terça-feira, 1 de setembro de 2009

MOMENTOS LÍRICOS

Ou me queres ou me deixas

Não dá mais pra conviver

Pra estar assim contigo

Eu prefiro te esquecer

Que eu te quero tu bem sabes

Mas jamais posso aceitar

Esse jogo de caprichos

Do teu modo de pensar

Me diga de verdade

O que sentes comigo

Se eu sou o teu amante

Ou apenas amigo

Quero me convencer se ficou já nem sei

Alguma coisa boa, do amor que eu te dei

Me diga se mentias quando me abraçavas

E ao me dar teu corpo, depois me enganava

Se os teus caprichos e sonhos são feios

Já não me interessa com teus devaneios

Muitas vezes me arrependo

E outras me deixo levar

Pelos vagos sentimentos

Do teu modo de pensar

Já não sei mais o que faço

Nem meu coração me diz

Não me queres nem me deixas

Eu não posso ser feliz

Quisera eu saber

O que se passa comigo

Pois tento esquecer

De uma vez não consigo

Não sei se é desejo, paixão ou loucura

Ou um mal tão grande

Que não tem mais cura

Porém eu te asseguro

Que é chegada à hora

Em que ficas comigo

Ou então vais embora

Teu jogo acabou, sufoquei meus anseios

Já não me interessas com teus devaneios

JULIO IGLÉSIAS Devaneios


O AMOR EM NÓS

O amor é tão leve, que não suporta o peso dos nossos desejos; e tão livre, que sucumbe sob as correntes que lhe tentamos impor.

E, entretanto, é a força maior em nós.

Do amor, nascem os nossos sorrisos mais felizes; e da tentativa de escravizá-lo à nossa vontade, brotam as lágrimas mais sentidas.

O amor é, para a alma, como o ar é para o corpo. E, se é certo que dele necessitamos para viver, é igualmente certo que não o podemos reter em nossos pulmões.

O amor é como as nuvens, que flutuam pelo ar, livres de nosso controle. E, entretanto, ornamentam o céu e fazem nascer a chuva, que fertiliza os campos.

Ou como as estrelas e a lua, que não estão presas ao firmamento e, brilhando em liberdade, fazem a beleza da noite.

O amor não absorve, completa. Eis que o Pai maior nos concedeu o livre-arbítrio, para que cada um de nós pudesse decidir o próprio destino. E talvez seja esta a expressão maior do Seu amor.

É necessário que cada um ande o seu próprio caminho, para que o amor possa guiar os seus passos.

Pois aquele que por outro é comandado, não pode falar de amor; mas de submissão. Como aquele que busca impor a sua vontade, não procede em nome do amor; mas das suas próprias carências.

Eis que a plenitude não pode brotar senão de si própria. E como poderemos conhecer a plenitude do amor, se cada um de nós não estiver pleno em si mesmo?

Guardai-vos, portanto, da tentação de escolher o caminho da pessoa a quem acreditais amar.

Pois é quando os seus próprios passos a levam até vós, que juntos podeis caminhar...

http://ohassan.blogspot.com/2008/11/o-amor-em-ns.html

O AMOR E OS SONHOS

É como asas, que deveis receber o amor; para que ao Universo vos conduzam.

Sem o transformar em grilhões, que a outro vos acorrentem.

O amor não está nos olhos, mas no olhar.

Nem na criança, mas na pureza; nem na rosa, mas no seu delicado aroma.

Pois os olhos, a criança e a rosa são apenas a representação material de belos sonhos.

E assim também acontece à pessoa amada, em quem buscais corporificar o amor que existe em vós.

Porque vos acostumastes a depender dos sentidos do corpo, limitando a percepção do Infinito, que pertence ao vosso verdadeiro Eu.

No toque de vossos corpos, buscais a companhia que só encontrareis na comunhão entre as almas.

Pois não é na acha de lenha que se oculta o calor, mas no fogo que a consome.

E vos assemelhais ao homem que se concentra no fruto apetitoso, esquecido da árvore que o provê.

Ou àquele que deseja, em uma única estrela, descobrir todo o brilho do céu noturno.

Assim agindo, fazeis nascer a vossa própria infelicidade.

Pois ninguém existe, que possa rivalizar com um sonho.

No sonho, podeis encontrar a perfeição; enquanto o ser humano apenas consegue dar um pouco de si mesmo, com todas as suas imperfeições.

Porém, não é com o sonho que ireis conviver.

Não será ele a beijar os vossos lábios, a acolher o vosso corpo; a repartir os vossos pensamentos e conhecer as vossas próprias imperfeições.

Eu vos tenho dito, e repito, que ninguém pode chorar senão as próprias lágrimas; ou sorrir senão os próprios sorrisos.

Porém, aquele que vos ama buscará secar as vossas lágrimas; e multiplicar os vossos sorrisos.

Entretanto, ninguém existe que possa amar em todas as horas.

Como a felicidade e a tristeza, o amor é um estado de espírito; e, por assim ser, não se pode pretender a sua presença em todas as horas do dia.

Sábio, portanto, não é o que lamenta a ausência temporária do amor; mas aquele que escancara as janelas do coração, para festejar o seu retorno.

E a ele se entrega, sem temer uma nova partida.

Pois, assim como a escuridão vos envolve quando cerrais os vossos olhos, o temor antecipa o sofrimento e afasta de vós todo o encanto que no presente poderíeis desfrutar.

Esquecei os vossos temores e vivei os vossos sonhos.

É assim que podereis viver o vosso amor, que talvez não seja eterno.

Mas vos levará ao coração do Universo.

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