Corte fantoche condena Aziz a 15 anos de prisão
O ex-vice-primeiro-ministro iraqui-ano Tarek Aziz, considerado o segundo homem do governo de Sadam Hussein, deposto pela invasão norte-americana em 2003, foi condenado a 15 anos de prisão, na quarta-feira, dia 11, pelo tribunal fantoche montado pelos Estados Unidos, pela suposta execução de 42 comerciantes em 1992, que especulavam com o preço de alimentos vitais para a população, num momento em que o país estava sob bloqueio.
A partir de Amã, o advogado de Tarek Aziz, Badea Aref, rejeitou a pena que foi “sem embasamento legal algum” e que tinha como objetivo “justificar a manutenção da detenção” de seu cliente.
“Esperava que o tribunal reconhecesse sua inocência”, disse Aref, argumentando que seu cliente estava “fora do Iraque” quando os comerciantes foram executados.
O advogado, foi perseguido e, em várias ocasiões, sofreu atentados a sua vida com a finalidade de dificultar a defesa daqueles que os serviçais da ocupação levaram a julgamento, incluindo Tarek. As perseguições aos advogados de defesa foram constante durante todos os julgamentos com os que integraram o governo legítimo de Sadam.
Os ex-ministro do Interior, Uotban Ibrahim Hasan e o chefe da polícia Sebaui Ibrahim, foram condenados à pena de morte pelo tribunal montado pela ocupação.
Os ex-ministro do Interior, Uotban Ibrahim Hasan e o chefe da polícia Sebaui Ibrahim, foram condenados à pena de morte pelo tribunal montado pela ocupação.
Ali Hasan al Majid, também foi condenado. Ele já havia sido condenado à morte em outros três julgamentos.
AUSÊNCIA DE PROVAS
Em outro momento do processo, ocorrido em dois de março passado, até mesmo o tribunal-farsa teve que reconhecer que não foram encontradas provas contra Tarek Aziz, que era acusado então de participação na morte de shiitas muçulmanos em 1999.
A Corte que julgou Tarek está sediada na Zona Verde, o setor protegido por tropas americanas do centro de Bagdá e, efetivamente, o único com algum grau de controle por parte dos ocupantes.
Mezbane Jadhr Hadi, um dos chefes do Partido Baath, colocado pelo governo fantoche na ilegalidade também foi “condenado” a 15 anos de cárcere.
As perseguições atingiram também o ex-ministro da Fazenda, Ahmed Hussein Judheir, foi condenado a seis anos de prisão.
Abd Hamud, ex-secretário de Saddam, foi condenado a prisão perpétua.
Tarek Aziz, doente e com risco de enfarte, foi seqüestrado há seis anos e é mantido algum campo de detenção nas imediações de Bagdá, como denunciou seu filho Ziad Aziz, revelando que lhe é permitido falar com sua família “na melhor hipótese, uma vez por mês, pelo telefone”.
Tarek Aziz, doente e com risco de enfarte, foi seqüestrado há seis anos e é mantido algum campo de detenção nas imediações de Bagdá, como denunciou seu filho Ziad Aziz, revelando que lhe é permitido falar com sua família “na melhor hipótese, uma vez por mês, pelo telefone”.
Na maior parte do tempo em que ficou detido não havia nem mesmo acusação formal contra ele, que durante a primeira agressão ao Iraque, por Bush pai, ficou mundialmente conhecido pela sua defesa da soberania do seu país em entrevista à rede ABC.
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