sábado, 23 de janeiro de 2010

A POBREZA DO HAITI

Porque o Haiti ficou pobre
Por www.amarchaverde.blogspot.com 22/01/2010 às 15:53

A antiga "Jóia das Antilhas" foi expoliada, saqueada pelos governos da França e Estados Unidos da América ao longo de sua trágica história. Deveria ser indenizada, como a Líbia está sendo indenizada pela Itália.
O evangélico norte-americano Pat Robertson
afirmou em seu programa de televisão nos Estados Unidos que o Haiti está sofrendo as tragédias atuais porque no passado teria firmado um pacto com o demônio para que o país conseguisse vencer os franceses na luta pela independência.
Pat Robertson é herdeiro do preconceito de uma sociedade sulista norte-americana que linchava e enforcava negros e descaradamente iam para as igrejas batistas, presbiterianas, anglicanas, pentecostais e outras, aos sábados e domingos, para louvar e cantar ao Deus Cristão.
Igrejas como a de Pat Robertson são racistas, criminalizam as religiões africanas, disseminam ódio entre as pessoas, são lobos vestidos de cordeiros.
Um país rico no passado
Quem assiste hoje as tragédias que assolam o Haiti deve considerar que o país já foi um dos mais prósperos das Américas.
Em 1804 o país conquistou sua independência da França, sendo a segunda república independente das Américas.
A terra era rica, produzia cacau, tabaco, café, algodão, índigo e frutas para os franceses. Dizem que 50% do PIB da França na época era retirado do Haiti, país chamado por todos de "Jóia das Antilhas".
Ao conquistar sua independência, o país passou a sofrer boicote dos países ditos "civilizados", como acontece hoje com Cuba e Coréia do Norte.
Os países poderosos se uniram para destruir a economia do Haiti, e a França exigiu nos tribunais internacionais que o país pagasse uma indenização de 150 milhões de francos.
O Haiti deixou de exportar seus produtos e pagou uma dívida inexistente ao longo de 80 anos, enriquecendo a França e empobrecendo os nativos.
Somente em 1922 a dívida inflada foi considerada paga.
Aproveitando do enfraquecimento do país, os Estados Unidos da América ocuparam o Haiti militarmente em 1915, passando a roubar (comprar por preços baixos) as riquezas naturais até 1938.
As tropas yanquees saíram do Haiti mas impuseram presidentes haitianos traidores como Duvalier pai e filho (Papa e Baby Doc) que se encarregavam de entregar as riquezas do país aos norte-americanos em troca da manutenção no poder.
O Haiti foi saqueado ao longo dos séculos pela França e pelos Estados Unidos da América.
O golpe final foi a monocultura, a cana-de-açúcar (a exemplo da soja no Brasil), que destruiu a produtividade da terra e transformou o país no mais pobre do continente.
Kadafi mostrou a verdade
O presidente e fundador - da União Africana, o líder Muamar Kadafi, foi o único a mostrar a verdade na questão da dívida histórica dos países poderosos com as nações exploradas e saqueadas nos períodos de colonização.
Kadafi tem uma proposta fundamental para resgatar a verdade e o equilíbrio nas relações entre os povos: os países que ficaram ricos saqueando as riquezas naturais dos povos colonizados devem indenizá-los. E ele vai mais fundo:
"os países pobres da África não são pobres, ficaram pobres porque suas riquezas foram roubadas".
A Líbia negociou e a Itália está indenizando o país por ter roubado e saqueado suas riquezas no passado. O mesmo deveria ser feito com todos os demais países, incluindo o Haiti.
A França e os Estados Unidos da América devem indenizar o Haiti pelas riquezas que saquearam, empobrecendo o povo haitiano às custas do enriquecimento dos franceses e norte-americanos.
José Gil, coordenador estadual do MDD (Movimento Democracia Direta) - Curitiba - Brasil

2 comentários:

Alessandro disse...

Maravilha de artigo!

Bernardete Baronti disse...

Concordo plenamente!
Saudações.