quinta-feira, 11 de setembro de 2008

HOMENAGEM AO POVO CHILENO

Lembrando este mês...


Quilapayún - El pueblo unido jamás será vencido
Quilapayún en el Palau de la Música Catalana (Barcelona, 23 enero 2003)
El pueblo unido, jamás será vencido,el pueblo unido jamás será vencido...De pie, cantadque vamos a triunfar.Avanzan yabanderas de unidad.Y tú vendrásmarchando junto a míy así verástu canto y tu bandera florecer.La luzde un rojo amaneceranuncia yala vida que vendrá.De pie, luchadel pueblo va a triunfar.Será mejorla vida que vendráa conquistarnuestra felicidady en un clamormil voces de combate se alzarán,diráncanción de libertad,con decisiónla patria vencerá.Y ahora el puebloque se alza en la luchacon voz de gigantegritando: ¡adelante!El pueblo unido, jamás será vencido,el pueblo unido jamás será vencido...La patria estáforjando la unidad.De norte a surse movilizarádesde el salarardiente y mineralal bosque australunidos en la lucha y el trabajoirán,la patria cubrirán.Su paso yaanuncia el porvenir.De pie, cantadel pueblo va a triunfar.Millones ya,imponen la verdad,de acero sonardiente batallón,sus manos vanllevando la justicia y la razón.Mujer,con fuego y con valor,ya estás aquíjunto al trabajador.Y ahora el puebloque se alza en la luchacon voz de gigantegritando: ¡adelante!El pueblo unido, jamás será vencido,el pueblo unido jamás será vencido...
"Quilapayún a Palau" CD/DVD puede adquirirse online en: http://www.actualrecords.com




Os últimos dias de Salvador Allende e do Governo de Unidade Popular

O presidente do Chile, Salvador Allende, declarou logo após a sua eleição:

“A história ensinou-nos que os grupos ultra-revolucionários não desistem do poder e lutam para conquistá-lo”.

Esta previsão, feita três anos antes, veio a tornar-se realidade no dia 11 de Setembro de 1973, data do golpe sangrento comandado por Augusto Pinochet.

4 de Setembro de 1972:

Salvador Allende denunciou, em vão, nas Nações Unidas, as tentativas norte-americanas de destabilização do Chile.
A situação económica tornou-se catastrófica. O povo protestou em manifestações turbulentas.
A organização da extrema-direita "País e Liberdade" tornou-se violenta.
As mulheres protestaram contra a falta de alimentos básicos.
Os camionistas organizaram um boicote na estrada, bloqueando o tráfego com milhares de camiões.
A economia entrou em rotura...

11 de Setembro de 1973:

Em 11 de Setembro de 1973, as forças armadas chilenas, comandadas pelo general Augusto Pinochet e com o apoio e financiamento dos Estados Unidos, derrubaram o governo de Unidade Popular de Salvador Allende, democraticamente eleito 3 anos antes.
Neste dia e apesar dos vários pedidos feitos ao presidente Allende para renunciar ao cargo (e até lhe ofereceram, a ele e à sua família, refúgio no exterior!), este não aceitou a proposta dizendo, num discurso difundido pela rádio, na manhã de 11 de Setembro de 1973:

“ (…) Trabalhadores de minha Pátria, tenho fé no Chile e no seu destino. Outros homens hão-de superar este momento cinza e amargo em que a tradição pretende impor-se. Prossigam vocês, sabendo que, bem antes que o previsto, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor. Viva o Chile! Viva o Povo! Viva os Trabalhadores! Estas são minhas últimas palavras e tenho a certeza que o meu sacrifício não será em vão. Tenho a certeza que, pelo menos, será uma lição moral que castigará a deslealdade, a covardia e a traição."
(Últimas palavras de Salvador Allende à Nação, Pouco minutos passavam das 9 horas, da manhã do dia 11 de Setembro de 1973).

Cercados no palácio presidencial e bombardeados pela Força Aérea, Allende e alguns colaboradores leais resistiram de armas na mão. Foram todos mortos em circunstâncias até hoje desconhecidas.
O exército chileno - liderado por Augusto Pinochet - não teve qualquer humanidade com os militantes do Partido da Unidade Popular.
A repressão militar foi vingativa e intolerante.

Trinta mil pessoas foram assassinadas e mais de cem mil pessoas presas e torturadas.

Foram 17 longos anos que durou a ditadura de Pinochet.
Este morreu em Dezembro de 2006 sem nunca ter sido julgado pelos seus crimes.

Homenagem ao Povo do Chile

Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
Nas suas almas abertas
traziam o sol da esperança
e nas duas mãos desertas
uma pátria ainda criança.
Gritavam Neruda Allende
davam vivas ao Partido
que é a chama que se acende
no povo jamais vencido.
- o povo nunca se rende
mesmo quando morre unido.
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
Alguns traziam no rosto
um rictus de fogo e dor
fogo vivo fogo posto
pelas mãos do opressor.
Outros traziam os olhos
rasos de silêncio e água
maré-viva de quem passa
uma vida à beira-mágoa.
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que tombaram pelo Chile
morrendo de corpo inteiro.
Mas não termina em si próprio
quem morre de pé. Vencido
é aquele que tentar
separar o povo unido.
Por isso os que ontem caíram
levantam de novo a voz.
Mortos são os que traíram
e vivos ficamos nós.
Foram não sei quantos mil
operários trabalhadores
mulheres ardinas pedreiros
jovens poetas cantores
camponeses e mineiros
foram não sei quantos mil
que nasceram para o Chile
morrendo de corpo inteiro.
José Carlos Ary dos Santos

Um comentário:

Anônimo disse...

Vergonhoso a participação americana na derrubada do Governo Alende. Eles ajudaram e  muito no epsódio militar. As mãos americanas estão cobertas de sangue de inocentes e agora eles estão experimentando o seu retorno kármico de todo mal que fizeram ao mundo.Vejam essa data em que essa grande covardia americana foi feita: 11/09/1973. Para bom entendendor,  nao é necessário mais nenhum comentário. Apenas lamento as vidas inocentes mortas, nas duas datasDeborah