sábado, 7 de março de 2009

PELA SOBERANIA DO IRAQUE

O Iraque é um país soberano com instituições legítimas?

Obama confirma fim de combate no Iraque em 2010
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou nesta sexta-feira A RETIRADA DA MAIOR PARTE das tropas norte-americanas do Iraque e o FIM DA MISSÃO DE COMBATE no país até 31 de agosto de 2010, mesmo admitindo que o país não está totalmente seguro.
Retirada das tropas
O Iraque é um país soberano com instituições legítimas. Os Estados Unidos não podem - e não devem - tomar o lugar delas
"No próximo mês se completa o sexto aniversário da guerra no Iraque. Para todos os critérios, essa já é uma GUERRA LONGA", afirmou Obama diante de militares em Camp Lejeune, Carolina do Norte.
"Hoje, eu vim falar a vocês sobre como a guerra no Iraque vai acabar."
Obama disse que a estratégia de retirar as tropas se baseia no reconhecimento de que uma solução duradoura no Iraque precisa ser política, não militar, e destacou que "as mais importantes decisões a respeito do futuro do Iraque agora devem ser tomadas por iraquianos".
De setembro de 2010 até o fim de 2011, os Estados Unidos pretendem deixar no Iraque uma força militar composta de até 50 mil homens para treinar, equipar e assessorar as Forças de Segurança do Iraque.
Após este período, o governo do Iraque será responsável por manter a segurança no país. Apesar da retirada das tropas, o papel diplomático dos Estados Unidos no Iraque continuará "fundamental", segundo Obama.
A segunda parte do plano para o país consiste em "sustentar a diplomacia para que o Iraque se torne um lugar mais pacífico e próspero".
"Nós vamos ajudar o Iraque a estabelecer novos laços de intercâmbio e comércio com o mundo. E vamos criar uma parceria com o povo e com o governo iraquianos que contribua para a paz e a segurança da região", adiantou Obama.
Para isso, foi anunciada a nomeação de CHRIS HILL como novo embaixador dos Estados Unidos no Iraque.
Hill já trabalhou em Kosovo e na Coreia do Sul e, segundo Obama, mostrou capacidade para exercer a função no Iraque.Avanços e dificuldadesObama elogiou em seu discurso A ATUAL SITUAÇÃO DO PAÍS OCUPADO.
"A violência [no Iraque] foi reduzida, a capacidade das Forças de Segurança iraquianas aumentou e os líderes iraquianos avançaram rumo à consolidação política", disse o presidente norte-americano, apontando as ELEIÇÕES REGIONAIS DE JANEIRO como uma prova de fortalecimento democrático no país.Apesar do tom otimista, Obama destacou que o Iraque enfrentará DIAS DIFÍCEIS. Um dos maiores desafios que o governo local deverá combater será o econômico, diante da baixa no preço do petróleo."
A queda das entradas provenientes do petróleo deverá significar mais um empecilho para um governo que tem dificuldade em oferecer serviços básicos", admitiu o presidente dos Estados Unidos.
COMENTÁRIOS:
"Já foi, na época de Saddam Hussein. Hoje, tem um presidente que não tem um coração iraquiano (o curdo Jalal Talabani), um primeiro-ministro da maioria xiita, que pretenderá representar os interesses do Irã no Iraque. A prevalência dos interesses xiitas fazem com que os interesses verdadeiramente iraquianos sejam preteridos em nome da religião, fazendo com que os interesses de nações estrangeiras, como o Irã, prevaleçam sobre os interesses dos pensam o Iraque para os iraquianos. Exatamente por perceber isso que Saddam Hussein sempre tentou contê-los. Mas o Ocidente, sem mesmo tentar entender as peculiaridades do país e de seu povo, destruiu a possibilidade de convivência contrabalançada. O que antes era noticiado na mídia sionista como prática tão corriqueira quanto criminosa, hoje, sob o domínio dos xiitas e curdos, realmente ocorre mas sem que seja dado qualquer destaque por aquela mesma mídia.Os EUA cometeram e continuam em erro quanto ao Iraque. Porque, antes, sim, era uma nação soberana e com instituições legítimas. Hoje, não, pois não há quem consiga unir, pelo menos um grupo mínimo de pessoas, para que a maioria da população trabalhe por um objetivo comum. Nas mãos de curdos, que não são iraquianos nem árabes, mas indo-europeus (como os italianos, por exemplo); sob o controle de xiitas, que não pensam na nação, mas na religião e, para a preponderância desta, se aliarão com nações que igualmente não pensam o Iraque como nação, nem têm qualquer interesse de que ele seja um país soberano; nas mãos de corruptos, que veem o Iraque como moeda de troca para possibilitar seu locupletamento, isto é, como algo que pode ser vendido para o aumento de seu próprio patrimônio em prejuízo de todos os seus conterrâneos, fica realmente impossível acreditar que "o Iraque é um país soberano com instituições legítimas".

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