quinta-feira, 11 de junho de 2009

ATO PÚBLICO PARA DEFENDER O PRÉ-SAL

Manifestação será dia 19 em frente à sede da Petrobrás, na Paulista

Centrais e CMS farão ato em SP para defender pré-sal

As entidades sociais estão organizando na capital de São Paulo um ato em defesa da Petrobrás e da mudança na lei do petróleo
As centrais sindicais, os movimentos sociais e partidos políticos voltam às ruas de São Paulo unidos
no próximo dia 19, sexta-feira, em defesa do pré-sal e da Petrobrás.

A concentração está sendo convocada para as 10 horas, em frente ao edifício-sede da Petrobrás na avenida Paulista, próximo à escadaria da TV Gazeta.

“Será um ato em defesa no nacionalismo, do patriotismo, uma resposta aos ataques entreguistas do PSDB e do DEM contra a Petrobrás e a nossa soberania”, afirmou Antonio Carlos Spis, da executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da Coordenação dos Movimentos Sociais. Spis lembrou que não é de hoje que os tucanos atuam para sabotar a empresa a fim de entregá-la ao cartel estrangeiro.
“Os que hoje investem na CPI são os mesmos que no governo FHC aprovaram uma lei criminosa contra o monopólio estatal e a Petrobrás. Estão fazendo de tudo para impedir a mudança do marco regulatório, pois querem continuar com os leilões do petróleo para entregar as imensas riquezas do pré-sal para as multinacionais, impedindo que elas sejam invertidas no progresso do país e do povo brasileiro, seu único dono”, acrescentou.

Para o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto,
“é mais do que necessário revertermos os crimes promovidos contra o nosso país, sobretudo contra a Petrobrás, empresa que conseguiu sobreviver e, após ser fortalecida, descobriu o pré-sal. Por isso defendemos o restabelecimento do monopólio da União com a Petrobrás operando nosso petróleo”. “Advogam os prepostos do cartel internacional do petróleo que o Brasil não tem condições financeiras de bancar os custos de exploração do pré-sal. Isso não é verdade. Em primeiro lugar, não temos necessidade de explorarmos alopradamente nossas reservas. Segundo, em poucos movimentos, a nossa estatal já mobilizou recursos suficientes para os próximos cinco anos, mostrando a capacidade do país de sustentar a prospecção, única forma de reverter os lucros deste setor em favor do nosso desenvolvimento econômico, científico e tecnológico”.

De acordo com o vice-presidente da CGTB, Ubiraci Dantas de Oliveira (Bira), “o objetivo da CPI é evidente: beneficiar os monopólios privados”.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Wagner Gomes, frisou que “os responsáveis pelo desmantelamento do patrimônio público brasileiro, com a privatização de empresas estatais, como Telebrás, Embraer, Vale do Rio Doce e outras, agora fazem o papel sujo de tentar desmoralizar a Petrobrás para, no futuro, entregá-la à iniciativa privada”.
“A Petrobrás detém a vanguarda tecnológica na prospecção de petróleo em águas profundas, representa 6,5% do PIB nacional, tem 50 mil contratos firmados, faturamento de R$ 240 bilhões e paga R$ 94 bilhões em impostos. Além disso, a estatal investe anualmente R$ 60 bilhões em novas prospecções, dispõe de R$ 19 bilhões em caixa, e mobiliza cerca de 400 empresas fornecedoras, gerando empregos em diversos setores da economia”, ressaltou. Para Wagner, a CPI é uma “manobra politiqueira, irresponsável e antipatriótica, que busca atender o interesse daqueles que querem colocar as garras no patrimônio público”.

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