Para entender o golpe em Honduras
2009 Julho 3
Golpe em Honduras
De repente, um pequeno país da América Central, cuja capital poucos conseguem pronunciar o nome, Tegucigalpa, virou notícia mundial.
A história
As ligações perigosas
Em 1950, depois da segunda guerra, as bananeiras exigiram mudanças e o Banco Mundial foi chamado para promover a “modernização” de Honduras.
O medo de mais revoltas populares fez com que o governo realizasse uma espécie de reforma agrária nos anos 60 e 70 que acabou freando as mobilizações no campo, embora o benefício não tenha chegado a um décimo dos camponeses.
Os sandinistas e os EUA
E assim, durante toda a década, apesar dos escândalos políticos e mudanças de mando, a “ajuda” estadunidense aos generais de plantão sempre se manteve impávida com milhões de dólares sendo investidos nos acampamentos dos contras, que somavam mais de 15 mil soldados.
Nos anos 90, a situação em Honduras era tão crítica que até a conservadora igreja católica passou a apoiar os militantes dos direitos humanos que denunciavam estar o país a beira de uma guerra.
Zelaya
Ainda assim, o Congresso decidiu instituir o presidente da casa, Roberto Micheletti, como presidente da nação.
Reação Popular
O cenário mais provável é que, configurado o apoio popular e também o apoio da comunidade internacional, o presidente Zelaya coloque para correr os golpistas e inaugure um novo tempo em Honduras.
FONTE:
http://eteia.blogspot.com/2009/07/para-entender-o-golpe-em-honduras.html
Honduras: Fortalece-se movimento popular antigolpista
2009 Julho 3
tags: Comunismo, Fascismo, Honduras
by dariodasilva
EUA suspende manobras militares em solo hondurenho
A demonstração ocorreu no mesmo lugar onde centenas de policiais com fuzis de assalto e apoiados com carroças lança água reprimiram a população que repudiava o golpe militar, informou a PL.
Juan Barahona, presidente da Federação Unitária de Trabalhadores e dirigente da Frente de Resistência Pacífica Popular, ratificou a vontade de prosseguir a luta até o restabelecimento da institucionalidade nesse país centro-americano.
Barahona e Carlos H. Reina, candidato presidencial independente, manifestaram que brindarão umas calorosas boas-vindas a Zelaya, quando voltar a Honduras.
Aliás, repudiaram o abuso de força despregado pelas forças armadas contra milhares de hondurenhos que exigem a volta de Zelaya em frente à Casa Presidencial, desde que se conheceram as primeiras notícias do golpe, no domingo passado.
Por outra parte, Porfirio Ponce, dirigente sindical, denunciou a reaparição em Honduras do esquadrão da morte 316.
Neste sentido precisou que integrantes desse comando fustigam dirigentes populares, como Marcos Antonio Murillo, dirigente sindical da Universidade Nacional de Honduras, cuja moradia foi invadida em uma das ações desse esquadrão.
Esse comando criminoso foi criado pelo exército nos anos da década de 80 para desaparecerem e assassinarem dirigentes populares.
Em Washington, uma fonte militar anunciou nesta quarta-feira que o Departamento de Defesa dos Estados Unidos suspendeu suas atividades militares com Honduras, devido ao golpe de Estado contra o presidente Zelaya.
Bryan Whitman, porta-voz do Pentágono, manifestou em conferência de imprensa que a medida se manterá por tempo indefinido.
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, afirmou na segunda-feira que o golpe no país centro-americano constitui um ato ilegal e que Zelaya continua a ser o Chefe de Estado dessa nação.
Depois de uma reunião na Casa Branca, o líder democrata asseverou ao respeito que seria um grave precedente se começamos a retroceder à época dos golpes militares.
Enquanto, Hillary Clinton, secretária norte-americana de Estado, demandou a restauração da ordem democrática e constitucional em Honduras.
História
Ver artigo principal: História das Honduras
Honduras foi descoberta em 1502, por Cristóvão Colombo, em sua quarta viagem. Colombo encontrou um território marcado pela presença da civilização maia, e só após um período de guerra contra os índios (1523-1539) é que os Espanhóis conseguiram assegurar o controle da colônia, que, a partir de 1570, passou a estar sob a administração geral da Guatemala (também colônia espanhola).
Com a independência da Espanha, em 1821, tornou-se parte do império de Augustín de Iturbide. As Honduras lideraram, a partir de 1824, a União ou República Federal das Províncias Unidas da América Central até 1838, ano em que se retiraram daquela federação, proclamando a total independência de Honduras a 5 de Novembro daquele ano. A situação de Estado independente data de quando a união se rompeu e uma ininterrupta sucessão de caudilhos dominou o país no restante do século XIX.
Em 1979, a América Central passou a viver um período de forte instabilidade provocada pelas guerras civis na Nicarágua e em El Salvador. Em 1982, uma nova constituição, apoiada pelos EUA, almejava o aumento da atividade democrática. Como condição para o apoio norte-americano, no entanto, o país forneceu a base para os "contra" da Nicarágua. O país foi incluído, em 1983, nos planos de defesa da região proposto pelos EUA, servindo de base para treinamento de soldados, mas em 1984 o governo pediu revisão do Tratado de Aliança com esse país.
Em 1985, aumentou a tensão com a Nicarágua. O novo presidente, José Azcona Hoyo (1985-1990), abraçou um movimento pacifista levado a cabo pelos países da América Central. Ameaçou interromper a actividade dos "contra", assim como diminuir o poder dos militares. Honduras, no entanto, manteve-se economicamente dependente dos EUA, e, em 1989, Rafael Leonardo Callejas foi eleito presidente com o apoio norte-americano. A crise económica, a actividade guerrilheira de esquerda e as forças de segurança ficaram fora de controle, com 40 assassinatos e mais de 4 mil violações dos direitos humanos. Em 1991, o governo concedeu uma amnistia e iniciou negociações com guerrilheiros de esquerda.
Em 28 de Junho de 2009, o Presidente Manuel Zelaya foi preso e exilado pelo Exército hondurenho. O golpe ocorreu em resposta ao desejo de Zelaya de realizar uma consulta popular para perguntar aos hondurenhos se queriam que, em simultâneo com as eleições a realizar em Novembro de 2009, se realizasse também uma votação no sentido de decidir a criação de uma Assembleia Constituinte que reformasse a Constituição. O golpe foi realizado com o pretexto de que o presidente Zelaya queria mudar a Constituição do país de forma a poder ser reeleito [3]. Contudo, por trás do pretexto para o golpe de Estado, escondem-se divergências políticas profundas. [4]
http://pt.wikipedia.org/wiki/Honduras
Comentários sobre o GOLPE EM HONDURAS:
esse golpe militar foi feito nos mesmíssimos moldes dos demais golpes na america latina (chile, brasil...) e foi regido pela cia, treinando soldados hondurenhos inclusive.
Fonte(s):
canais de tv da america latina, e não a rede globo. Submarin...
Eu não apóio Keké
Eu apoio o presidente DEMOCRATICAMENTE eleito de Honduras, Zelaya.A direitona apoia o golpista.Um abraço Sacripanthas - Galera Timão
Não se trata de apoiar esse ou aquele, eu apoio a democracia, e o que ele queria fazer era algo democrático, mais democrático do que foi feito aqui no brasil quando da aprovação da reeleição, mas quando fala-se em ouvir o povo muita gente fica até arrepiado. Sandao21
Não posso apoiar ou não-apoiar o presidente pois não sou cidadão daquele país. Somente os cidadãos hondureses têm esse direito, afinal de contas eles que votaram (ou não votaram) nessa pessoa e são eles quem tem que viver sobre a liderança dele. O que eu NÃO APOIO é o GOLPE DE ESTADO que ocorreu. Como muitos já disseram, ele ocorreu nos mesmos moldes dos demais golpes ocorridos nas décadas de 60 e 70 na América Central e América do Sul. Usurpar o poder da forma como foi feito não pode nem deve ser aceitável sob nenhuma circunstância. Se há ilegalidade, existem meio legais que não a força do exército para reparar o dano. Exilar o presidente foi uma atitude imbecil que acaba trazendo conflito e instabilidade para o país e suas instituições. As democracias modernas são falhas mas tem mecanismos para melhorarem e se superarem. Basta haver vontade política. Abraços. Barbeiro
Eu apóio qualquer presidente, governador ou prefeito que seja eleito democraticamente. A democracia pressupõe que a gente aceite a vontade da maioria. Se um governante propõe medidas e essas medidas são postas à sociedade e a maioria da população as apóia, qual o problema? Acredito que a sociedade tem o direito de decidir sobre o destino de seu país. Agora uma minoria tomar o poder mediante força, sem o apoio da maioria da população, como podemos chamar isso? Se querem o poder, se candidatem, manifestem suas propostas ao país e se conseguirem o apoio da população e se elegerem, que governem!Renato sp
MORTE POR ENFORCAMENTO PARA OS CABEÇAS DO GOLPE. QUE SÃO TRAIDORES E LADRÕES DO VOTO POPULAR, QUE È A BASE PARA A DEMOCRACIAE DESTERRO PARA OS SUBALTERNOS! Diamante Social
Se fosse pra derrubar governos impopulares, que não é este caso, teríamos arrastado FHC pra fora do Planalto, dado uma coça e o expulsaríamos pra Europa, onde poderia viver de mentiras a R$ 50 mil por palestra. Abraços! CARONTE
O que importa é manter o sistema democrático, sem golpes que são na maioria nocivos a sociedade.by EBAS
É o resultado de ma governacao, falta de governacao participativa com outros seguimento da sociedade originou aquilo, porque e a governacao fosse de todos os cidadãos devia ter prevenido mas.....carlos antonio M
Sol do Deserto, A todos os golpes e ditaduras devemos repudiar sempre . BStks® fogonero...
Um comentário:
Em Honduras, como no resto do mundo: a ambição pelo poder revela o pior que existe no homem. :( Boa semana.
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