sexta-feira, 24 de julho de 2009

MOMENTOS DE REFLEXÃO - OS EUA NO AFEGANISTÃO

4.000 soldados aero-transportados do Ocidente invadiram um vale no Afeganistão. O que é que isso nos trará?


4.000 soldados aero-transportados do Ocidente

invadiram um vale no Afeganistão

e o que será conseguido ??

o que é que isso nos trará ???

mais Democracia, ou melhor, Ópio ??

A nós, nada. Aos EUA, $$$$$! EUA lançam ofensiva com milhares de soldados contra reduto taleban no Afeganistão Com tanques e helicópteros, cerca de 4.000 fuzileiros navais e marinheiros norte-americanos e 650 soldados afegãos avançaram em vilas afegãs, na primeira grande operação feita sob a nova estratégia do governo de Barack Obama para "ESTABILIZAR" o Afeganistão. A ofensiva foi lançada pouco depois da 1h na Província de Helmand, um reduto taleban no sul do país que é a maior área produtora de papoula -- flor utilizada para a produção de ópio -- do mundo. O objetivo é tirar os insurgentes do vale do rio Helmand, antes da eleição presidencial, marcada para o próximo dia 20 de agosto. O sul do Afeganistão é um reduto taleban, mas também uma região onde o presidente afegão, Hamid Karzai, que busca manter-se no cargo por mais um mandato, está buscando os votos de membros da etnia pashtun. O Pentágono está mobilizando mais 21 mil homens no Afeganistão até as eleições e espera que o número total de soldados norte-americanos no país chegue a 68 mil até o fim deste ano -- o dobro do número que havia em 2008, mas metade do número de soldados norte-americanos que ainda estão no Iraque. O Taleban, que governou o Afeganistão entre 1996 e 2001 foi afastado do poder por uma coalizão internacional liderada pelos EUA que invadiu o país após os atentados de 11 de Setembro, com o pretexto de pegar Bin Laden. Na época dos ataques, atribuídos à rede terrorista Al Qaeda, o terrorista saudita e seu grupo eram "hóspedes" dos talebans. Nos dois últimos anos, o grupo conseguiu se fortalecer e contra-atacou, conseguindo o controle de grande parte do sul e do leste do país, e expandindo seus domínios para áreas tribais no Paquistão, o que obrigou os EUA a enviar mais tropas para o país. No fim de março, Obama anunciou a nova estratégia para o Afeganistão e o Paquistão, colocando a luta contra a rede Al Qaeda e o grupo fundamentalista Taleban como prioridade da política de segurança nacional, reduzindo tropas e recursos para o Iraque. Segundo ele, as tropas vão se reunir com líderes locais (ENTREGUISTAS, CLARO!), ouvir quais são as suas necessidades ($$$, poder...) e agir em relação e elas. "Não queremos que as pessoas da Província de Helmand nos vejam como um inimigo, queremos protegê-las contra o inimigo", disse. ISSO SÓ PODE SER PIADA, NÃO É? "As forças de segurança vão construir bases para fornecer segurança para a população local para que ela possa realizar todas as atividades com este cenário favorável, e tocar sua vida em frente em paz", disse o governador Gulab Mangal, de acordo com um comunicado do Pentágono. Não há prazo para a retirada das tropas americanas do Afeganistão, e a Casa Branca não divulgou estimativas de quantos bilhões de dólares o plano vai custar. Ieda

É a política de remoção de tropas do Obama. E os otários acreditaram. Fabricio P

Democracia é que não vai ser...Que modo que o Tio Sam tem de impor a sua pseudo-democracia pelo mundo, hein?Ópio?Os EUA deveriam se preocupar com as suas plantações de maconha.E elas são numerosas...Abraços do DNL! Ψ DNL ♫ Cavaleiro !

ENCONTREI ISSO AQUI E ACHEI MUITO BOM:

Saddam Hussein não nos trouxe nenhumas das suas Armas de Destruição Massiva.

George Bush não nos trouxe nenhuma Democracia

Os Talibãs não nos trouxeram o Ópio

As Marionetas da Zona Verde não nos trouxeram de volta o Iraque

As eleições iranianas não nos trouxeram outra Geórgia

O bombardeamento de Gaza não nos colocou de joelhos

Obama não nos trouxe nenhuma mudança

Nathaniahu não nos trouxe nenhuma das habituais-mentiras-credíveis

Dois aviões de fabricação francesa saídos da mesma fábrica

caíram no mar: o que era propriedade de franceses foi apelidado de "acidente" e o de propriedade iemenita foi apelidado de "sucata"!

ISSO AÍ É PRA SER PENSADO. Mimi

Sexta-feira, 24 de Julho de 2009

O AFEGANISTÃO PRECISA SE LIVRAR DOS INVASORES E OCUPANTES QUE MASSACRAM SEU POVO!

Vocês acham que os EUA estão procurando Bin Laden por lá????

AFEGANISTÃO LIVRE JÁ!

EUA invadiram o Afeganistão e ainda não conseguiram controlar o cultivo e a produção de ópio?


Olha que tem gente que pensou que os EUA estavam procurando BIN LADEN no Afeganistão!!!!!Então, EUA estavam "de olho" no ópio dos Afegãos?!Que coisa feia, né mesmo?Era/é esse o "combate ao terrorismo"? Quem são esses "insurgentes" mencionados na notícia abaixo?

Para Ilustrar:

Afeganistão segue liderando produção de ópio

Um relatório do governo americano mostra que o Afeganistão continua sendo O MAIOR PRODUTOR MUNDIAL DE ÓPIO, apesar do cultivo da papoula ter caído 19% em 2008. O balanço anual sobre a "Estratégia para o Controle Internacional de Narcóticos", do Departamento de Estado, indicou que o Afeganistão produz 93% do ópio e da heroína consumidos no mundo. O CULTIVO se concentra em cinco Províncias do sul do país, nas proximidades das FRONTEIRAS com o Paquistão e o Irã. O Afeganistão foi INVADIDO pelos Estados Unidos em 2001, mas até hoje tropas americanas e afegãs NÃO CONSEGUEM controlar o cultivo e a produção, dominados por INSURGENTES.

Detalhes Adicionais
Os novos reforços militares compreendem 8 mil fuzileiros navais e 4 mil soldados de infantaria. O pessoal de apoio será constituido por 5 mil efectivos. A totalidade deste contigente será enviada para o sul do Afeganistão, onde a violência está a crescer. O Presidente Obama quer a situação sob controlo."Penso que ainda é possível vencer no Afeganistão. Penso que continua a ser possível derrotar a al Qaeda. Mas também acho que, como consequência da guerra no Iraque, tivemos as nossas atenções desviadas. Não prestámos a devida atenção à forma como lidámos com o Afeganistão."

Fonte: BBC para Africa

Analistas dizem que o anúncio do Presidente Barack Obama é, na verdade, o cumprimento de promessas feitas pela administração Bush. Entretanto, ontem as Nações Unidas disseram que 2118 civis foram mortos no Afeganistão no ano passado - um aumento de 39% em relação a 2007. Os rebeldes afegãos foram responsabilizados por 55% dessas mortes, enquanto os EUA, a NATO e as forças governamentais do Afeganistão foram responsáveis por 39% das baixas civis no país.

Embora os EUA se considerem como a “mãe” de todas as democracias modernas, por três vezes já permitiram que um candidato à presidencia - que não foi o mais votado - tomasse posse. Foi assim que a atual administração estadunidense deu início ao seu (des)governo: usurpando o poder em seu próprio país. Esse grupo, que atua agressivamente (não só nos EUA, mas em todo mundo), tomou o poder máximo para defender interesses que jamais foram do povo americano - mas de grupos que tiveram origem na Europa e em Israel.Esse grupo, através de sofismas, isto é, de traições, mentiras e argumentos baseados em fatos tidos como verdadeiros, argumentos que, aparentemente, eram lógicos - , divulgados através da mídia dominante no Ocidente e no Oriente, convenceu os povos (principalmente o norte-americano) de que a Guerra Contra Terror era imprescindível e inadiável, e deveria ser travada através das invasões do Afeganistão e do Iraque.Apresentou-se como argumentos para a invasão do Afeganistão, que o grupo que efetivamente governava aquele país, o Talibã, tinha aliança com a Al Qaeda e oferecia proteção a Osama Bin Laden. A invasão permitiria, assim, não só derrubar do comando de um país um grupo que patrocinava o terror, mas também prender o acusado como principal mentor dos atentados de 11 de setembro de 2001.Entretanto, após sete anos da derrubada daquele grupo, durante os quais milhares de civis foram brutalmente assassinados, inclusive crianças, o Talibã e a Al Qaeda não foram desmantelados, continuam ativos, e Osama Bin Laden nunca jamais foi realmente ameaçado de prisão.Os EUA argumentaram também que o Talibã era patrocinado pelo tráfico de ópio. O fato real, entretanto, é que foi justamente durante a administração Talibã - entre os anos de 1996 e 2001 - que o cultivo da papoula chegou a seus índices mais baixos - 185 toneladas, em 2001. Durante os anos de 2000-2001, o regime do Talibã criou um programa de erradicação da produção de papoula altamente bem sucedido, como se pode ver no quadro abaixo:1995 - 2.335 toneladas1999 - 4.565 toneladas2000 - 3.276 toneladas2001 - 185 toneladas2002 - 3.400 toneladas2003 - 3.600 toneladas2004 - 4.200 toneladas2005 - 4100 toneladas2006 - 6100 toneladasA grande verdade é que muitas grandes fortunas americanas e européias sempre tiveram origens sombrias, fontes que nunca foram ou são totalmente esclarecidas ou divulgadas... Desde o final do século XIX (19), negócios e interesses financeiros poderosos têm estado por trás do narcotráfico. Assim, aqueles grupos poderosos que se ramificam por todo mundo agiram para retomar a totalidade do controle geopolítico e militar das rotas de drogas - pois esse é tão estratégico quanto às rotas de petróleo e seus oleodutos. Há de observar com tento a mais um detalhe: após o comércio de petróleo e de armas, o de drogas é o que mais movimenta dinheiro no mundo - 400 a 500 bilhões de dólares por ano.Para melhor entender: no final da década passada, o total da produção mundial de bens alcançou os 25 trilhões de dólares. Em 1998, a produção das 500 maiores empresas do mundo, produzindo em todos os continentes, chegou a 11 trilhões de dólares, e os lucros foram da ordem de 440 bilhões de dólares. Liderando essa produção encontravam-se os setores da indústria automobilística (em torno de 1 trilhão de dólares), petrolífera (900 bilhões) e eletro-eletrônicos (750 bilhões) em dados da revista Fortune de 1994.A indústria do narcotráfico, por sua vez, movimentou entre 750 bilhões a 1 trilhão de dólares, o que a equipara àqueles setores líderes da economia formal. Entretanto, quanto aos lucros os da indústria do narcotráfico são muito superiores aos obtidos no conjunto por aqueles três setores. E os lucros são muito maiores por causa da enorme diferença de preço da matéria-prima: enquanto os setores da economia legalizada trabalha com matérias-primas sobre as quais incidem vários tipos de tributos, a indústria do narcotráfico trabalha com matérias-primas, como a folha de coca, por exemplo: esta era vendida, na Bolívia ou na Colômbia, por US$ 2,5 o kg.; depois de transformada em cocaína passava a valer US$ 3.000 na Colômbia, chegando em São Paulo a US$ 10.000 e alcançando o preço estratosférico de US$ 40.000 dólares no mercado norte-americano e US$100.000 no Japão. A mesma disparidade se verifica com a heroína e a maconha. Com um custo de produção alcançando somente 0,5% e o distribuição 3% do valor do produto, o narcotráfico torna-se, assim, o negócio mais rentável do mundo, com lucros superiores a 3.000%. No início da década passada, os lucros com o tráfico de drogas giravam em torno de 300 bilhões de dólares - quase 6 vezes o lucro atingido pelas indústrias petrolífera, automobilística e de equipamentos eletro-eletrônicos JUNTAS.(Cont.)
Fonte(s):
(Cont.)É claro que, de posse desses dados, aqueles grupos e seus líderes ganaciosos e inescrupulosos, viram no controle total dos quatro setores o grande “pulo do gato”. E eles perceberam que tomar posse desse controle lhes era possível porque:- já contavam com todo o poder bélico da única superpotência e da maioria das principais potências militares mundiais;- a mídia dominante em todo mundo já era por esses grupos dirigida;- não havia qualquer dúvida acerca da ajuda maciça que seria continuamente dada por parte dos milionários diretamente interessados em que o narcotráfico estivesse sob a proteção - jamais declarada, mas ostensivamente dada - dos governos mais influentes do chamado mundo globalizado;- havia o apoio silencioso de vários setores das religiões ditas cristãs, interessados no total despretígio e destruição da segunda religião que mais cresce no mundo - a islâmica. O apoio de pastores, inclusive, deu às ações daqueles grupos ares messiânicos, propiciando e promovendo até a reeleição de mr. Bush;- havia certeza de que as nações que poderiam fazer-lhes frente e impedí-los de por seu plano em prática jamais se uniriam contra eles, se limitando sempre a fazer uso do veto nas votações da ONU e dar algumas declarações contrárias, mas não enfáticas o suficiente para, ao menos, retardar suas ações.Todo o plano das invasões já vinha sendo preparado desde o final da década de 80, precisando apenas esperar o momento certo de ser iniciado. Foi um plano elaborado com muitas etapas ardilosas, oriundas da sofística, ou seja, onde inteligência foi usada para dar uma interpretação falsa aos fatos (como, por exemplo, apresentar fotos de satélites, onde é mostrada uma fábrica de leite, e afirmar que “sem sombra de dúvidas, trata-se de uma fábrica da armas químicas”, enganando, assim, a maioria despreparada, que não sabe distinguir o que vê em imagens desse tipo), para apresentar argumentos aparentemente válidos, mas que na realidade não são conclusivos, pois existe má-fé por parte de quem os apresenta; apresentar argumentos baseados em fatos tidos como verdadeiros e chegar a uma conclusão inadmissível (como no discurso do secretário de Estado norte-americano, Collin Powell, na ONU, em fevereiro de 2003, no qual apresentou supostas provas sobre os programas de armamento do Iraque e sua recusa a se desarmar).De repente, sem que o mundo pudesse nem ao menos vislumbrar a possibilidade, o “start” foi dado por um acontecimento literalmente retumbante, que ecoou por toda a mídia, chocando e estarrecendo a todos: os atentados de 11 de setembro de 2001, considerados os mais graves atentados em massa da História, e que espalharam incerteza e insegurança pelo mundo. Enquanto a maioria esmagadora da humanidade se encontrava sob enorme espanto e forte emoção, em estado de choque, sem acreditar nem entender o que via, o “grande” plano foi sendo posto rapidamente em prática, sem dar tempo para que ninguém pensasse muito. O sucesso de sua execução exigia que suas etapas se sucedessem com rapidez, aproveitando todo o assombro, todo o enorme pavor que tomou conta das populações - em particular, a americana.O plano foi posto em prática e o controle dos quatro setores mais rentáveis da economia mundial foram enfeixados nas mãos daqueles grupos.Com parte da cúpula desse grupo no comando da única superpotência do mundo porque, então, esse gigantesco império está ruindo?

Silv@ Usuário POP

http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=As2EBVVNPgg3L0M_D6zXMb7x6gt.;_ylv=3?qid=20090227202601AAjR2kQ



AFEGANISTÃO - A guerra ilegítima prossegue.


Está em marcha na província de Helmand no sul do Afeganistão a maior operação militar desde que Obama chegou ao poder. Cerca de 4.000 marines, juntamente com centenas de soldados britânicos tentam impor o controle sobre uma população de etnia pastun, que se opôs à ocupação dirigida pelos Estados Unidos, desde que a invasão de 2001 derrotou o regime talibã e instalou um regime títere.

Ao mesmo tempo, devido principalmente à coação financeira e política de Washington, o governo paquistanês lançou o seu exército numa ofensiva brutal contra o povo pastun no noroeste do Paquistão.

O seu crime é partilhar uma história, uma língua e uma cultura comum com os pastuns do Afeganistão e proporcionarem apoio à insurreição talibã através da pouco definida fronteira entre ambos os países.

O custo em vidas humanas já foi descomunal.

Num selvático castigo coletivo o exército paquistanês obrigou um mínimo de dois milhões e meio de pessoas a sair das suas casas, em organizações tribais como Bajaur e Mohmand, e do distrito do vale de Swat na província da fronteira noroeste.

Os Estados Unidos realizam ataques aéreos quase diários contra as casas de hipotéticos dirigentes insurreitos paquistaneses, particularmente nas tribos de Waziristan do norte e do sul.

Só esta semana [N. do T.: semana de 5 a 11 de julho] os mísseis estadunidenses massacraram pelo menos 80 homens, mulheres e crianças.

Depois de quase oito anos de combates na Ásia Central, Obama intensificou até um nível novo e sangrento a guerra Afeganistão-Paquistão que está em desenvolvimento nos dois lados da fronteira.

Não há indícios de caminhar para o seu termo.

David Kilcullen, ex-conselheiro do general David Petraeus, o general que contribuiu para planear a onda de tropas tanto para o Iraque como para o Afeganistão, disse esta semana ao diário britânico The Independent o que se está a discutir abertamente, tanto na Casa Branca como em Downing Street: "Estamos pensando em pelo menos 10 anos de guerra no Afeganistão e este é o melhor cenário possível e a meio do que será um combate bastante maior. Este é o compromisso necessário e isto é o que se deveria dizer aos povos estadunidense e britânico, como se deveria dizer que tudo isto tem um custo".

A verdade é que os governos dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e outros países que participam na guerra estão dizendo aos seus povos o mínimo possível.

Estão sendo ajudados por meios de comunicação corruptos que se permitem a si mesmos ser censores e apenas publicam as notícias mais asséticas.

Os jornalistas britânicos que estiveram "envolvidos" com as forças da Otan no Afeganistão disseram no mês passado ao Guardian que a cobertura da guerra era "lamentável", "indigna" e "indefensável".

Thomas Harding do The Telegraph admitiu: "Dizem-nos que tudo vai fantasticamente, que tudo vai bem, mentiram a nós e ao público. (ver: «A lack of cover» em: www.guardian.co.uk/media/2009/jun/15/afghanistan-embedded-journalists-mod).

Típico das mentiras oficiais foi a declaração, citada pelo USA Today, do comandante estadunidense no Afeganistão, o general Stanley McChrystal, que as tropas estadunidenses estavam em Helmand para "criar uma nova atmosfera para que as pessoas rejeitem os talibãs e a sua cultura de medo e intimidação".

Como reconheceu a semana passada o The New York Times, os talibãs estão ganhando apoio devido ao ódio aos ocupantes estadunidenses e à Otan, e ao seu governo títere em Cabul.

Em 3 de julho a correspondente Carlotta Gall disse que "o estado de espírito do povo afegão nalgumas partes do sul do Afeganistão se inclinou para uma revolta popular" e as pessoas "pegaram em armas contra as tropas estrangeiras para proteger as suas casas ou num momento de ira pela perda de um familiar em ataques aéreos".

Para acabar com a resistência, o corpo de marines impõe um regime de "medo e de intimidação" aos 250.000 habitantes do vale do rio Helmand.

As táticas do general McChrystal inspiram-se nos métodos de contra-insurreição que aplicou no Iraque.

As principais cidades foram postas debaixo de

controle militar.

A vida das populações nas cidades, ida aos mercados, lojas, hospitais etc. será controlada por recolher obrigatório, postos de controle e constantes registos e interrogatórios nas ruas.

Os dirigentes locais são pressionados para identificarem os insurreitos, que são assassinados ou capturados por esquadrões da morte constituídos pelas forças especiais, a que os meios de comunicação chamam diligentemente "patrulhas de combate e reconhecimento".

É surpreendente que no momento em que a administração Obama intensificou a guerra, tenha praticamente abandonado o pretexto original utilizado para a justificar.

O que é que se passou com Osama bin Laden?

Referem-no, apenas, e quando o fazem, a Al-Qaeda está cada vez mais relegada para o final da propaganda oficial e das notícias dos media. Esta não é uma questão menor.

A aparente base legal da estadia das tropas estadunidenses no Afeganistão é a "Autorização para o uso da força militar", uma resolução conjunta aprovada pelo Congresso estadunidense em 18 de setembro de 2001, uma semana depois do 11 de setembro.

A resolução autorizava a força militar com o objetivo de capturar ou destruir os dirigentes da Al-Qaeda, principalmente bin Laden, para prevenir futuros ataques terroristas.

Quase nove anos depois, já nem se finge que as tropas estadunidenses estão no Afeganistão para caçar a Al-Qaeda.

Em vez disso, declara-se que a guerra é contra os "talibãs", uma etiqueta que se aplica, indiscriminadamente, a qualquer afegão que resista à ocupação dirigida pelos EUA. No entanto, em momento algum se acusou os talibãs de estarem implicados no 11 de setembro.

A justificação da administração Bush era que os dirigentes de Cabul tinham recusado um ultimato para entregarem aos Estados Unidos os dirigentes da Al-Qaeda.

O abandono do pretexto original para a invasão coloca a questão de com que suposta justificação legal o governo estadunidense e os seus aliados continuam a intensificar a guerra.

A verdade é que não têm nenhuma, a não ser a realidade: uma guerra imperialista de saque e dominação.

A ocupação do Afeganistão dirigida pelos Estados Unidos e a terrível violência que envolve o Paquistão é o culminar de 30 anos de intrigas imperialistas estadunidenses na Ásia Central para restabelecer um domínio estratégico e econômico na região, que é rica em recursos.

A partir de 1979, os governos estadunidenses financiaram e proporcionaram os meios a uma insurreição islâmica para derrotar um governo afegão apoiado pela União Soviética.

Nos anos noventa a Casa Branca de Clinton animou o seu aliado paquistanês a ajudar a instalar os talibãs em Cabul, acreditando que estes seriam benéficos para as aspirações das companhias norte-americanas: ganharem o controle dos principais projetos petrolíferos e gasíferos no Cazaquistão e outros Estados da Ásia Central, e construir oleodutos através do Afeganistão.

Quando a guerra civil e a instabilidade impediram a realização destes planos, explorou-se a presença da Al-Qaeda que, pelo menos até 2000, serviu para preparar a conquista do país por parte dos Estados Unidos.

Os ataques de 11 de setembro proporcionaram o pretexto

para pôr o plano em andamento.

Tal como o potencial acesso aos recursos dos países vizinhos, a ocupação do Afeganistão proporciona aos Estados Unidos e aos seus aliados da Otan uma base estratégica para projetar a sua força contra rivais que aspiram a uma influência regional, como a Rússia, a China, a Índia e o Irão.

A guerra no Afeganistão-Paquistão não é uma guerra contra o terrorismo nem pela democracia nem para ajudar o há muito mártir povo afegão.

É uma guerra colonial cujo objetivo principal é converter o Afeganistão num Estado cliente dos Estados Unidos, e assegurar que o Paquistão continue ancorado sob a influência geopolítica de Washington.

A classe trabalhadora deve exigir a imediata e incondicional retirada de todas as tropas estadunidenses e estrangeiras, o fim das operações militares imperialistas na Ásia Central e o direito dos povos afegão e paquistanês a determinar o seu próprio futuro.

* James Cogan e colaborador de World Socialist Web Site: www.wsws.org/index.shtml

Fonte:Revista Fórum
Postado por BLOG DE UM SEM-MÍDIA

http://blogdeumsem-mdia.blogspot.com/2009/07/afeganistao-guerra-ilegitima-prossegue.html

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