O Sufismo tem sido reconhecido há muito tempo como representantes da espiritualidade e detentores dos conhecimentos e práticas do caminho místico, no despertar da espiritualidade humana, e no resgate da relação do ser humano com o Divino, na busca do desenvolvimento pleno de sua consciência e suas infinitas potencialidades.
O Sufismo contém elementos comuns de outras tradições e pode dar continuidade à elas incorporando-as dentro de seu processo.
O Sufismo tem um caráter universal, mesmo estando ele ligado ao contexto do mundo Islâmico.
Encontramos no Sufismo aspectos das tradições da antiga Pérsia, Egito, Grécia, e outras. Vemos dentro de seus conhecimentos e práticas um conhecimento mais amplo que praticamente sintetiza os elementos mais diversos.
O Sufismo tem como objetivo o retorno do ser humano à sua dimensão mais perfeita aproximando-o ao Divino, como qualquer caminho místico verdadeiro.
O Sufismo foi o grande responsável por introduzir no Islã um grau cultural que acabou por influenciar o próprio Ocidente durante a Idade Média.
O Sufismo influenciou tanto Cristãos e Judeus como as escolas esotéricas.
Também influenciou a filosofia, com a tradução dos textos dos filósofos gregos e em todo o desenvolvimento posterior, nas ciências, na medicina, na matemática, na astronomia e nas Artes através da influência moura.
Os primeiros Sufis apareceram alguns anos após a morte do profeta Maomé.
Eram indivíduos que se retiraram para o deserto ou para locais sem evidência, para preservar e dar continuidade aos conhecimentos que receberam. À eles Maomé teria confiado os aspectos mais esotéricos doconhecimento que possuía, a dimensão mais mística ou espiritual.
Em contato com outras tradições, estes primeiros sufis foram os maiores responsáveis pelo desenvolvimento da dimensão mística do Islã, e aos poucos foram formando escolas e ganhando importância como os verdadeiros representantes da espiritualidade. Começaram a ser conhecidos como Sufis e inseriram suas escolas na comunidade.
fonte: http://www.nokhooja.com.br/temas/sufismo/sufismo_grande.pdf
A melhor aproximação na definição de Sufismo reside em um de seus próprios atributos, o Caminho.
fonte: http://www.nokhooja.com.br/temas/sufismo/sufismo_grande.pdf
A melhor aproximação na definição de Sufismo reside em um de seus próprios atributos, o Caminho.
Uma via que dá acesso ao "Ser Humano Desperto".
O Sufismo considera o homem atual não plenamente no gozo das qualidades e atributos a que afirma ter direito e uso.
O seu comportamento poderia ser qualificado de "Sono".
Para despertar esse homem, o Sufismo dispõe de um arsenal de meios, métodos e processos.
Existem princípios que permitem a escolha correta.
O princípio do tempo correto, do lugar correto, de pessoas corretas, de situação social correta e a presença de um mestre preparado.
Reais progressos, segundo os sufis, só podem ser realizados sob a orientação de um mestre vivo e atuante.
A aproximação ao Sufismo feita através de livros, palestras e discussões é mera aproximação.
O Sufismo é um processo vivencial e experimental que, sob as orientações de um mestre qualificado, dentro das condições de tempo, lugar e situação social e pessoal realiza a transformação do ser humano, de forma a levá-lo a um aperfeiçoamento, cujo produto final é conhecido como Sufi.
Este processo não entra em conflito com as necessidades, disposições, realizações e realidades, do mundo exterior ao indivíduo.
Um sufi pode existir em qualquer lugar.
O Sufismo é a essência absoluta de todas as religiões.
Sempre que uma religião se torna viva é por causa do Sufismo.
Sufismo significa simplesmente um caso de amor com o supremo, um caso de amor com o todo.
Sufismo é a arte de remover obstáculos entre você e você, entre o self e o self, entre a parte e o todo.
Ele não conhece formalidade.
Um sufi é um sufi.
Não há como definí-lo.
Através da mente e do intelecto não é possível conhecê-lo.
Você pode apenas vivenciá-lo.
A única maneira de saber o que é um sufi.é tornar-se um deles.
O Sufismo só pode ser transferido de pessoa a pessoa e não a partir de um livro.
É uma transmissão além das palavras.
Os sufis tem uma palavra especial para isso que é Silsila.
Silsila significa uma transferência de um coração a outro coração, de pessoa a pessoa.
O Sufismo é muito pessoal.
Um sufi tem de obter uma inocência primal.
Ele tem de abandonar todos os tipos de cultura, condicionamento.
Ele tem de se tornar novamente um animal.
Sufi significa lã, na raiz da palavra alemã e árabe.
Quando você escolhe que isto é bom e aquilo é mau, você permanece dividido.
Um sufi não conhece escolha.
Ele é consciente sem escolha.
O que quer que aconteça, ele aceita como uma causa dada por Deus.
Ele confia na mente universal.
A palavra sufi pode ser derivada de sufa - pureza, limpeza, purificação.
Quando você vive uma vida sem escolhas, surge uma pureza natural no sentido de ser divino.
Para um sufi Deus não é uma idéia.
É sua realidade vivida.
Esta realidade não está em algum lugar no céu.
Ela está aqui e em todos os lugares, agora.
Deus é apenas um nome para a totalidade da existência.
A palavra sufi pode ser derivada de outra palavra, sufia, que significa escolhido como amigo de Deus.
A sabedoria surge através do seu próprio ser.
Você é a luz de si mesmo.
O Alcorão diz que três qualidades tem de estar no coração do buscador.
A humildade, a caridade e a verdade (autenticidade).
Estes são os três pilares do Sufismo.
Humildade define o homem que entendeu todas as formas do ego, não do desejo.
Caridade aparece quando você, a partir da sua abundância, compartilha a alegria de dar tal como a flôr dá o seu perfume.
O sufi vive no momento e esse pequeno momento torna-se luminoso através da concentração de energia.
O Sufismo é o caminho do amor e do sentimento.
Sufismo é o despertar do coração.
Os sufis são aqueles que tem coração.
O coração é a faculdade de perceber o bem amado.
Só atravéz do coração você realiza a vida.
É como uma celebração.
O Sufismo é uma grande celebração.
Um sufi lhe dá métodos, não doutrina.
Os sufis são chamados "O povo do caminho" e eles dizem: Trabalhem o método!
Para seguir um método a pessoa precisa estar em busca.
Um mestre vivo lhe dará apenas uma visão do que é possível.
Então você começa a trabalhar por si mesmo.
Cada um tem de encontrar sua própria disciplina.
Existem três planos: corpo, mente e alma.
O primeiro é sharia, que significa o corpo da religião.
O ritual, o formal e mais social do que espiritual.
Sharia é o núcleo superficial da religião.
Sharia é a circunferência de um círculo.
A segunda camada é hagiga. É o centro da circunferência, a alma da religião e a essência.
O terceiro plano é a tarica que significa o caminho, o método, de fora para dentro.
Só um raio pode ligar a circunferência ao centro e os raios são as pessoas do caminho, que transmitem muitas técnicas.
Tárica é levar a pessoa até a verdade para que ela possa ver por si mesma.
Cada degrau tem de ser celebrado.
O sufi dá a você o conhecimento sobre tárica, sobre o método mas não dá a você conhecimento sobre princípios.
Os sufis dizem que se um homem não tem consciência, nada pode ser ensinado.
Sufi significa consciência na vida, conciência num plano mais elevado do qual normalmente vivemos.
Um mestre não reajusta a sua mente, ele o ajuda a dissolvê-la livre de condicionamentos, leis, sociedade.
Ele lhe dá liberdade.
Quando a pessoa começa a se perguntar o que é a religião verdadeira, o que é o verdadeiro Deus, ela se transforma em um buscador sufi.
Não há nenhum significado existindo na vida. Alguém tem de criá-lo.
A verdade religiosa não é uma coisa.
É um significado e um sentido.
Cada pessoa ir atrás dela para descobrí-la e explorá-la.
O conhecimento é uma teoria;
o conhecer é uma experiência;
conhecer quer dizer que você abre os olhos e você vê .
Conhecimento significa que quem abriu os olhos viu e fala sobre isso e continua a acumular informações.
Os sufis dizem que se uma pessoa quer renunciar a algo, deve renunciar ao conhecimento que acumulou na memória.
Essa é a verdadeira barreira para se tornar como crianças, um inocente.
Toda a existência é de cada pessoa.
Ela deve explorá-la sem nenhum preconceito e filosofia mantendo a mente aberta. e assim ficará surpresa por descobrir que Deus existe.
A existência é um mistério, o imprevisível está em todo lugar.
O corpo é a alma visível e a alma é o corpo invisível.
Contemplação Sufi significa pessoas sentadas em profunda recordação de Deus.
Apenas sentadas silenciosamente observando a fonte fluindo energia.
O que vier do mestr,e a pessoa está pronta para recebê-la.
Baraka, a graça, está sempre fluindo do mestre.
Se você estiver aberto, você será preenchido por ela.
Você pode beber da fonte do seu mestre, onde quer que você esteja.
Meditação é um meio de ir para dentro de si mesmo, na profundidade onde os pensamentos não existem.
Fonte: Sufis, o povo do caminho - Livro de Osho.
Fonte: Sufis, o povo do caminho - Livro de Osho.
O ERMITÃO
Durante o reinado do rei Mabdar viveu na Babilônia um jovem chamado Zadig.
Era formoso, rico e naturalmente de bom coração.
No momento em que esta história começa ele estava viajando a pé para ver o mundo e aprender filosofia e sabedoria.
Mas até esse momento tinha encontrado tanta miséria e suportado tantos e terríveis desastres que estava tentado a rebelar-se contra a vontade do céu e acreditar que a Providência, que rege o mundo, desdenhava o Bem e permitia que o Mal prosperasse.
Neste triste estado de espírito estava ele caminhando um dia às margens do Eufrates.
Por causualidade, encontrou um venerável ermitão cuja barba, branca como a neve, descia até a cintura.
Em sua mão o ancião levava um rolo de pergaminho que lia com atenção.
Zadig parou e fez-lhe uma reverência.
O ermitão devolveu-lhe a saudação com um ar tão bondoso e tão nobre que Zadig sentiu curiosidade de falar com ele.
Perguntou-lhe então o que ele estava lendo:
- É o Livro do Destino - Disse o ermitão.
- Você gostaria de ler este livro?
Entregou o livro a Zadig, mas este, apesar de conhecer uma dezenas de línguas, não pôde entender uma só palavra do livro.
Sua curiosidade foi aumentando.
- Você parece ter problemas... - disse o bondoso ermitão
- Você parece ter problemas... - disse o bondoso ermitão
.- Sim, infelizmente tenho - disse Zadig.
- E tenho razões para estar assim.
- Se me permite - disse o ancião, - eu o acompanharei.
Quem sabe poderei ser-lhe útil.
Ás vezes sou capaz de consolar os aflitos.
Zadig sentiu um profundo respeito pela aparência, a barba branca e o pergaminho misterioso do velho ermitão, e percebeu que a conversa dele era de uma mente superior.
O velho falou do destino, da justiça, da moral, do principal bem da vida, da debilidade humana, da virtude e do vício, com tal poder e eloquência que Zadig se sentiu atraído por uma espécie de encanto, e suplicou ao eremita que não o deixasse até que regressassem à Babilônia.
- Peço-lhe o mesmo favor - disse o ermitão.
- Prometa-me que, haja o que houver, você permanecerá em minha companhia por alguns dias.
Zadig prometeu, e juntos se puseram em marcha.
Naquela noite os viajantes chegaram a uma grande mansão.
O eremita pediu comida e alojamento para ele e seu companheiro.
O porteiro, que poderia ser confundido com um príncipe, os introduziu com um desdenhoso ar de boas-vindas.
O chefe dos serventes lhes mostrou os magníficos aposentos, e então lhes foi permitido sentar-se em um canto da mesa, na qual estava o senhor da mansão, que nem se deu ao trabalho de olhá-los.
Mesmo assim, iguarias em abundância lhes foram servidas, e depois de cear lavaram as mãos em uma bacia de ouro incrustada com esmeraldas e rubis.
Foram então levados para passar a noite em um formoso aposento.
Na manhã seguinte, antes de deixarem o castelo, um servente trouxe uma peça de ouro para cada um.
- O senhor da casa - disse Zadig quando estavam caminhando - parece ser um homem generoso, ainda que um pouco arrogante, e pratica uma nobre hospitalidade.
Enquanto falava ele se deu conta de que uma espécie de bolsa grande que o eremita levava parecia agora abarrotada.
Dentro dela estava a bacia de ouro incrustada de pedras preciosas que o velho havia furtado.
Zadig ficou pasmo, mas não disse nada.
Ao meio-dia o eremita parou em frente a uma pequena casa onde vivia um rico avarento e, mais uma vez, pediu hospedagem.
Um velho criado, usando um puído casaco, os recebeu muito grosseiramente, acomodou-os no estábulo e pôs diante deles umas poucas azeitonas meio estragadas, uns pedaços de pão dormido e cerveja muito amarga.
O ermitão comeu e bebeu com o mesmo prazer que tivera na noite anterior.
Quando terminaram o ermitão se dirigiu ao criado, que não havia tirado os olhos deles para assegurar-se de que nada roubariam, deu-lhe as duas peças de ouro que haviam recebido naquela manhã e agradeceu a sua atenção, acrescentando:
- Tenha a bondade de permitir que eu veja seu amo.
O atônito servo os conduziu para dentro da casa.
- Poderosíssimo senhor - disse o ermitão, - eu gostaria de apresentar meus humildes agradecimentos pela nobre maneira com que nos recebeu.
Eu suplico que aceite esta bacia de ouro como demonstração de minha gratidão.
O miserável avarento quase caiu da cadeira, de tão assombrado que ficou.
O ermitão, sem esperar que ele se recobrasse, retirou-se rapidamente com seu companheiro.
- Santo Pai - disse Zadig, - o que significa tudo isso?
Para mim você não se parece em nada aos outros homens.
Você rouba uma bacia de ouro com jóias de um senhor que nos recebe magnificamente e a dá a um tacanho que o trata indignamente.
- Meu filho - replicou o ermitão, - esse poderoso senhor que só recebe os viajantes por vaidade e para ostentar suas riquezas de agora em diante se fará mais sábio, e, por outro lado, o miserável será ensinado a praticar a hospitalidade.
Não se espante com nada, e siga-me.
Zadig não sabia se estava tratando com o mais sábio ou com o mais tolo dos homens.
Mas o ermitão falou com tal convicção que Zadig, preso à sua promessa, não teve outra escolha senão segui-lo.
Naquela noite chegaram a uma casa agradável, de aspecto simples, que não demonstrava sinais de fartura nem de avareza.
O dono era um filósofo que havia abandonado o mundo e estudava, pacificamente, as leis da virtude e da sabedoria.
Era um homem feliz e contente.
Ele havia criado esse calmo refúgio para seu prazer e nele recebeu os estrangeiros com uma generosidade que não demonstrava sinais de ostentação.
Ele mesmo os conduziu a um quarto confortável, onde os fez descansar alguns instantes, e então veio buscá-los para servir-lhes uma delicada ceia.
Nas conversas que mantiveram entre si, concordaram que os assuntos deste mundo nem sempre eram regulados pelas opiniões dos homens mais sábios.
O ermitão, por sua parte, sustentava que os caminhos da Providência estavam envoltos em mistério e que os homens faziam mal em emitir julgamento sobre um universo do qual só conheciam uma parte muito pequena. Zadig se perguntava como uma pessoa que cometia atos tão loucos podia pensar tão corretamente.
Finalmente, depois de uma conversa tão agradável quanto instrutiva, o anfitrião conduziu os viajantes aos seus quartos e agradeceu ao céu por enviar dois visitantes tão sábios e virtuosos.
Ofereceu-lhes algum dinheiro, mas o fez com tanta franqueza que eles não puderam se sentir ofendidos.
O velho recusou e se despediu, pois desejava partir para a Babilônia ao nascer do dia.
Separaram-se em tom cordial, e Zadig estava cheio de agradáveis sentimentos por um homem tão amistoso.
Enquanto estavam em seu quarto, Zadig e o ermitão passaram algum tempo elogiando o anfitrião.
Ao amanhecer o ancião despertou seu companheiro, dizendo:
- Devemos ir.
Mas enquanto todos ainda estão dormindo desejo deixar a este digno homem um sinal de minha estima.
Com estas palavras, pegou uma tocha e deitou fogo à casa.
Zadig começou a gritar horrorizado e teria impedido esse terrível ato, mas o ermitão, com uma força superior, o deteve.
A casa se tornou uma fogueira, e o velho, que agora estava bem longe com seu companheiro, olhou calmamente para a pilha fumegante.
- Que o céu seja louvado! - Gritou.
- A casa de nosso amável anfitrião está destruída de ponta a ponta!
Ao ouvir estas palavras, Zadig não sabia se chorava ou se ria; se chamava o venerável de velhaco, se o golpeava ou se corria para longe dali, mas ele não fez nenhuma destas coisas.
Ainda subjugado pela aparência superior do ermitão, seguiu-o contra a sua própria vontade até a hospedagem seguinte.
Desta vez chegaram à residência de uma boa e caridosa viúva que tinha um sobrinho de 14 anos, sua única esperança e alegria.
Ela fez tudo o que pôde pelos viajantes.
Na manhã seguinte pediu a seu sobrinho que os guiasse na travessia de uma certa ponte em ruínas, perigosa de se cruzar.
O jovem os conduziu, ansioso por agradá-los.
- Venha - disse o eremita, quando eles estavam no meio da ponte,
- devo mostrar minha gratidão para com sua tia.
Enquanto falava, ele pegou o jovem pelos cabelos e o atirou no rio.
O jovem caiu, reapareceu por um instante na superfície da água e logo foi tragado pela corrente.
- Oh, monstro! - exclamou Zadig.
- Você é o mais detestável dos homens!
- Você me prometeu ter mais paciência - interrompeu o velho.
- Escute!
Embaixo das ruínas daquela casa que a Providência achou conveniênte pôr em chamas, o dono descobrirá um enorme tesouro; enquanto que o jovem, cuja existência a Providência cortou, teria matato a tia em um ano e a você em dois anos.
- Quem lhe disse isto, bárbaro? - gritou Zalig.
- Ainda que você tenha lido isso no Livro do Destino, quem lhe deu poder para afogar um jovem que nunca lhe fez nada?
Enquanto falava, Zadig viu que o ancião já não tinha mais barba e que seu rosto tinha se tornado jovem e belo. Seu traje de eremita havia desaparecido, quatro asas brancas cobriam a sua majestosa forma e brilhavam com ofuscante esplendor.
- Anjo do Céu! - gritou Zadig.
- Você então desceu do céu para ensinar a um mortal extraviado a submetrer-se às leis eternas?
- Os homens - replicou o anjo Jezrael - julgam todas as coisas sem conhecimento, e você é, de todos os homens, o mais merecedor de ser esclarecido.
O mundo imagina que o jovem que acaba de perecer caiu por acidente na água e que a casa do homem rico se incendiou por acaso.
Mas a casualidade não existe: tudo é prova, castigo ou profecia.
Frágil mortal!
Pare de questionar e de se rebelar contra o que você deveria adorar!
Depois de dizer estas palavras, o anjo alçou vôo até o céu e Zadig se prostou ajoelhado.
Retirado do livro “Histórias da Tradição Sufi”Edições Dervish – 1993 – Instituto Tarika
Retirado do livro “Histórias da Tradição Sufi”Edições Dervish – 1993 – Instituto Tarika
"Nenhum de nós pode realmente ser livre até que todos nós sejamos."
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