp://www.truthout.org/docs_04/072804A.shtml


A rotação das tropas de ocupação não tira partido da eventual aprendizagem que fazem no terreno. Pelo contrário, os iraquianos tiram partido da experiência de luta acumulada.
E posta a impotência e a incompetência em normalizar as condições básicas de vida urbana, aqueles iraquianos que inicialmente tomaram postura de expectativa ou mesmo de simpatia pelo invasor, mudaram de atitude e revoltam-se também.

Como na Palestina, bandos de jovens demonstram diariamente a sua hostilidade em atos de “intifada” e, mesmo, atos de sabotagem.

A “colaboração” entre forças ocupantes e forças de segurança iraquianas bloqueia-se em mútua falta de confiança ou disfarçada insubordinação; as “recomendações” são ignoradas ou não são cumpridas; e forças irregulares “populares” desempenham de fato funções de policiamento nas ruas.
http://eurasianet.org/departments/recaps/articles/eav072304.shtml

Ações de guerrilha contra as forças ocupantes, contra forças de segurança do governo interino iraquiano – imposto pela coligação e sancionada, agora, pela ONU –, bem como contra mercenários por conta de empresas de segurança e de reconstrução de qualquer nacionalidade, têm-se multiplicado e até intensificado após a transição para a nova etapa do processo político em fim de junho.

É clara a estratégia de isolar a coligação do apoio dos seus aliados e dos colaboracionistas, tirando partido também da generalizada indignação da opinião pública à agressão e ocupação do Iraque.
Vários países vão retirando ou reduzindo drasticamente as suas forças militares ou pessoal técnico do terreno, enfraquecendo a coligação – militarmente, tecnicamente e, sobretudo, diplomaticamente; Espanha, Honduras e República Dominicana retiraram-se na primavera; Noruega, Singapura e Filipinas retiraram-se no princípio do verão; Nova Zelândia e Tailândia vão se retirar em setembro; Holanda e Polônia anunciaram se retirar em meados de 2005.
Outros países reafirmam a sua fidelidade à coligação e prometem novos ou reforçados contingentes, mas aquém do inicialmente prometido.
A tomada de reféns a serviço de empresas de “reconstrução”, e a ameaça ou a sua efetiva execução, põe enorme pressão e desmobiliza dezenas de milhares de trabalhadores de numerosas nacionalidades, dos quais os EUA precisariam dispor urgentemente como força de trabalho para levar adiante o seu negócio de “reconstrução”.

A Conferência nacional de dirigentes políticos, religiosos e regionais, em que seria selecionado um Conselho Nacional de cem elementos, cuja missão será superintender o governo interino, Conferência considerada uma etapa fundamental no calendário do processo político traçado para o corrente período em preparação das eleições de janeiro de 2005, foi subitamente adiada em fins de julho, a pedido da ONU, em face do boicote de numerosos e relevantes presumidos participantes.
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A50417-2004Jul14.htmlhttp://www.truthout.org/docs_04/printer_073104B.shtml

Quer dizer que o “processo político” teima em não seguir o caminho e o ritmo que a administração norte-americana anseia impor.
O povo iraquiano resiste.

Esta página faz parte do sítio

CRIMINOSOS DE GUERRA


Falou e disse


"Não há um candidato mais apropriado para o título de principal criminoso de guerra que George W. Bush.
O único que se aproxima disso é Tony Blair (ex-primeiro-ministro do Reino Unido). Ambos são desprezíveis"“Bush deveria ser detido e enviado a Guantánamo --base e prisão dos EUA em Cuba-- onde apodreceria para sempre".
Harold Pinter, Nobel de Literatura

COLONOS JUDEUS ESPANCANDO PALESTINOS NA CISJORDÂNIA

Vídeo mostra ataque de colonos judeus


Um vídeo divulgado por uma organização israelense de defesa dos direitos humanos, B'Tselem, mostra colonos judeus espancando palestinos na Cisjordânia.
O incidente teria acontecido na tarde de domingo passado (08/06/2008)e a BBC teve acesso exclusivo a estas imagens.

terça-feira, 10 de junho de 2008

OCUPAÇÃO ILEGAL DO IRAQUE


IRAQUE: 5 anos de ocupação, 5 anos de resistência

Fatos e números sobre a ocupação do Iraque



Genocídio: mais de um milhão de iraquianos foram mortos desde o início da ocupação, dez vezes mais que os números oficiais. A principal causa de morte violenta é a actuação das forças de ocupação. Entre 1991 e 2003, tinham morrido já 2,7 milhões de iraquianos em consequência do embargo económico imposto pela ONU.

Refugiados: O Iraque é hoje o primeiro país do mundo em número de refugiados – 2, 5 milhões no interior e 2,2 milhões nos países vizinhos. Os mortos mais os refugiados atingem perto de um quarto da população iraquiana.

Pobreza extrema: 43% dos iraquianos vive com menos de 70 cêntimos por dia. 60 a 70% da população activa não tem trabalho.

Dependência: 6 milhões de pessoas necessitam de ajuda humanitária para sobreviver, o dobro de 2004.

Menos ajudas: apenas 60% dos iraquianos tem acesso a rações de alimentos governamentais. A cobertura era universal antes da invasão. Por pressão do Banco Mundial, a partir de Junho de 2008 este sistema de abastecimento será suprimido, assim como os subsídios aos carburantes.

Malnutrição infantil: metade dos menores de 5 anos sofre de malnutrição. O baixo peso dos recém-nascidos triplicou, atingindo 11% dos nascimentos.

Contaminação nuclear: em 1991 e em 2003 os EUA lançaram sobre o Iraque mais de 2500 toneladas de urânio empobrecido, em bombas e munições. Solos e reservas de água ficaram contaminados. Os efeitos vão perdurar por 4,5 mil milhões de anos.

Cancros e malformações: em consequência da radioactividade, aumentaram em flecha as malformações congénitas, as leucemias, as doenças da tiróide e o número de cancros. No sul do Iraque os cancros aumentaram 11 vezes entre 1988 e 2002. As malformações congénitas atingem 67% dos filhos de soldados norte-americanos que estiveram no Iraque.

Destruição de infraestruturas: 70% da população deixou de ter água potável e 80% não tem esgotos. O abastecimento de electricidade está reduzido a duas horas por dia. A cólera, que tinha sido erradicada, espalhou-se por metade das 18 províncias iraquianas.

Destruição do sistema de saúde: 2 mil médicos foram assassinados. Metade dos 34 mil médicos existentes em 2003 abandonou o país. Dos 180 grandes hospitais, 90% carece de recursos essenciais. Os hospitais foram transformados pelos esquadrões da morte em centros clandestinos de detenção, tortura e assassinato.

Destruição do sistema de ensino: mais de 800 mil alunos deixaram de ir à escola primária (22%) e só metade dos que completam a instrução primária iniciam o secundário. Outras 220 mil crianças refugiadas com as famílias em países vizinhos estão sem escola. Mais de 300 professores e professoras de todas as universidades do país foram assassinados. As milícias religiosas governamentais impuseram a segregação de sexos e o vestuário islâmico.

Destruição dos serviços públicos: já em 2006, 40% do pessoal qualificado iraquiano tinha abandonado o país, levando ao desmoronamento dos serviços.

Roubo de recursos: a produção de petróleo está deliberadamente sem controlo. Calcula-se que a exportação actual de petróleo iraquiano, dominada por empresas norte-americanas, atinja 2,1 milhões de barris por dia, menos meio milhão que antes da invasão. O Iraque tem de importar combustíveis para transportes e uso doméstico.

A fraude da “reconstrução”: em Agosto de 2007, o governo iraquiano tinha aplicado apenas 4,4% do orçamento de Estado para esse ano.

Prisões em massa: 24 mil iraquianos estão presos à guarda das forças dos EUA. Mais 400 mil estão detidos em prisões governamentais.

Guerra sem lei: além das tropas norte-americanas e de outros países ocupantes, actuam no Iraque 180 mil mercenários, não abrangidos por nenhuma lei internacional.

Resistência: permanecem no Iraque 158 mil soldados dos EUA. Segundo dados oficiais norte-americanos, mais de 4 mil foram mortos e 30 mil foram feridos – 82% dos quais em combate.

Programa de libertação nacional: nos últimos dois anos, vários agrupamentos da resistência, incluindo 40 organizações militares, uniram-se numa frente de liberação nacional. Adoptaram um programa democrático que prevê a retirada das forças ocupantes, a reconstrução das estruturas do Estado, a criação de um governo de unidade nacional e a aprovação, em referendo, de uma nova constituição.

Retirado de:
http://tribunaliraque.info/pagina/inicio.html



---------------------------------------------------------------
http://pimentanegra.blogspot.com/2008/03/ocupantes-fora-do-iraque-5-anos-de.html