Só os terroristas concordam com o terrorismo. Mas, para que possamos esclarecer tudo que a sua pergunta envolve, devemos melhor esclarecer alguns conceitos que nela estão explícitos e implícitos.
Primeiramente, não devemos confundir antissemitismo com anti-sionismo.
Embora em seu sentido histórico tenha aplicação restrita aos judeus e ao judaísmo, o termo anti-semita, em seu sentido literal significa atitude de preconceito e de rejeição quanto aos semitas.
E qual é a diferença?
A diferença é que semitas não são apenas os judeus, mas também os árabes. Confira:http://pt.wikipedia.org/wiki/Semitahttp://www.aulete.portaldapalavra.com.br...
Portanto o termo semita tem como principal designação o conjunto lingüístico composto por uma família de vários povos, entre os quais se destacam os árabes e hebreus, que compartilham as mesmas origens culturais.
Consequentemente, por mais incrível que possa parecer, quando o governo de Israel toma medidas contra os árabes está a tomar medidas anti-semitas.
Agora, há de se diferenciar antissemitismo de antissionismo.
O que é o sionismo?
O termo, em princípio, designa o movimento nacionalista judaico do fim do séc. XIX, que visou estabelecer um Estado judaico na Palestina, o que se concretizou em maio de 1948. Segundo os próprios sionistas, “sionismo é o movimento nacional de libertação do povo judeu – uma expressão das legítimas aspirações de um povo antigo à autodeterminação e independência nacional. O movimento sionista foi fundado para prover um Estado soberano próprio na sua terra ancestral. Israel é a encarnação moderna e política desse sonho ancestral.”
Alguém pode ser contra a que um povo deseje e lute por sua própria autodeterminação e independência?
Claro que não.
Qualquer pessoa normal apóia todo e qualquer movimento de um povo para ter reconhecido pela comunidade internacional o seu direito de decidir por si mesmo, de ser autônomo, de ter direito a um território no qual possa exercer poder e autoridade sem restrições.
O problema é quando esse movimento, em sua raiz legítimo, desvirtua-se ao longo do tempo e passa a ser um instrumento de opressão a outros povos que, igualmente, querem ter seu direito a um território e neste ser autônomo, independente e soberano.
Infelizmente, há algumas décadas, talvez já há um século, o sionismo vem sendo sistematicamente desvirtuado.
Hoje, seus mentores passaram a crer - e a tentar convencer todos os povos do mundo, através da mídia e de literatura política, explícita e subliminarmente - que os judeus têm direitos sobranceiros, superiores a todos os povos e nações.
Essa noção está explícita no judaísmo que afirma ser o povo judeu - “o povo escolhido”. Escolhido para quê?
Para sobreviver a todos os outros?
Eu sou judeu, mas e quem não é?
Aceita estar reservado à destruição total e definitiva?
É neste ponto especificamente que reside a gravidade do sionismo: ele quer que todos os outros povos se convençam e resignem a serem exterminados em favor da sobrevivência “do povo de Israel”.
A manutenção do mundo em permanente estado de alerta contra “inimigos” - que, na verdade, só constituem “ameaças” aos mentores do sionismo -, levou o mundo a se descarrilar no plano familiar, social, político, ético, moral e, agora, financeiro-econômico. Pensando que a possibilidade de destruição pode ser iminente e imprevisível, o homem passou a viver como se estivesse em seus últimos momentos de vida.
Por isso, a maioria das pessoas que se orientam por essa ideologia, vivem a zombar dos valores morais, éticos e a buscar, desenfreadamente, o prazer, a riqueza, o poder aqui e agora, a qualquer custo - pois acreditam que se os fins não justificam os meios, a iminência de exterminação os justifica.
Na verdade, a degradação moral das sociedades é muito mais real e perniciosa do que a “ameaça” que Hamas, Hezbollah, Al Qaeda, Jihad Islâmica e o Talibã possam representar. Porque Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica e Talibã não conseguem ser ameaça real nem para o Estado de Israel, quanto mais para o mundo todo.
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