quarta-feira, 30 de abril de 2008

ENVOLVIMENTO DE ISRAEL NA INVASÃO DO IRAQUE




O envolvimento de Israel na
invasão do Iraque
Revelados os planos que a mídia ocidental ignorará


Pelo menos 655 mil civis iraquianos morreram em conseqüência da
invasão estadunidense ao Iraque e a violenta ocupação do país que
se seguiu desde março de 2003.

Isso está claro, mas pouco se sabe
sobre o envolvimento direto de Israel na invasão.

Até o momento,
segundo as fontes estadunidenses, 4052 de seus soldados foram
mortos, e mais de 29 mil feridos, desde 2003, início da invasão
promovida pelos Estados Unidos.

Do lado iraquiano, estudos
apontam que entre 655 mil e 1 milhão de pessoas morreram em
conseqüência da ocupação no país.

Contudo, os números podem
ser muito mais altos em ambos os lados. 


O envolvimento de Israel na invasão
do Iraque
Pelo menos 655 mil civis iraquianos morreram em conseqüência da
invasão estadunidense ao Iraque e a violenta ocupação do país que
se seguiu desde março de 2003.

Mais de 4 mil soldados das forças
de ocupação foram mortos, e cerca de 500 bilhões de dólares
gastos pelos Estados Unidos.

Estes números são fidedignos e
incontestáveis.

Mas pouco se sabe sobre o envolvimento de Israel
na invasão, agindo como importante peça dos planos ocidentais no
Oriente Médio.
Abertamente se sabe que os principais mentores da invasão ao
Iraque foram Paul Wolfowitz, Richard Perle, Dick Cheney, Donald
Rumsfeld, Lewis Libby e George W. Bush.

Estes nomes não são
novos, mas um novo motivo para a invasão se tornou conhecido
recentemente: o sonho de um Iraque democrático que reconheça o
Estado de Israel.

O fato foi revelado por Richard Armitage, então
subsecretário de Estado de George W. Bush.

Em recente entrevista
ao programa de televisão estadunidense PBS Frontline, Armitage
revelou esse motivo ao questionar suas suspeitas quanto a Ahmed
Chalabi
, o político exilado iraquiano que havia sido escolhido pelos
Estados Unidos para governar o Iraque pós-invasão.



Armitage
confessou: “eu não recolhia recibos de gastos dele, e ele não
gostava da cobrança, por isso deixamos de financiá-lo”;
e depois:
“ele havia convencido a todos, pelo menos até o escritório do vicepresidente
(Dick Cheney)”.


Portanto, até o momento descobriu-se que o Departamento de
Estado dos Estados Unidos estava financiando o Congresso
Nacional do Iraque, o partido político exilado de Chalabi,
preparando-o para assumir o poder pós-Saddam Hussein.



Mas a
grande revelação veio a seguir, quando Armitage foi questionado
sobre de que maneira Chalabi havia “convencido a todos”.



Nas
palavras do subsecretário de Estado: “Quando você fala às pessoas
o que elas querem ouvir, que você irá reconhecer Israel, que
aceitarão bases estadunidenses no Iraque e que existirá uma nação
democrática no Oriente Médio, que pode mudar toda a estrutura da
região, a história se torna como um encanto de uma sereia”,
disse
Armitage.

Dessa forma, a promessa era de que o novo Iraque,
liderado por Ahmed Chalabi, reconheceria Israel e se tornaria o
segundo grande aliado estadunidense no Oriente Médio. Ao fazer o
enorme favor de colocar um político exilado no poder, pode-se
imaginar que tipo de negócio teria a Casa Branca com a “nova
democracia” em relação às reservas de petróleo.
Compreendendo dessa maneira, torna-se mais fácil entender certas
declarações de políticos estadunidenses, como o senador Ernest
Hollings, que ainda em 2004 afirmou:

“nós invadimos o Iraque para
dar segurança a Israel”, e que “todos nós sabemos disso”.


Ele ainda
identificou três peças vitais do governo estadunidense para colocar
em prática o plano: os judeus Richard Perle, presidente do conselho
de política do Pentágono, e Paul Wolfowitz, vice-secretário da
Defesa.



Hollings sofreu pressões no senado estadunidense para
calar-se, e deixou isso claro ao assegurar que “ninguém quer falar o
que acontece, devido às pressões políticas que recebemos”.
Obviamente, Hollings se referia aos lobbys sionistas internos,
responsáveis por adequar a política estadunidense aos interesses
do “lar nacional judaico”.

Os planos sionistas para atacar
o Iraque não eram recentes –
assim como o papel de Ahmed
Chalabi.



Em 1996, o Instituto
Judaico para Assuntos de
Segurança Nacional (conhecido
como Jinsa), que declara como

seu interesse “garantir uma efetiva política de segurança para os
Estados Unidos”,
admitia: “O Jinsa tem trabalhado em estreito
contato com o líder do Congresso Nacional do Iraque, Dr. Ahmed
Chalabi, a fim de promover a remoção de Saddam Hussein”.



Antes
da invasão ao país, um grupo de sionistas mantinha o seu próprio
serviço de inteligência dentro do Pentágono.



Conhecido como
Escritório de Planos Especiais, era administrado por Douglas Feith,
subsecretário da Defesa, oponente a qualquer paz negociada com
os palestinos.



Foi esse braço do Pentágono que incitou muitos dos
boatos sobre as “armas de destruição em massa” do Iraque.
Freqüentemente, a fonte original era o Estado de Israel.
Por muitos anos, presidentes estadunidenses de ambos os partidos
estiveram firmemente empenhados pela “segurança de Israel”.



Essa
política representa uma expressão do poder sionista israelense na
cultura política dos Estados Unidos.



Foi esse fervoroso apoio a
Israel – partilhado não só por George W. Bush, mas pelo alto
escalão da Casa Banca e por quase todo o Congresso – que se
revelou crucial na decisão de invadir o Iraque e submeter um dos
maiores inimigos regionais do estado sionista. 


Rabinos incitam discriminação e
assassinatos
Bombardeios contra áreas civis, anexação de terras privadas
palestinas e assassinatos de inocentes se tornaram eventos
costumeiros nos territórios ocupados da Palestina.

Entretanto,
quando rabinos influentes convocam abertamente a total
aniquilação dos palestinos, a comunidade internacional poderia dar
uma atenção mais expressiva à conduta do “lar nacional judaico”.
“Todos os palestinos deveriam ser mortos: homens, mulheres,
crianças e até mesmo os seus animais”.


Essa foi a opinião emitida
em meados de abril, durante a semana religiosa judaica, pelo rabino
Yisrael Rosen, diretor do Instituto Tsomet, uma entidade religiosa há
muito tempo estabelecida nas colônias judaicas da Cisjordânia, freqüentada por soldados e estudantes.


Ao mesmo tempo, Dov Lior,
principal rabino de Kiryat Arba e presidente do conselho de rabinos
Yesha, que operam nas terras invadidas por Israel após a guerra de
1967, emitiu uma lei proibindo que judeus empreguem árabes ou
aluguem a eles imóveis na Palestina.

Recentemente, diversos
rabinos emitiram resoluções semelhantes para que se apliquem tais
leis em Israel.

Segundo eles, “há provas evidentes na Torá que
justificam a posição”.

Em uma entrevista publicada no
jornal israelense Haaretz, em
26 de março, o rabino Dov Lior
explicou que “como se trata de
uma questão de colocar almas
judaicas em perigo, é
completamente proibido

empregá-los [os árabes] e alugar casas a eles em Israel, não
somente em yeshivás [instituições judaicas para estudo da Torá e
do Talmud], mas também em fábricas, hotéis e qualquer outro
lugar”
.



O outro rabino, Yisrael Rosen, uma autoridade capaz de
emitir decretos para a comunidade judaica, explicou que “o povo
palestino é como a nação dos Amaleques, que atacaram tribos
israelitas a caminho de Jerusalém”
.

Interpreta ainda que Deus
haveria enviado na Torá (que constitui o texto central do judaísmo)
“leis que permitiam aos judeus matar os Amaleques”, e que “essas
leis são reconhecidas na jurisprudência judaica”.

Citando
diretamente da tradição judaica: “Assim diz o Senhor dos Exércitos:
Castigarei a Amaleque pelo que fez a Israel. Vai, pois, agora e fere
a Amaleque, destrói totalmente a tudo o que tiver; nada lhe poupes;
matarás homem e mulher, meninos e crianças” (I Samuel
15:2,3,7,8).
A perseguição ao povo palestino é justificada por escrituras
religiosas pelo Estado de Israel.

Nos últimos tempos, tornou-se
comum a intensificação de certos decretos religiosos extremistas
quando as instituições oficiais políticas se encontram em crise.

Um
conhecido exemplo foram as leis do rabino Meir Kahane, na década
de 1980, para justificar a expulsão de civis palestinos das terras
invadidas por Israel.

Na prática, Israel encoraja qualquer movimento
que agrida palestinos.

Porém, o que sustenta e torna influente essa
retórica racista, acima de tudo, é o completo silêncio do povo
israelense – e o pior, da comunidade internacional.



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