sexta-feira, 3 de julho de 2009

HOMENAGEM ÀS VÍTIMAS DO VÔO AF 447 DA AIR FRANCE



Este é o verdadeiro avião do acidente






Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil


O Serviço de Busca e Salvamento da Marinha do Brasil (SALVAMAR-BRASIL) tem a missão de prover o salvamento de pessoas em perigo no mar, no interior da área marítima de responsabilidade brasileira, inclusive nas vias navegáveis da Bacia Amazônica e do Rio Paraguai.
O Serviço está distribuído em sete Centros de Coordenação:
I) SALVAMAR SUL, com sede em Rio Grande, RS;
II) SALVAMAR SUESTE, com sede no Rio de Janeiro, RJ;
III) SALVAMAR Leste, com sede em Salvador BA;
IV) SALVAMAR NORDESTE, com sede em Natal, RN;
V) SALVAMAR NORTE, com sede em Belém, PA;
VI) SALVAMAR NOROESTE, com sede em Manaus, AM; e
VII) e SALVAMAR OESTE, com sede em Ladário, MS.
No caso das buscas aos destroços do voo 447 da Air France, a coordenação do evento é do SALVAMAR NORDESTE.
O Comando de Operações Navais, Organização Miltar da Marinha do Brasil sediada na cidade do Rio de Janeiro, exerce a supervisão do Serviço de Busca e Salvamento em todo o Brasil, além de ser o responsável pela elaboração e disseminação das normas necessárias ao seu correto funcionamento.
O SALVAMAR-BRASIL está normatizado por convenções internacionais constantes da Organização Marítima Intrenacional, agência da Organização das Nações Unidas que trata de assuntos marítimos.
A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 1982, estabelece que todo o Estado costeiro deve promover o estabelecimento, o funcionamento e a manutenção de um adequado e eficaz Serviço de Busca e Salvamento para garantir a segurança marítima e aérea, e quando as circunstâncias o exigirem, cooperar para esse fim com os Estados vizinhos por meio de ajustes regionais de cooperação mútua.
A Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS), de 1974, especifica que:
“cada Governo contratante se obriga a garantir que serão tomadas todas as disposições necessárias para vigilância em suas costas e para o salvamento das pessoas em perigo no mar, ao longo dessas costas. Estas disposições devem compreender o estabelecimento, a utilização e a manutenção de todas as instalações de segurança marítima julgadas praticamente realizáveis e necessárias, levandop em conta a intensidade do tráfego no mar e os perigos à navegação, e devem, tanto quanto possível, fornecer os meios adeuqados para localizar e salvar as pessoas em perigo”.
Em 1985 entrou em vigor a Convenção Internacional de Busca e Salvamento Marítimo, também conhecida como “Convenção de Hamburgo”.
No caso do acidente com o voo 447 da Air France, a Marinha do Brasil identificou e contatou os navios mercantes que estavam próximos ao suposto local do acidente, sendo estes, por esse motivo, os primeiros a chegar.


Marinha homenageia as vítimas do Voo 447 da Air France



Seis navios da Marinha do Brasil participaram da cerimônia em memória das vítimas do voo 447 da Air France, realizada no dia 29 de junho, em alto-mar, nas proximidades do Recife, a bordo da Fragata “Bosísio”.
O evento contou com a presença de autoridades da Marinha do Brasil, da Força Aérea Brasileira, do Cônsul-Geral da França no Recife e de convidados das Instituições que também participaram, de alguma forma, das atividades de buscas e de apoio. Os familiares também foram convidados.

A cerimônia iniciou-se com um longo apito da Fragata “Bosísio”, momento em que todos os navios participantes do evento (Navio de Desembarque-Doca “Rio de Janeiro”; Corveta “Jaceguai”; Navio-Tanque “Almirante Gastão Motta”; Navio-Patrulha “Grajaú; e Navio-Patrulha “Guaíba”) hastearam a Bandeira Nacional e a bandeira da França. Todos os presentes cantaram o Hino Nacional brasileiro.
Em seguida, foi lida uma mensagem da
Marinha do Brasil. Foi tocado “silêncio”, em apito marinheiro e corneta, e disparadas três descargas de fuzilaria.
Houve, então, uma Oração solene e o lançamento de três coroas de flores ao mar: a primeira lançada pelo Comandante do 3º Distrito Naval, Vice-Almirante Edison Lawrence Mariath Dantas; a segunda pelo Cônsul-Geral da França no Recife, Yves Lo-Pinto; e outra pelo Comandante do 2º Comando Aéreo Regional, Major-Brigadeiro-do-Ar Louis Jackson Josuá Costa.

Saiba mais sobre a participação da Marinha do Brasil nas buscas aos destroços do voo 447 da Air France


Bandeiras do Brasil e da França hasteadas em todos os navios participantes

Faça aqui o downloads das
fotos

Militares a bordo de seis navios lançaram coroas de flores ao mar.

Pétalas de rosas também foram jogadas de um helicóptero.

Um padre da Marinha celebrou um culto ecumênico na fragata Bosísio.
A cerimônia ocorreu em alto-mar, nas proximidades de Recife.


Parentes das vítimas foram convidados para a homenagem, mas nenhum compareceu.
Estiveram presentes representantes da Aeronáutica, do Bureau D'Enquêtes et D'Analises Pour la Securité de l'Aviation Civile (BEA), e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).


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Buscas encerradas

O Airbus A330 caiu no mar na noite do dia 31 de maio, quando sobrevoava o Oceano Atlântico na rota Rio de Janeiro-Paris, com 228 pessoas a bordo.

As buscas por corpos de ocupantes do voo AF 447 foram encerradas na última sexta-feira. Durante 26 dias de trabalho, 51 corpos foram encontrados.

Continuam desaparecidos 177.

Segunda-feira, 29 de Junho de 2009

Chuva de pétalas ao mar marca cerimônia de adeus

Voo 447 - Uma chuva de pétalas de flores jogada ao mar por quatro helicópteros da Marinha marcou hoje a solenidade em homenagem às vítimas do voo Air France 447

Uma chuva de pétalas de flores jogada ao mar por quatro helicópteros da Marinha marcou hoje a solenidade em homenagem às vítimas do voo Air France 447.

Seis navios da Marinha brasileira participam da despedida: a Fragata Bosísio, que lidera o ato, o navio tanque Gastão Motta, a corveta Jaceguai, o desembocador Doca, o navio patrulha Guaíba e o rebocador Triunfo.

Todas as embarcações participaram das buscas aos destroços do avião e aos corpos das vítimas.
A cerimônia foi realizada esta manhã pelo capelão naval, o primeiro tenente Cláudio Jacinto a 7 milhas náuticas da costa, uma distância equivalente a 14 km.

Após a leitura de um resumo da operação, encerrada na sexta-feira passada e que recuperou 51 corpos dos 228 passageiros e tripulantes do Airbus, foi realizado um ato ecumênico e as coroas de flores foram jogadas ao mar dos navios e houve a chuva de pétalas, seguidas do toque de silêncio, em sinal de luto.
Nenhum parente das vítimas participou da homenagem, apesar de todas as famílias brasileiras terem sido convidadas.

A decisão foi um boicote dos familiares, que manifestaram revolta em relação ao encerramento das buscas na Imprensa na semana passada.

Também participaram da cerimônia diversas autoridades da Marinha e técnicos do escritório de investigação francês, o BEA.




26/06/2009 -Informações sobre as buscas do voo AF 447 da Air France - Nota nº 43

TÉRMINO DAS BUSCAS DO VOO 447 DA AIR FRANCE

O Comando da Marinha e o Comando da Aeronáutica informam que, ao final do dia de hoje, 26 de junho, foi oficialmente dada por encerrada a maior e mais complexa Operação de Busca e Resgate já realizada pelas forças armadas brasileiras em área marítima, tanto no aspecto duração quanto na magnitude de meios empregados.

Nesses 26 dias de buscas aos passageiros e tripulantes do voo Air France 447, que desapareceu quando voava na rota Rio de Janeiro (RJ) – Paris (França), na noite de 31 de maio de 2009, foram resgatados 51 corpos e mais de 600 partes e componentes estruturais da aeronave, além de bagagens diversas.
A razão técnica que determinou o término das buscas é a impraticabilidade de se avistarem sobreviventes ou corpos, objetivo primordial da Operação, já decorridos 26 dias do acidente. Do dia 12 de junho ao dia 26, período de 15 dias, apenas dois corpos foram resgatados, sendo o último no dia 17. Nos últimos nove dias, nenhum corpo ou despojo foi avistado.

Os 51 corpos resgatados foram entregues à Policia Federal e à Secretaria de Defesa Social de Pernambuco para os trabalhos de identificação. Os destroços da aeronave e as bagagens recolhidas foram entregues ao Bureau D´Enquêtes et D´Analises Pour la Securité de I´Aviation Civile (BEA). A investigação sobre os fatores que contribuíram para o acidente também é de responsabilidade do BEA e conta com o apoio do setor correspondente no Brasil, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Em 26 dias de operação continuada sob responsabilidade do Brasil, em atendimento a compromissos internacionais de busca e salvamento, a Força Aérea Brasileira utilizou 12 aeronaves e contou com o apoio de aviões da França, dos EUA e da Espanha. A Marinha do Brasil atuou com 11 navios em revezamento na área de buscas, totalizando cerca de 35 mil milhas navegadas, aproximadamente oito vezes a extensão da costa brasileira.

Foram voadas cerca de 1500 horas, tendo sido realizadas buscas visuais numa área correspondente a 350 mil quilômetros quadrados, mais de três vezes a dimensão do estado de Pernambuco. O avião R-99, por sua vez, realizou busca eletrônica numa área correspondente a dois milhões de quilômetros quadrados, oito vezes a dimensão do estado de São Paulo.

Foram diretamente envolvidos na Operação 1.344 militares da Marinha do Brasil e 268 da FAB, perfazendo mais de 1.600 profissionais nas tarefas de busca, resgate e suporte a essas atividades.

Permanecem na área de buscas os meios navais dedicados a captar emissões das caixas de dados e voz da aeronave acidentada, coordenados pela França.Toda a Operação de busca esteve sob a responsabilidade direta do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do SALVAERO Recife em coordenação com o SALVAMAR Nordeste, e atendeu ao previsto no anexo 12 da Convenção de Chicago, efetivado em 1950, que estabelece o compromisso dos países signatários com as operações de busca e salvamento nas suas áreas de jurisdição.

Conscientes de suas atribuições, os tripulantes e demais integrantes do Comando da Marinha e do Comando da Aeronáutica fazem do seu labor nessa jornada a maneira justa de ofertar reverência à dor que marca famílias brasileiras e a comunidade internacional.


CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA AERONÁUTICA
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https://www.mar.mil.br/

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