Israel e seus assassinatos
selecionados
No curso de sua história, Israel desenvolveu a especialidade de
conduzir missões de assassinatos selecionados – o envio de
terroristas para eliminar inimigos em outros países.
A estratégia foi
utilizada pela última vez no dia 12 de fevereiro em Damasco, com o
assassinato de Imad Mughniyeh, um dos comandantes do
Hizbollah.
utilizada pela última vez no dia 12 de fevereiro em Damasco, com o
assassinato de Imad Mughniyeh, um dos comandantes do
Hizbollah.
A tática terrorista deixa evidente a crença israelense de
que a melhor forma de lidar com os movimentos de resistência é
extinguir fisicamente os seus líderes.
que a melhor forma de lidar com os movimentos de resistência é
extinguir fisicamente os seus líderes.
Ao longo das últimas décadas,
diversos ativistas, intelectuais e cientistas foram eliminados dessa
maneira.
O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert rapidamente negou
qualquer envolvimento do “lar nacional judaico” no atentado
terrorista que matou Imad Mughniyeh, comandante palestino e
muçulmano sunita do Hizbollah.
diversos ativistas, intelectuais e cientistas foram eliminados dessa
maneira.
O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert rapidamente negou
qualquer envolvimento do “lar nacional judaico” no atentado
terrorista que matou Imad Mughniyeh, comandante palestino e
muçulmano sunita do Hizbollah.
Mas os aplausos públicos de
ministros israelenses, o clima de festividade e os relatórios
vingativos da mídia israelense contam outra história.
ministros israelenses, o clima de festividade e os relatórios
vingativos da mídia israelense contam outra história.
“As contas
foram acertadas” foi a manchete do YNetnews, o website oficial do
jornal israelense Yedioth Ahronoth.
foram acertadas” foi a manchete do YNetnews, o website oficial do
jornal israelense Yedioth Ahronoth.
A manchete comemorativa
sugere que o assassinato de Mughniyeh foi uma resposta à
humilhante derrota sofrida pelo “lar nacional judaico” na Guerra do
Líbano de 2006.
Mas será que Israel saiu mesmo vitorioso?
sugere que o assassinato de Mughniyeh foi uma resposta à
humilhante derrota sofrida pelo “lar nacional judaico” na Guerra do
Líbano de 2006.
Mas será que Israel saiu mesmo vitorioso?
A história é testemunha
de que assassinatos como esse provocam novas matanças – como
Hassan Nasrallah, Secretário-Geral do Hizbollah, rapidamente
alertou.
de que assassinatos como esse provocam novas matanças – como
Hassan Nasrallah, Secretário-Geral do Hizbollah, rapidamente
alertou.
Em um discurso para dezenas de milhares de libaneses no
funeral de Mughniyeh, Nasrallah falou diretamente a Israel:
funeral de Mughniyeh, Nasrallah falou diretamente a Israel:
“Vocês
mataram Imad fora dos campos de batalha.
mataram Imad fora dos campos de batalha.
A nossa luta é dentro
do território libanês.
do território libanês.
Vocês cruzaram os limites.
Sionistas, se vocês
querem uma guerra aberta, que seja então uma guerra aberta em
qualquer lugar”.
querem uma guerra aberta, que seja então uma guerra aberta em
qualquer lugar”.
É certo que o Hizbollah buscará a retaliação em
novos alvos judaicos.
novos alvos judaicos.
Cabe então entender o que levou Israel a
pensar que a eliminação de Mughniyeh foi mesmo uma boa idéia.
As explicações são muitas.
Uma delas é que os
assassinatos selecionados é de
fato o que Israel sabe fazer de
melhor.
pensar que a eliminação de Mughniyeh foi mesmo uma boa idéia.
As explicações são muitas.
Uma delas é que os
assassinatos selecionados é de
fato o que Israel sabe fazer de
melhor.
Outra é uma prova de
força do estado judaico, não só
para o Hizbollah, mas também
para o Irã e a Síria– uma amostra de que os braços sionistas podem
penetrar profundamente em território inimigo.
força do estado judaico, não só
para o Hizbollah, mas também
para o Irã e a Síria– uma amostra de que os braços sionistas podem
penetrar profundamente em território inimigo.
Ao mesmo tempo,
Israel lembrou o seu aliado incondicional, os Estados Unidos, que
apesar da humilhante derrota militar em 2006, o “lar nacional
judaico” ainda pode ser considerado uma entidade estratégica
valiosa na “guerra contra o terrorismo”.
Israel lembrou o seu aliado incondicional, os Estados Unidos, que
apesar da humilhante derrota militar em 2006, o “lar nacional
judaico” ainda pode ser considerado uma entidade estratégica
valiosa na “guerra contra o terrorismo”.
O atentado terrorista na
capital síria pode ser visto também como um simples “acerto de
contas” contra um dos autores dos contra-ataques à embaixada dos
Estados Unidos em Beirute, realizados durante a Guerra Civil do
Líbano, no qual todos os agentes da inteligência estadunidense no
Oriente Médio foram mortos, forçando a retirada das forças
estrangeiras do país.
É importante lembrar que o estado judaico recusa-se a entrar em
sérias discussões de paz com a Síria ou com os próprios palestinos
– ou mesmo a se comprometer a um completo cessar-fogo, como
fora proposto pelo Hamas – em função de que em qualquer
negociação teria que lidar com concisões territoriais – algo que vai
diretamente contra os planos expansionistas sionistas.
capital síria pode ser visto também como um simples “acerto de
contas” contra um dos autores dos contra-ataques à embaixada dos
Estados Unidos em Beirute, realizados durante a Guerra Civil do
Líbano, no qual todos os agentes da inteligência estadunidense no
Oriente Médio foram mortos, forçando a retirada das forças
estrangeiras do país.
É importante lembrar que o estado judaico recusa-se a entrar em
sérias discussões de paz com a Síria ou com os próprios palestinos
– ou mesmo a se comprometer a um completo cessar-fogo, como
fora proposto pelo Hamas – em função de que em qualquer
negociação teria que lidar com concisões territoriais – algo que vai
diretamente contra os planos expansionistas sionistas.
Para evitar a
perda de territórios, a estratégia de Israel tem sido radicalizar
perante o ambiente árabe que o cerca.
perda de territórios, a estratégia de Israel tem sido radicalizar
perante o ambiente árabe que o cerca.
Os palestinos “moderados” –
como a mídia ocidental os classifica – como Mahmoud Abbas
servem apenas aos interesses israelenses, uma questão de ganhar
tempo sem negociar, enquanto a expansão continua.
como a mídia ocidental os classifica – como Mahmoud Abbas
servem apenas aos interesses israelenses, uma questão de ganhar
tempo sem negociar, enquanto a expansão continua.
O “lar nacional
judaico” parece preferir estar cercado de comprometidos
movimentos de resistência, como o Hamas e o Hizbollah – que
nasceram como conseqüência direta da política militar israelense –
pois, como seus líderes gostam de descrever, “como podemos
negociar com alguém que quer nos matar?”
judaico” parece preferir estar cercado de comprometidos
movimentos de resistência, como o Hamas e o Hizbollah – que
nasceram como conseqüência direta da política militar israelense –
pois, como seus líderes gostam de descrever, “como podemos
negociar com alguém que quer nos matar?”
A resposta de Israel é
óbvia – matá-los antes.
óbvia – matá-los antes.
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