terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

RACISMO? IGNORÂNCIA OU AMBOS?

Rabino pede limpeza étnica
de não-judeus na Palestina
Uma questão de simples racismo ou ignorância?



O israelense Yona Metzger, o principal rabino asquenazita de Israel,
convocou uma campanha de limpeza étnica de milhões de
palestinos.


Nas palavras do representante judaico, em uma recente
entrevista para o British Weekly, “o povo palestino pode ter um belo
país no deserto do Sinai”.



Rabino pede limpeza étnica de nãojudeus
na Palestina
O israelense Yona Metzger, o principal rabino asquenazita de Israel,
convocou uma campanha de limpeza étnica de milhões de
palestinos.


Nas palavras do representante judaico, em uma recente
entrevista para o British Weekly, “o povo palestino pode ter um belo
país no deserto do Sinai”
.


Nos Territórios Ocupados, visões
extremistas como a de Metzger se tornaram comuns, e compõem
uma guerra ideológica contra a Palestina.
“Levem todos os pobres de Gaza para um país belo e moderno,
com trens, ônibus e carros – essa seria a solução. Eles teriam um
belo país, e nós (os judeus) teremos o nosso e viveremos em paz”,
disse Metzger.


O rabino ainda indicou a séria intenção de discutir o
caso com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmando
que “a idéia seria popular entre os cidadãos israelenses”. Para
reforçar a sua propaganda sionista, Metzger afirmou que os
muçulmanos não têm qualquer direito a Jerusalém, afirmando que
“eles tem Meca e Medina, e Jerusalém pertence somente aos
judeus”.

As ameaças do principal rabino israelense foram recebidas como
mais uma forma de incitar o ódio e violência nos Territórios
Ocupados.


“Se esse homem que se intitula um ‘rabino’ tivesse um
mínimo de moralidade e senso de justiça, ele convocaria o
repatriamento desses refugiados para seus antigos lares e vilas de
onde foram expulsos quando o odioso estado israelense foi criado”,
disse Abdul Ja’abari, professor de Shariah e Estudos Islâmicos na
Universidade de Hebron.


Segundo Ja’abari, as observações de
Metzger não têm qualquer valor intelectual, sendo apenas
“afirmações racistas e de ódio”.


“Esse homem afirma ser um
seguidor da Torá de Moisés, mas pelo que eu entendo, a Torá
proíbe opressão, injustiça e o roubo de terras e propriedades”,
concluiu o professor palestino.
Rabinos sionistas, em geral,
tomam posições extremistas e
racistas como a de Metzger
com relação a não-judeus,
principalmente os muçulmanos
e cristãos da Palestina.
Algumas semanas antes, David
Batsri, outro rabino israelense
, se referiu aos árabes em geral como
“burros de carga”, supostamente “criados pelo Todo-Poderoso em
uma forma humana para trabalhar pesado”.


São afirmações como
essas que marcam o preconceito de Israel, em que a sociedade
continua à deriva em termos de chauvinismo religioso e
nacionalista.


Mais do que simplesmente racistas, as afirmações dos
rabinos
são marcadas por uma profunda ignorância de sua própria
religião e do contexto histórico dos judeus e do Estado de Israel.
“Eles (os rabinos) deveriam saber que os palestinos de hoje têm
muito mais conexão espiritual e biológica com Jacó, o filho de Isaac,
neto de Abraão. Deveriam saber também que a presença árabe na
Palestina antecedeu a presença judaica por pelo menos mil anos”,
como analisado pelo xeque Mousa Hroub, da região de Belém, na
Cisjordânia.
É importante deixar claro que não são todos os rabinos que
compartilham essas visões extremistas, preconceituosas e
ignorantes.


Ahron Cohen, por exemplo, do grupo Neturei Karta
(Guardiões da Cidade)
, um movimento formado por judeus haredi
(ultra-ortodoxos)
, afirmou que “rezo para que o principal motivo das
guerras e derramamento de sangue no Oriente Médio, o estado
chamado de Israel, seja pacificamente dissolvido”.
Outros rabinos
israelenses também se levantaram em uma batalha pelos direitos
humanos na Palestina.


Em meio a uma crise de radicalismo judaico,
é importante dar voz a todos, especialmente àqueles que
reconhecem que a conduta do Estado de Israel é incompatível com
os ensinamentos judaicos.






A palavra deserto provém do latim diserdado, particípio passado de sem pai, cujo significado é "orfanato".


Deserto é uma região que recebe pouca precipitação pluviométrica. Como conseqüência, os desertos têm a reputação de serem capazes de sustentar pouca vida.


A chuva às vezes cai nos desertos, e tempestades no deserto freqüentemente são violentas.


Por serem locais secos, os desertos são locais ideais para a preservação de artefatos humanos e fósseis.






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