terça-feira, 15 de setembro de 2009

OITO ANOS DE TERROR NO AFEGANISTÃO

Precisamos FALAR sobre o AFEGANISTÃO.
Não podemos nos esquecer que nossos irmãos Afegãos estão sofrendo.

As conseqüências da política imperialista dos Estados Unidos

Essa recente onda de “terrorismo” voltada contra os Estados Unidos é sem dúvida o fruto de sua postura política em relação a outros países.
Ao longo do tempo, os estadunidenses cultivaram esses inimigos de hoje através de sua política errônea, egoísta e muitas vezes desumana.
Infelizmente, as tristes conseqüências dessa postura são refletidas para o mundo todo, desestabilizando a paz mundial.

Essa história é clara e evidente quando analisamos a atual situação
da Palestina.
As terríveis armas ilegais usadas por Israel contra
civis palestinos são em sua maioria fornecidas pelos Estados
Unidos.
Não é possível considerar culpado ou errado que um
cidadão palestino que tenha sido expulso de seu verdadeiro lar,
forçado a viver em condições subumanas em campos de
refugiados, sem qualquer esperança de um futuro diferente, culpe
os Estados Unidos pela miséria de sua vida.
E isso não acontece
apenas com os palestinos.
Outras nações como o Iraque,
Afeganistão, Vietnã, Irã, Líbia, Sudão, Indonésia, Japão e Coréia
também passaram pela miséria e sofrimento em nome de
interesses estadunidenses.
As condições da economia estadunidense podem ser de
importância máxima para eles mesmos,
mas não às custas de outras nações.
A dependência econômica estadunidense do
petróleo do Oriente Médio e
a existência de um ilegítimo regime sionista
são os reais motivos de toda a destruição na região.
A
maior conseqüência disso é o sofrimento injustificável de milhões de
inocentes, que não cometeram nenhum crime além de
nascerem no
“lugar errado na hora errada”.
Os Estados Unidos são os líderes em levar
“democracia e liberdade” a nações
que sequer se interessam nesse tipo de “democracia”,
principalmente pelas experiências de outras nações.
Assim que um interesse estadunidense é ameaçado,
os verdadeiros objetivos para “libertar os oprimidos” aparecem,
das formas mais
criminosas possíveis.
A verdadeira definição de democracia usada
pelos Estados Unidos se resume em “você ter toda a liberdade do
mundo para expressar suas livres vontades, contanto que suas
vontades sejam as nossas vontades”.
O tratamento dado ao Hamas
após a democrática vitória nas eleições palestinas é um exemplo clássico.
Outro fato que é característica da política internacional falsária dos
Estados Unidos é que quase todos os chamados hoje como
“inimigos da nação” são criações deles mesmos.
Eles criaram, treinaram e apoiaram Osama bin Laden contra os soviéticos no
Afeganistão, e Saddam Hussein seguia suas ordens durante a
Guerra Irã-Iraque.
Ironicamente, esses dois homens são os dois
maiores “inimigos da nação estadunidense” hoje.
Enquanto serviam
para os interesses dos Estados Unidos, eles eram tolerados, mas
quando o interesse se foi, os mesmos dois homens se tornaram
automaticamente “inaceitáveis” e “perigosos inimigos para a humanidade”.
Em meio a tanta hipocrisia
,
Em meio a tanta hipocrisia,
Em meio a tanta hipocrisia...
(grifo meu)
é até comum esquecermos que os
Estados Unidos representam os maiores fabricantes de armas,
legais ou ilegais, usadas contra a humanidade na história
contemporânea.
A maneira mais simples e eficaz de reduzir a
violência mundial seria controlar a venda de armamentos.
Considerando isso, é muito estranho que os Estados Unidos
queiram diminuir os riscos de violência contra sua própria nação
enquanto eles mesmos são os maiores comerciantes de
armamentos do mundo.
Não faz parte da estratégia dos Estados
Unidos vender mais armamentos e criar hostilidades entre estados
soberanos?
A história não mente.
Quando tais fatos são ignorados, acabam por explodir contra os
próprios estadunidenses, como foi em 11 de setembro de 2001.
Será necessário que eles aceitem que nenhum poder no mundo,
não importando a magnitude desse poder, siga e imponha suas
vontades a todo o mundo para sempre.
A história prova isso,
como
nos casos dos romanos, gregos,
mongóis e outros impérios do
passado.
Os estadunidenses têm que repensar a sua política
internacional.
Considerando a sua própria história, isso pode
parecer pouco realista e até impossível, mas é a única maneira de
garantir a segurança dos cidadãos estadunidenses no futuro.
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Derrotados também no Afeganistão
No dia 26 de outubro de 2006, entre 65 e 80 civis foram mortos no sul
do Afeganistão durante bombardeios das forças da OTAN, como
confirmaram oficiais do governo afegão e sobreviventes dos
ataques.
Fatos como esses têm se tornado mais comuns no
Afeganistão recentemente, com a falta de controle e coordenação
das forças aliadas contra o Talibã, que se mostrou reorganizado
novamente.

As
inúmeras
práticas
imperialistas estadunidenses só
poderiam mesmo resultar no
crescimento da aversão contra
eles mesmos. Com o passar do
tempo,
esse
ressentimento
cresce em enormes proporções.
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Assim como acontece no Iraque, os ataques indiscriminados dos
Estados Unidos e das forças da OTAN contra alvos civis apenas
colaboram com o sentimento de injustiça que a maioria da
população têmquanto aos verdadeiros motivos da guerra existir.
A
história se repete constantemente:
quando não encontram os
chamados “sobreviventes do Talibã”, acabam atingindo áreas
puramente civis, e quando os encontram, acabampor sofrer baixas
importantes em combate aberto.
Desde 2002, centenas de civis têm sido mortos em ataques
indiscriminados liderados pelos Estados Unidos no Afeganistão.
Em
função da situação completamente instável no país, é muito
complicado determinar o exato número de inocentes que sofreram
com tais ataques.
Sam Zarifi, do grupo Human Rights Watch, de
Nova Iorque, criticou os recentes ataques a áreas civis cometidos
pela OTAN, afirmando que “é necessário vencer o apoio da
população, e não matá-la”.
De fato, os poucos estudos conduzidos
pela Human Rights Watch mostram que o apoio da população afegã
às forças aliadas caiu drasticamente durante os últimos 12 meses.
Os soviéticos tentaram e falharam nos combates com as guerrilhas afegãs ao tentarem
fazer uso de ataques maciços,
então claramente sabemos que
esse não é o modo de se
vencer no Afeganistão”,
disse Zarifi.

Em resposta às constantes críticas ao desempenho das forças da
OTAN no Afeganistão, Mark Laity, porta-voz oficial da OTAN,
afirmou que “nós mostramos que em termos de combate aberto
podemos ser o lado vencedor”,
uma afirmação não muito positiva
quando está se falando em combater um grupo organizado, que usa
estratégias de ataques-surpresa, e conhece todo o território afegão
com extrema perfeição.
Uma história recente que ilustra um fato
semelhante foi a última derrota de Israel contra o Hizbollah, que
apesar de todo o armamento mais sofisticado disponível
não
conseguiu cumprir sequer um de seus objetivos ao
atacar o Líbano.
O senador afegão da província de Uruzgan, Haji Abdul Khaliq,
afirmou que a maioria dos afegãos não confiam nas forças aliadas,
principalmente pelos constantes ataques a civis
.
“No momento, não
existe muito apoio aos Estados Unidos e à OTAN”,
disse ele.
“Se
eles querem o apoio da população,
vão precisar mudar a sua estratégia e
passar a construir estradas e escolas”, finalizou.
Essa visão de Abdul Khaliq reflete a opinião do povo afegão, que
há mais
de duas décadas convive com guerras violentas de outras nações
em suas terras.

O recente fortalecimento do Talibã no Afeganistão e o crescente
número de homens, mulheres e crianças mortas por ataques
indiscriminados provam a falha dos Estados Unidos e das forças
internacionais em trazer a estabilidade para o país.
As histórias se repetem:
derrotados no Afeganistão, derrotados no Iraque,
e quem
pagou por tudo
foram civis inocentes.
Recapitulando...

O trabalho escravo para as crianças palestinas

Centenas de crianças palestinas são
capturadas,
interrogadas
(à maneira de Israel) e
presas
pelas autoridades israelenses todos os anos,
de acordo com o órgão Defense for Children International,
uma organização não-governamental que monitora as condições de
detenção de crianças e as representa em julgamentos.
É de conhecimento público que crianças são presas sem terem
cometido crimes, mas raramente é comentado que muitas delas são
punidas com
“trabalho forçado em que precisam trabalhar pelo
menos oito horas diárias”,
de acordo com o órgão.
“A administração da prisão forçou todos os prisioneiros da Prisão de Telmond a
trabalhar oito horas todos os dias”,
contou uma das crianças palestinas
após ter sido libertada.
“Os soldados israelenses
chegavam às celas às sete horas da manhã, e nos forçavam a
trabalhar com nossas pernas amarradas com correntes”,
descreveu o garoto.

Prisioneiros feridos e com dificuldades de locomoção também não
escapam do trabalho escravo, como é o caso de um prisioneiro
político palestino que
“tinha um osso quebrado mas os soldados me
forçaram a trabalhar de qualquer maneira, sem levar em
consideração a minha dor”,
como ele mesmo descreveu recentemente.

Um total de 376 crianças palestinas abaixo de 16 anos de idade
estão presas em cadeias israelenses.
As crianças são submetidas
às piores formas de abusos, como punição física, humilhação,
abuso sexual e outras formas de tortura, de acordo com o relatório
da DCI.
Casos assim têm se tornado freqüentes nos territórios
ocupados da Palestina,
principalmente após a Segunda Intifada,
iniciada em setembro de 2000, e muitos órgãos de direitos humanos
procuram expor a realidade das prisões infantis israelenses.
De acordo com a Quarta Convenção de Genebra e a
Convenção da
ONU pelos Direitos da Criança
,
ambos acordos assinados por
Israel,
o estado israelense tem a obrigação de permitir que as
crianças palestinas tenham acesso à educação, presas ou não.

Essa é mais uma violação israelense da
Lei Internacional.
Edição 33
30 de outubro de 2006
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JORNAL ORIENTE MÉDIO VIVO
fundado em 20 de fevereiro de 2006
Fontes de pesquisa:
Website ativista Palestine Monitor
(www.palestinemonitor.org)
Website ativista Electronic Intifada
(www.electronicintifada.net)
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“A verdade é o único campo seguro para se estar”
– Elizabeth Cady Stanton ( 1815 – 1902 )

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