terça-feira, 11 de março de 2008

FASCISMO E QUEDA DO "IMPÉRIO AMERICANO"

O fascismo nos Estados Unidos

Quando os estadunidenses despertarem, será tarde

Quando Herman Hesse alertou sobre o fortalecimento da ideologia
fascista na Alemanha, seus argumentos foram ignorados pela
maioria.
Mais tarde ficou claro que isso aconteceu porque as
pessoas estavam, naquele momento, experimentando os
“benefícios” da ideologia fascista.
Hoje, essa parte da história
ocidental é vista por muitos com vergonha e culpa – muitos se
perguntam “como algo como Auschwitz pôde acontecer?”
Ironicamente, os estadunidenses conseguem identificar esse
passado, mas se recusam a reconhecer que sua nação segue no
mesmo rumo.
Segundo historiadores ocidentais, durante o crescimento do império
nazista, criticar a liderança de Hitler ou seu partido perante o povo
alemão era motivo de intensa rejeição, uma questão “nãopatriótica”.
Essa é a primeira semelhança presente nos Estados
Unidos, o império daliberdade e democracia”, construído sob as
bases da submissão de seus estados vassalos.
Principalmente
após o 11 de setembro de 2001, com as novas fendas na
Constituição estadunidense criados por George W. Bush e seus
aliados, como o “Ato Patriota”, para citar o mais conhecido, o nãopatriotismo
(ou o simples gesto de discordar com os planos do
governo) se tornou oficialmente um crime.
Como seres humanos, é
sempre possível justificar a situação atual ao olhar para o passado e
acreditar na ilusão de que as coisas hoje estão melhores do que
ontem.
Mas continuar por esse caminho, como o ditado popular
afirma, irá somente “garantir a comida hoje e a fome amanhã”.
Mas enquanto os Estados Unidos lideram os seus aliados europeus
nesse rumo, o que lhes resta é aguardar que essas tendências
fascistas se tornem explícitas para todos.
Será esse o dia em que
grande parte da “comunidade global”, presa à máquina imperialista
devido à dependência econômica, irá finalmente se rebelar e
enfrentar os opressores.
Como o presidente iraniano Mahmoud
Ahmadinejad afirmou recentemente em sua histórica visita ao
Iraque, “ninguém hoje gosta dos estadunidenses”.
Essa é uma visão
que, há poucos anos, nem sequer era considerada publicamente.
Hoje é uma realidade, e basta algumas análises sobre outros países
que essa questão torna-se evidente – é o início de uma revolução
global.
O período atual da história certamente será marcado pelo levante e
queda do “império americano”.
Assim como o Angkor Wat na
Combódia, daqui a centenas de anos, antropologistas, historiadores
e sociólogos, estudantes e outros interessados irão se questionar
sobre como a sede pelo domínio e controle cegou tantas pessoas
em nações tão poderosas, e levou todos ao inevitável colapso.
Mas
aquilo que os seres humanos do futuro irão observar tem pouca
importância presentemente.
Para os que vivem hoje, cabe lembrar
que todos os sinais que levarão a isso estão claros nas ações do
dia-a-dia, e agir contra aqueles que destroem qualquer decência e
dignidade que a raça humana ainda consegue preservar.
Ainda sobre Auschwitz, se as
pessoas acreditam que os
campos de concentração eram
uma conseqüência do fascismo,
certamente já é tarde demais
para evitar Guantánamo e Abu
Ghraib – ou o cerco atual a
Gaza.
O que resta então é resistir e lutar, porque o fascismo só está
presente porque as pessoas permitiram que ele estivesse
,
seja pelo
eleitorado estadunidense, ao escolher os líderes que lhes convêm,
ou o resto das pessoas, que assistem a tudo isso e não agem, ao
esperar que alguém fará a mudança por eles.
O primeiro passo deve ser reconhecer que os poderes imperialistas,
liderados pelos Estados Unidos e representados por Israel no
Oriente Médio, funcionam à base de uma ideologia fascista não
muito diferente do que Hitler e o partido nazista propunham.
Apenas
depois disso será possível enxergar o verdadeiro contexto dos
Estados Unidos, exportadores da “liberdade”, em que constantes
mudanças de leis invalidam a própria Constituição do país e anulam
a liberdade do seu próprio povo, que cegamente continua a apoiar a
expansão imperial sobre o sangue dos milhões de mártires pelo
mundo afora, em países que eles nem sequer sabem onde ficam.
Quando o mundo despertar, o que acontecerá com o poder militar,
as armas nucleares, o poder econômico e os “direitos sociais”?
Que
venha o tempo!

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