sexta-feira, 30 de outubro de 2009

QUE A INJUSTIÇA NÃO ME SEJA INDIFERENTE...

Eu só peço a Deus...

"Que a morte não me encontre um dia solitária sem ter feito o que eu queria"
"Que a injustiça não me seja indiferente pois não posso dar a outra face se já fui machucada brutalmente"
"Que a guerra não me seja indiferente... é um monstro grande, pisa forte... toda pobre inocência dessa gente..."
"Que a mentira não me seja indiferente... se um só traidor tem mais poder que um povo... que esse povo não esqueça facilmente"
"Que o futuro não me seja indiferente... SEM TER QUE FUGIR DESENGANADA... PARA VIVER UMA CULTURA DIFERENTE"

domingo, 25 de outubro de 2009

AS VERDADES DA VIDA DO SER HUMANO



" Um verdadeiro amigo é aquele que acredita em ti, mesmo que tu não acredites "


Eu não sou nada mais que o reflexo de minhas vidas, sou muitos em mim."


" O que me preocupa nâo é o grito dos maus, mas sim o silêncio dos bons "


" O passado e o futuro não dependem do momento em que estamos; dependem do que escolhemos fazer "




" Quando te sentires só, olha para o sol e a lua e vê que eles tambem estão sozinhos e nem por isso deixam de brilhar "

http://pensamanzas.blogspot.com/2009/01/mar-de-lgrimas.html

"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota."
( Madre Teresa de Calcutá )


http://www.omelhordobairro.com.br/saovicente-centro/page9710.htm

" Apanho todas as pedras que encontro no caminho…um dia vou construir um castelo "

Hoje, o meu coração anseia pelo mar.
Desejo passear pelas areias da praia, ouvindo a suave canção das ondas mansas e entregando os meus cabelos à caricia da brisa. Para que o Infinito me fale ao coração e das Suas forças me venham novas forças.

Quero beber a inocência, no sorriso de uma criança; para acalentar os meus sonhos, que os desencantos teimam em sepultar no passado.

Quero que a ternura me invada e reconforte; como ao cão, sem dono e sem carinho, torna feliz o doce afago da mão anônima

Quando a noite chegar, hei de deitar-me sobre a areia e erguer os meus olhos para o céu estrelado. Mais uma vez, perceberei que a escuridão existe apenas para que seja mais belo o brilho da luz. E a esperança voltará ao meu ser.

Porque às vezes, confesso, é forte a tentação de desistir. E assentar-me ao lado do caminho, esperando apenas que se passem os dias para que chegue o fim da jornada.

Entretanto, é certo que não tenho este direito.

Como o vento não interrompe a sua viagem, a flor não retorna ao botão e o rio não retrocede sobre o seu curso. É para o futuro que se move o tempo, e para o Coração do Universo que nos encaminhamos

E, se é necessário prosseguir, melhor fazê-lo ao som alegre do sorriso, que mover-me em meio à barreira liquida do pranto. Pois, embora o otimismo não mude as circunstâncias da vida, torna mais fácil viver.

Sorrisos e lágrimas existem; e nos aguardam, a cada dia. Porque cada jornada tem as suas montanhas e as suas planícies; os seus atrativos e os seus obstáculos.

E, para que de uns possam desfrutar, é necessário que aos outros sejamos capazes de vencer. Escalar a mais alta montanha é o caminho para avistar as paisagens mais belas.

Eis que todas estas certezas existem em meu ser. E não porque em livros as tenha aprendido, mas porque em mim as gravou o tempo; com as cores alegres dos meus sorrisos e o cinza sofrido das minhas lágrimas.

Delas, vos tenho falado durante todos estes anos. Como se vos fosse possível aprender com as minhas palavras. Como se cada um não precisasse sentir a própria sede, para descobrir a fonte onde saciá-la.

E, decerto, delas amanhã voltarei a falar-vos, se assim permitir o Universo. Porque esta é a função que nesta jornada me cabe desempenhar, como a flauta existe para que seja ouvida a melodia.

Perdoai-me, portanto, se agora me recolho ao meu próprio coração. Porque cada um deve chorar as suas próprias lágrimas, para que possa sorrir os seus próprios sorrisos.
Amanhã, haverei de buscar novamente o carinho dos vossos corações.

Hoje, o meu coração anseia pelo mar.

" Aprende a sofrer sorrindo para ensinares a sorrir os que sofrem "

MAR DE LÁGRIMAS


No alto da falésia avistei o por do sol
Descendia sobre as calmas águas do mar…
Gaivotas sobrevoavam o horizonte em prol
Das palavras que ao oceano tinha para contar


Enalteci a sua bravura, a sua beleza e sua imensidão
Sorrindo a lua também quis escutar…
As estrelas brilharam em comunhão
O vento dançou com remoinhos no ar


O mar balançou ondas ao sentir
Elogios de alegria e vagas levantou…
A voz de um trovão se vez ouvir…
Quando lhe falei do meu amor por ti… O mar chorou


Tu és a cor do ... mar

Tua cor azul de água de mar bravia
Suavidade em ondas de luz e cor
São vagas em que me enleei um dia
E na tua frescura deixei o meu amor
.
No teu sorriso de alvéola bordada
Deixo ficar os sonhos de criança
E o coração nesta certeza amada
Luz de delírio em amor e confiança
.
Na beleza do teu olhar inebriante
Te ofereço um carinho profundo
Nos dias que passo te admirando
Nessa força audaz, altiva e cativante
Delírios de um coração moribundo
Tua cor de mar bravia, estou olhando

A vida é uma partícula do nada
Começou ontem, acaba amanhã
Quando se pensa em vivê-la
Termina
As pessoas nem se apercebem disso
Zangam-se umas com as outras
Por miuçalhas ...Mas não são essas o "SAL" da vida?
Publicado por águia_livre
Que a imensidao do Mar
sempre lhe traga
muita Paz e muito Amor!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

MOMENTOS DE SABEDORIA E REFLEXÃO

O OCEANO DA VIDA

Perdoai-me, se me repito.

Pois já vos tenho dito que a Vida é o oceano do Universo, no qual estamos todos mergulhados. E, como o oceano, tem as suas ondas; o seu movimento próprio, que muitas vezes determina o nosso rumo.
Como o oceano, ela não é justa; nem injusta. Apenas É. E a cada um de nós cabe ajustar o próprio curso, para que seja possível atingir o porto do Conhecimento.
Não deveis, pois, esperar que a Vida vos traga punições ou recompensas, pelas ações que praticardes em cada dia. Cada um gera o seu próprio futuro, que não é senão consequência das decisões do presente.


E assim acontece para que possamos aprender o que necessitamos.

Porque somos como a criança, para quem muitas vezes o choro passageiro de hoje afasta o duradouro sofrimento do amanhã. Não há punições ou recompensas; apenas os resultados de nossas próprias ações.

Escutai esta verdade. E deixai que se assente em vossos corações. Porque é assim que entendereis as diferenças entre vós; e o que hoje vos parece injusto, não mais vos provocará a revolta.

Eu vos digo que não deveis depender dos sentidos do corpo, porque não é nele que se encontra a Vida. Como o caminho que se percorre em um dia não encerra toda a jornada.
Como a roupa que usa o mergulhador, para sobreviver ao oceano, é o corpo que caminha sobre este mundo. E como ela deverá ser despido, a cada retorno, até que um novo mergulho sobrevenha.


Sábio, portanto, é o mergulhador que cuida das suas vestes mas a elas não se escraviza. Porque a elas sobreviverá e após cada retorno deverá escolher uma nova roupa, mais apropriada para o novo trajeto que lhe cabe.
Abandonai a cultura do agora. Pois o momento já não existe, assim que transcorrido; retorna ao tempo. E não são as alegrias passadas que vos farão sorrir, nem os sofrimentos vencidos que vos farão novamente chorar.
E, assim como o dia que passou já não existe para vós, será também cada jornada; que ao findar não vos deixará sorrisos ou lágrimas, mas os conhecimentos que através deles adquiristes.
Vivei, intensamente, cada um de vossos momentos; e tentai ser sempre felizes, com todas as forças do vosso coração. Pois a ninguém é dado saber qual será o último minuto de cada uma das suas jornadas.
Sabei, entretanto, que não existe um fim. Porque a vida, como o oceano, renova incessantemente as suas ondas; e o que hoje vos parece a partida é apenas a véspera de uma nova chegada.
A Vida É. E não está contida no tempo, mas no Coração do Universo.
Como o vosso verdadeiro Eu.
Pegue um sorriso e doe-o a quem jamais o teve…
Pegue um raio de sol e faça-o voar lá onde reina a noite…
Pegue uma lágrima...e ponha no rosto de quem jamais chorou…
Pegue a coragem e ponha-a no ânimo de quem não sabe lutar.
Descubra a vida e narre-a a quem não sabe entende-la.
Pegue a esperança e viva na sua luz.
Pegue a bondade e doe-a a quem não sabe doar.
Descubra o amor e faça-o conhecer o mundo.
Mahatma Gandhi
A vida não é medida pelo número de vezes que respiras, mas pelos momentos em que perdeste o fôlego...de tanto rir...de surpresa...de êxtase...de felicidade..." Então descansa....sorri...divirte-te...Aprendi que ouvir uma palavra de carinho, faz bem a saude, que um gesto de amor sempre aqueçe o coração, que o julgamento alheio, não é importante, que se deve ser criança... a vida toda! Que sonhar é preciso e o mais importante de tudo!! Não podemos viver sós...

Maravilhas nunca faltam no mundo,
o que falta é a capacidade de sentí-las e de admirá-las.
quando eu aceito o teu modo de ser
sem me opor ou resistir
e reconheço tuas virtudes
sem te invejar ou me retrair,e faço das nossas diferenças
a base da nossa convivência
e em lugar de te dividir em mil personagens
consigo ver-te inteiro, nu, real,
sem nenhuma maquiagem,
companheiros da mesma viagem
no processo de aprendizagem do que é ser gente
A paz no mundo começa
quando as palavras se calam
e os gestos se multiplicam
quando se reprime a vergonha
e se expressa a ternura
quando se repudia a doença
e se enaltece a cura
quando se combate a normalidade que virou loucura
e se estimula o delírio de melhorar a humanidade,
de construir uma outra sociedade,
com base numa outra relação,
em que amar é a regra, e não mais a exceção.
"Geraldo Eustáquio de Souza"
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Os ventos que as vezes
tiram algo que amamos,
são os mesmos que trazem algo que
aprendemos a amar...
Por isso não devemos chorar
pelo que nos foi tirado e sim,
aprender a amar o que nos foi dado.
Pois tudo aquilo que é
realmente nosso,
nunca se vai para sempre...
Bob Marley
**********************
Tem sempre presente, que a pele se enruga,
que o cabelo se torna branco,
que os dias se convertem em anos,
mas o mais importante não muda!
Tua força interior e tuas convicções não têm idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada trunfo, há outro desafio.
Enquanto estiveres vivo, sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias, torna a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amareladas.
Continua, apesar de todos esperarem que abandones.
Não deixes que se enferruje o ferro que há em você.
Faz com que em lugar de pena, te respeitem.
Quando pelos anos não consigas correr, trota.
Quando não possas trotar, caminha.
Quando não possas caminhar, usa bengala.
Mas nunca te detenhas!
Obrigado
Madre Teresa de Calcutá
************************************************************
Na imensidão do Silêncio
E fez-se então, a hora da paz
Os povos calaram-se
simultaneamente
E ouviram a voz das águas
Das montanhas, da natureza
Dos animais, e nada mais
O ar soprou forte
Fazendo folhas rodopiarem
Ninguém agiu nem falou
Ninguém se moveu
E então,
A humanidade entrou
Na imensidão do silêncio
E vivenciou
A mais perfeita paz
Naquela hora
Nenhuma arma foi acionada
Nenhuma máquina foi ligada
Nenhuma agressão foi cometida
Nenhuma sirene soou
Nenhum alarme disparou
Apenas funcionava
O que da vida cuidava
E, pela primeira vez
A humanidade conheceu a paz
Minutos antes de terminar
Todos estavam armados
Com uma pequena semente
Que ao soar o sinal programado
Foram lançadas à terra
Em todo o mundo
A paz foi semeada
Na Terra
E no coração
De cada um
O sábio que profetizou
A hora da paz
Proclamou à humanidade:
E uma nova linguagem há de vir
Há de vir para ficar
Que traduz união
Justiça, igualdade
É a linguagem da paz
Somos todos irmãos
Somos todos iguais
Somos filhos da Terra
do Sol, da Água, do Ar
Somos todos peregrinos
Por esta Terra a viajar
Entrando para o novo milênio
Com a mais intensa missão
A missão de promover a paz
Uma nova linguagem
Há de vir
Há de vir para pacificar
Que traduz a Fé
A esperança, o amor
É a linguagem da paz
Que será falada, sentida, cantada
De norte a sul, de leste a oeste
Em todo planeta terrestre
Ecoará pelos confins da alma
E se expandirá pelo imenso universo
É a linguagem da paz
Que todos conhecerão
Que virá de dentro de cada ser
Para promover a união
Até que um só povo
Um povo multicor
De mãos dadas dançará
Entoando a mais bela canção
Todos a uma só voz
Unidos
Em nome da PAZ
(Poema premiado no concurso do Yazigi "Cometa um acto de paz, escreva pela paz")
O OCEANO DA VIDA

É na compreensão da Vida,
que se pode vencer o medo da morte.
Pois todos os dias o sol mergulha no horizonte,
como se nele encontrasse o seu paradeiro final.
E, entretanto,
volta a surgir no dia seguinte;
como se renovado fosse,
trazendo de mistura com a luz o calor e a vida.
Assim acontece, ao nosso verdadeiro Eu;
que, de tempos em tempos,
necessita recolher-se ao horizonte de outras paragens,
em busca do repouso que se faz obrigatório.
É preciso que sejam trocadas as vestes;
que se renovem as idéias,
que se fortaleça a voz.
É preciso que se assimilem novos conceitos,
que se reencontre a Fé;
que renovemos as nossas forças,
para que a jornada continue.
Como a água, que se evapora da terra e em nuvem se transforma apenas o tempo necessário, para que como água à terra retorne;
como a flor tombada,
que se transforma em adubo para voltar a ser flor.
Assim é o nosso verdadeiro Eu.
Todavia,
mergulhados no oceano da Vida,
não conseguimos enxergar toda a sua amplitude.
E nos prendemos a cada momento,
como se não nos pertencesse a Eternidade.
Tememos a partida de um porto,
esquecidos de que muitos outros nos aguardam,
e em cada um haverá uma nova carga de tristezas e alegrias.
Neles voltarão a ecoar os nossos risos e sobre o seu solo cairão as nossas lágrimas,
fazendo brotar novos matizes dos mesmos sentimentos.
Em cada um de nós,
existe um traço de nossos pais;
porque a criatura guarda ao menos uma centelha do criador.
E, se assim é,
também em nosso verdadeiro Eu há uma fagulha do Universo,
que tem em si a Eternidade da Vida e o Infinito do Desconhecido.
Deixai-me dizer-vos,
portanto,
que a morte não é senão uma ilusão dos vossos sentidos;
assim como a ausência de um ser amado,
que permanece presente em vossos corações.
Deixai-me dizer-vos que a Vida transcende o corpo,
como as lembranças transcendem a marcha do tempo.
E,
se é certo que cada partida é dolorosa em si mesma,
é igualmente verdade
que sem a tristeza da partida não existiria a alegria da chegada.
Pois as partidas e as chegadas
são as faces alternadas da mesma moeda,
como os desencantos e as esperanças.
Abandonai as vossas preocupações com a partida;
que para todos nós será um dia obrigatória.
O sábio não se preocupa com o aclive inevitável em seu caminho,
mas busca a melhor forma de vencê-lo,
para prosseguir a caminhada.
Vivei,
portanto,
o quanto vos for possível.
Buscai o aroma das flores,
a inocência das crianças,
o encanto das melodias;
a alegria do sorriso
e o
desabafo das lágrimas,
as ondas do mar e a placidez dos regatos,
o calor do sol
e o
encanto da lua.
Saboreai a plenitude do amor,
a voragem do desejo
e a
cumplicidade da ternura.
Pois é assim que vencereis o medo da morte:
traçando a vossa rota,
no
oceano da Vida.
Idéias, sentimentos, emoções. Oásis que nos ajudam a atravessar os trechos desérticos da vida...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

DETALHES DO GOLPE EM HONDURAS

Quer dizer que a base aérea dos EUA - Palmerola - Soto Cano faz parte do golpe em Honduras?
Os principais meios de comunicação deixaram de focar um aspecto chave dos atuais acontecimentos nas Honduras: a base aérea dos EUA em Soto Cano, também conhecida por Palmerola. Antes do recente golpe de estado militar, o presidente Manuel Zelaya declarou que iria transformar a base num aeroporto civil, um desígnio a que o anterior embaixador do EUA se opunha. Mais ainda, Zelaya tencionava levar a cabo o seu intento recorrendo a financiamentos venezuelanos.

http://www.esquerda.net/index.php?option=com_content&task=view&id=13112&Itemid=121





O golpe e a base aérea americana nas Honduras

Escrito por Nikolas Kozloff
01/10/2009

O texto abaixo é de Nikolas Kozloff, autor de Revolution!: South America and the Rise of the New Left.


Artigo originalmente publicado no www.counterpunch.org/kozloff07222009.html.
Tradução de João Camargo.



O golpe e a base aérea americana nas Honduras

Falam os muros de Palmerola.
Os mainstream media novamente deixaram cair um aspecto-chave na história que se desenrola nas Honduras: a base aérea americana em Soto Cano, também conhecida como Palmerola.
Antes do recente golpe militar, o Presidente Manuel Zelaya declarou que transformaria a base num aeroporto civil, intenção a que se opôs imediatamente o embaixador dos EUA.
Zelaya pretendia pôr este plano em prática com financiamento venezuelano.

Durante muitos anos, antecedendo o golpe, as autoridades hondurenhas discutiam a possibilidade de converter Palmerola numa instalação civil.
Afirmavam que Toncontín, o aeroporto internacional de Tegucigalpa, era pequeno demais e incapaz de lidar com os grandes aviões comerciais. Com estruturas que datam de 1948, Toncontín tem uma pista demasiado curta e equipamento de navegação primitivo. Está ainda rodeado por colinas, o que o torna um dos mais perigosos aeroportos internacionais existentes.

Por contraste, Palmerola tem a melhor pista no país, com 2700 m de comprimento e 50 m de largura.
O aeroporto foi construído mais recentemente, em meados dos anos 80, com um custo declarado de US$30 milhões e foi usado para abastecer os Contras na guerra por procuração promovida pelos EUA contra os Sandinistas na Nicarágua ou ainda para conduzir operações de contra-insurreição em El Salvador.

No pico da guerra dos Contra, os EUA tinham mais de 5000 soldados em Palmerola.
Conhecida como "o porta-aviões inafundável" dos Contra, esta base albergava Boinas Verdes assim como operacionais da CIA que trabalhavam como consultores e conselheiros dos rebeldes da Nicarágua.
Mais recentemente têm estado cerca de 500-600 militares estado-unidenses nesta base, que também serve como base da força aérea hondurenha, assim como centro de treino para aviadores.
Com a saída das bases estado-unidenses do Panamá em 1999, Palmerola tornou-se uma das mais utilizadas bases aéreas disponível para os EUA em solo latino-americano. A base localiza-se a aproximadamente 48 km para Norte da capital, Tegucigalpa.

Em 2006 parecia que Zelaya e a administração Bush estavam a aproximar-se de um acordo quanto ao futuro estatuto de Palmerola.
Em Junho desse ano Zelaya foi a Washington para se encontrar com Bush e o hondurenho pediu que Palmerola fosse convertida num aeroporto comercial.
Supostamente Bush terá dito que a ideia era "perfeitamente razoável" e Zelaya declarou que uma auto-estrada de quatro pistas seria construída de Tegucigalpa a Palmerola com fundos provenientes dos EUA.
Em troca do apoio da Casa Branca com as instalações de Palmerola, Zelaya ofereceu aos EUA acesso a uma nova base militar que se localizaria na área de Mosquitia, na fronteira das Honduras com a Nicarágua.
Mosquitia supostamente serve como corredor para passagem de drogas do Sul para Norte.
Os cartéis passam por Mosquitia com o seu produto, vindos da Colômbia, Peru e Bolívia.

Uma área remota, apenas acessível por ar, mar e pelo rio Mosquitia, está rodeada por pântanos e selva.
A região é ideal para os EUA porque pode albergar grande número de tropas em relativa obscuridade.

A localização costeira adequava-se perfeitamente à cobertura naval e aérea, consistente com a estratégia declarada pelos EUA no combate ao crime organizado, tráfico de droga e terrorismo.
O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Hondurenhas, Romeo Vásquez, ressaltou que as forças armadas precisavam de exercer uma maior presença em Mosquitia porque a região estava cheia de "conflitos e problemas."

Mas que tipo de acesso teriam os EUA a Mosquitia?
O ministro da Defesa Hondurenho, Aristides Mejía dizia que Mosquitia não seria necessariamente uma "base clássica com instalações permanentes, mas apenas utilizada quando necessário. Pretendemos, se o Presidente Zelaya aprovar, expandir as operações conjuntas [com os Estados Unidos]."
Esta afirmação, no entanto, aparentemente não foi do agrado de um dos cabecilhas do futuro golpe, Vasquez, formado na estado-unidense Escola das Américas , que já tinha viajado para os EUA para discutir planos futuros para Mosquitia.
Contradizendo o seu próprio colega, Vásquez disse que a ideia era "estabelecer uma base militar permanente hondurenha na zona" que receberia aviões e sistemas de abastecimento de combustíveis.
Os Estados Unidos ajudariam a construir pistas aéreas no local.

Os acontecimentos em terra, no entanto, forçariam em breve os hondurenhos a tomar uma abordagem mais assertiva no que dizia respeito à segurança aérea.
Em Maio de 2008 um terrível acidente ocorreu no aeroporto de Toncontín, quando um Airbus A320 da TACA deslizou para fora de pista na sua segunda tentativa de aterragem. Depois de derrubar árvores e esmagar cercas metálicas, a fuselagem do avião partiu-se em três. Três pessoas morreram e 65 ficaram feridas no acidente.
Após a tragédia as autoridades hondurenhas foram forçadas finalmente a bloquear a aterragem de aviões na notoriamente perigosa pista de Toncontín.
Todos os grandes jatos, segundo as autoridades, seriam temporariamente transferidos para Palmerola.
Enquanto visitava a base aérea americana o próprio Zelaya afirmou que as autoridades criariam uma nova estrutura civil em 60 dias.
Bush já tinha concordado com a construção hondurenha de um aeroporto civil em Palmerola, "Há testemunhas," disse o Presidente.

Mas construir um novo aeroporto tinha-se tornado politicamente mais complicado.
As relações EUA-Honduras haviam-se deteriorado consideravelmente desde o encontro com Bush em 2006, tendo Zelaya estreitado laços com a Venezuela e aumentado as críticas à política de combate à droga seguida pelos EUA.
O próprio embaixador de Bush no país, Charles Ford, disse que embora o tráfego fosse aceite em Palmerola, os acordos passados deveriam ser respeitados. A base era usada principalmente para aviões de vigilância de tráfico de drogas e Ford destacou que "o presidente pode pedir a utilização de Palmerola quando quiser, mas certos acordos e protocolos devem ser seguidos" e que "é importante destacar que Toncontín é certificada pela Organização Internacional de Aviação Civil", esperando com esta afirmação dissuadir as principais preocupações acerca da segurança do aeroporto. Disse ainda que havia algumas linhas aéreas que não viam Palmerola como um destino de aterragem "atraente".
Ford não elaborou ou explicou o que os seus comentários significariam.

Lançando mais achas para a fogueira, o secretário de Estado Adjunto, John Negroponte, que também foi embaixador dos Estados Unidos em Honduras, disse que o país não podia transformar Palmerola num aeroporto civil "de um dia para o outro".


Em Tegucigalpa, Negroponte encontrou-se com Zelaya para discutir sobre Palmerola.
Após o encontro, em declarações a uma rádio hondurenha o diplomata americano disse que antes de Zelaya poder concretizar os seus planos para Palmerola o aeroporto teria de receber certificação internacional para os novos voos.
De acordo com a agência noticiosa espanhola EFE, Negroponte aproveitou a sua viagem a Tegucigalpa para se encontrar com o presidente do Parlamento Hondurenho e futuro líder do golpe de Estado Roberto Micheletti [no relato não foram descritos os assuntos abordados na reunião].
É desnecessário dizer que a visita de Negroponte às Honduras foi amplamente repudiada por activistas progressistas e dos direitos humanos, que chamaram Negroponte de "assassino" e que o acusaram de ser responsável por desaparecimentos forçados durante o seu termo como embaixador de 1981 a 1985.
A atitude condescendente de Ford e Negroponte vexam os grupos de trabalhadores, de indígenas e de camponeses que exigem que as Honduras reclamem a sua soberania nacional sobre Palmerola.


"É necessário recuperar Palmerola porque é inaceitável que a melhor pista aérea da América Central continue nas mãos dos militares americanos", afirmava Carlos Reyes, dirigente do Popular Bloc, que inclui várias organizações políticas progressistas.


"A Guerra Fria acabou e não há quaisquer pretextos que justifiquem a presença militar na região", concluiu.


Os ativistas defendem que o governo não deveria sequer considerar trocar Mosquitia por Palmerola, porque isso seria uma afronta ao orgulho hondurenho.
Ao longo do ano seguinte Zelaya procurou converter Palmerola num aeroporto civil mas os seus planos atrasaram-se quando o governo não conseguiu atrair investidores internacionais.


Finalmente em 2009 Zelaya anunciou que as forças armadas hondurenhas realizariam a construção.
Para pagar o novo projecto o presidente utilizaria fundos provenientes da ALBA [Alternativa Bolivariana para as Américas] e do Petrocaribe, dois acordos comerciais recíprocos impulsionados pelo líder venezuelano Hugo Chávez. Previsivelmente a direita hondurenha saltou em cima de Zelaya por este usar fundos venezuelanos.


Amílcar Bulnes, presidente da Associação Empresarial das Honduras [conhecida pelo seu acrónimo castelhano COHEP] afirmou que os fundos do Petrocaribe não deveriam ser utilizados no aeroporto, mas em outras necessidades, não tendo especificado quais.

Algumas semanas depois de Zelaya ter anunciado que as forças armadas procederiam à construção de Palmerola, os militares rebelaram-se.


Liderado por Romeo Vásquez, o exército removeu Zelaya e exilou-o.


Na altura do golpe, ativistas da paz estado-unidenses visitaram Palmerola e ficaram surpreendidos por ver que na base havia intensa actividade e helicópteros voando por todo o lado.


Quando perguntaram às autoridades americanas se algo tinha mudado na relação EUA-Honduras, foi-lhes respondido que "não, nada" mudara.
A elite hondurenha e a política externa de direita dura do 'establishment' dos EUA tinham muitas razões para desprezar Manuel Zelaya, como já discuti em muitos outros artigos.


A controvérsia à volta da base aérea de Palmerola deu-lhes no entanto a munição decisiva.



«Zelaya afrontou interesses muito poderosos»


Honduras onde reuniu com a Frente Nacional contra o golpe

Entrevista a Joao Ferreira

Regressado da Nicarágua, onde se encontrou com o presidente Manuel Zelaya, e das e Estado, o eurodeputado do PCP sublinhou ao Avante! que o golpe naquele país foi a reacção do capital nacional e estrangeiro às transformações sociais em curso, e destacou a determinação popular não apenas em resistir ao governo ilegítimo mas em prosseguir com o aprofundamento de um processo político centrado na defesa da soberania nacional e numa melhor redistribuição da riqueza.
Avante!: Estiveste em Manágua com o presidente das Honduras, Manuel Zelaya. O que é que ele te transmitiu no encontro que mantiveram?
João Ferreira
: Transmitiu a intenção de regressar ao país e informou-nos sobre a situação social e política e as razões que estiveram na base do golpe de Estado.
As Honduras são uma das nações mais pobres da América Central. Cerca de 80 por cento da população vive na pobreza, e desses cerca de 60 por cento estão em situação extrema. Uma contradição, visto que o país dispõe de recursos naturais. A questão é que toda essa riqueza está, no essencial, concentrada em dez grandes famílias.
Manuel Zelaya, sendo um homem que vem do Partido Liberal, de centro-direita, evoluiu no sentido da defesa do interesse nacional e da afirmação da independência e soberania num país historicamente submisso aos norte-americanos. Evolução traduzida, desde logo, na adesão à ALBA, mas também pela reversão de privatizações.
A água é um caso sintomático e vale a pena esclarecer que, depois do golpe, o Congresso aprovou legislação que a torna objecto de negócio. Isto é, as privatizações que Zelaya travou estão a avançar pela mão dos golpistas. Outro caso de um negócio «estragado» foi o de uma rede de telemóveis que Zelaya conseguiu vender por 11 vezes mais que o valor inicialmente previsto.
O presidente manifestou igualmente a necessidade de redistribuir melhor a riqueza, de «forçar a oligarquia a dar mais». Foi durante o seu governo que se aumentou significativamente o Salário Mínimo Nacional, o que lhe valeu a fúria das classes dominantes com mais de 100 acções em tribunal intrepostas por empresários.
Nesse contexto o presidente Zelaya não esperava já uma reacção violenta da oligarquia?
Ele não, mas alguns movimentos sociais e o Partido da Unificação Democrática disseram que o golpe estava em preparação há algum tempo.
É evidente que Zelaya afrontou interesses nacionais e estrangeiros muito poderosos e ganhou a inimizade das classes dominantes. Estas lançaram uma campanha violentíssima usando a comunicação social, concentrada nas mãos da burguesia financeira especulativa. Apelidaram-no de corrupto, louco ou chavista, insultos que são a antecâmara do golpe de Estado.
Os golpistas justificam-se com a suposta ilegalidade da convocação de uma consulta popular sobre uma nova Constituição. A verdade é que o conjunto de transformações sociais em curso colocaram em causa os interesses da oligarquia, e a proposta de Zelaya de uma nova Constituição conduzia ao desenvolvimento do processo de afirmação da soberania nacional e de melhor redistribuição da riqueza.
Sendo que Zelaya propunha, antes de tudo, consultar o povo sobre a colocação de uma 4.ª urna nas eleições gerais afim de referendar a instalação de uma assembleia constituinte…
Essa é uma questão sobre a qual tem havido grande desinformação. Aquilo que estava previsto em Junho era uma consulta para saber se os hondurenhos queriam ter uma 4.ª urna nas eleições gerais de Novembro. A consulta não era vinculativa. Ainda que o povo dissesse sim, o Congresso teria sempre que aprovar.
É falso dizer que Zelaya se queria eternizar no poder. O que estava em causa com a instalação de uma assembleia constituinte eram questões como o aprofundamento da democracia participativa, o acolhimento de novas formas de propriedade – pública e comunitária, a par da privada -, a reforma agrária, o reconhecimento da cultura e dos direitos dos povos indígenas, a reforma do sistema de justiça. São estas propostas que levam o poder económico a agir. Primeiro através dos canais mediáticos desencadeando uma campanha colossal contra Zelaya, e depois pela força, culminando movimentações anteriores envolvendo a embaixada dos EUA.
Essa campanha mediática de que falas continua. Pudeste testemunhar esse facto?
Sim. A esmagadora maioria dos meios de comunicação ocultam as movimentações da resistência, não lhes dando qualquer expressão nas televisões, rádios ou jornais. Pura e simplesmente omitem as manifestações populares que ocorrem todos os dias há quase dois meses. Simultaneamente, dão cobertura às chamadas «marchas brancas» de apoio aos golpistas.
Os únicos órgãos de comunicação social que têm dado voz à resistência são o Canal 36 e a Rádio Globo.
Ambos ocupados pelas forças armadas logo após o golpe…
Ocupados sem cobertura judicial. Só depois das primeiras 100 horas do golpe é que os militares abandonaram as instalações. Para além disso, o director do Canal 36, com quem falámos, lembrou que são alvo de boicotes sucessivos como cortes de luz ou ameaças pessoais.
Horas antes de chegarmos às Honduras, um acto de sabotagem destruiu o emissor da estação voltando a impedir o seu funcionamento. Na mesma noite, um grupo de encapuzados destruiu também o transmissor da Rádio Globo. Neste momento, a rádio usa uma antena de baixa potência, cobrindo apenas a área da capital, Tegucigalpa, e chegando muito mal ao resto do país.
Para além dos negócios «estragados» de que falavas, Zelaya queria transformar a base militar norte-americana de Soto Cano (Palmerola) em aeroporto civil. Foram-te dadas informações sobre o envolvimento dos EUA no golpe?
O PUD confirmou que as movimentações golpistas tiveram como epicentro a embaixada dos EUA nas Honduras. John Negroponte e Otto Reich, ex-representantes diplomáticos nas Honduras e Venezuela, respectivamente, e o advogado venezuelano Roberto Carmona-Borjas, defensor legal de Pedro Carmona, empresário que em 2002 liderou o golpe de Estado na Venezuela, reuniram com o poder económico, com as cúpulas da igreja católica e evangélica, e com representantes dos partidos que estão ao lado do golpe e que dominam o Congresso, nomeadamente o sector do Partido Liberal que apoia Roberto Micheletti, o Partido Nacional e o Partido Democrata Cristão. O candidato presidencial dos democratas-cristãos, Felicito Ávila, admitiu mesmo ter estado em reuniões na embaixada dos EUA, onde se discutia a possibilidade de um golpe de Estado.
Pouco tempo antes do golpe, num processo que vários dirigentes da resistência classificaram como muito pouco transparente, foram eleitos novos membros para o Supremo Tribunal, todos filiados nos partidos favoráveis aos golpistas. Daí o Supremo Tribunal subscrever o argumento da ilegalidade da proposta constitucional de Zelaya.
Do ponto de vista jurídico, a detenção e expulsão de Zelaya é uma aberração. Os militares argumentam que cumpriram uma ordem da última instância judicial, mas a questão é que não foi movido qualquer processo e o presidente não se pode defender.
Acresce que a destituição pelo Congresso e a nomeação por aquele órgão de Roberto Micheletti viola a Constituição que os golpistas dizem defender.
A alteração constitucional continua a ser uma das reivindicações populares?
Continua a ser uma reivindicação central a par da restituição da legalidade democrática e do regresso imediato e incondicional de Manuel Zelaya às Honduras, ou seja, sem partilha de poder e na plena posse dos poderes de que foi destituído, o que nos leva para a questão das eleições agendadas para dia 29 de Novembro.
Qual é a posição da Frente Nacional em relação às eleições?
Há uma tentativa de branquear o que se passou, encarar as eleições como a retoma da legalidade democrática, ignorando que o processo eleitoral está ser organizado pelos golpistas e pelas forças armadas que os suportam, que decorre sob a autoridade de um poder judicial parcial.
Infelizmente é parte desta manobra a ONU. Através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento assume uma posição bastante ambígua. Ao mesmo tempo que condena formalmente o golpe, envolve-se na preparação do acto eleitoral. Ou seja, separa o que foi o golpe de Estado do sufrágio. Isto tem que ser denunciado! Não se pode desligar que as eleições são preparadas por um governo golpista com tudo o que isso comporta em termos de legitimidade do acto.
A Frente Nacional diz que todo o processo tem que decorrer a partir da restituição da legalidade democrática, a começar pelo regresso de Zelaya em posse de plenos poderes no início da campanha. Exigem igualmente a desmilitarização da sociedade, que se sente muito nas ruas, nas manifestações acompanhadas de perto pelos militares e pela polícia. Reclamam ainda a garantia de isenção e a restituição da liberdade de informar e ser informado e o respeito pelas liberdades democráticas e pelos direitos humanos.
Não há condições para um acto eleitoral livre e justo quando continuam as perseguições, a repressão sobre as manifestações e os assassinatos sobre activistas da Frente Nacional, como sucedeu com um jovem morto enquanto pintava um mural.
A Frente Nacional deu informações sobre as detenções, as perseguições, os assassinatos que têm sido denunciados?
Foram feitas muitas prisões ilegais e um grande número de pessoas continuam desaparacidas. Estive com uma dirigente camponesa, Margarita Murillo, que não sabe do filho há 20 dias. Mas continua a lutar.
É também por isso que a Frente Nacional exige a punição dos golpistas e rejeita o plano apresentado pelo presidente da Costa Rica, Oscar Árias?
Exacto, ao admitirem a participação dos golpistas num governo chamado de unidade estariam a pactuar com o branqueamento do golpe e com tudo o que está a acontecer.
Da tua participação nas marchas, o que pudeste observar nas pessoas que se manifestavam?
Uma grande coragem e tenacidade. Não é por acaso que se mantêm ininterruptamente os protestos. Observámos ainda uma sólida determinação em prosseguir com as manifestações pacíficas. Disseram-nos que é o facto de serem pacíficas causa inquietação nos golpistas, sedentos de pretextos para esmagar as massas.
Foi também possível perceber que o golpe motivou a entrada na luta de sectores que não estavam muito envolvidos no processo político em curso. Os advogados, que desempenham um papel importante na denúncia da repressão, ou os professores, que neste momento estão a sofrer represálias pelas greves que têm levado a cabo. O governo não lhes pagou os salários do mês passado.
Face ao retrocesso que representou o golpe de Estado nas Honduras, sectores das camadas intermédias reforçaram aquilo que é hoje uma ampla frente de luta em defesa da reposição da democracia e das transformações sociais.
Nas reuniões expressaste não só a solidariedade dos comunistas portugueses mas também do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL), que o PCP integra no Parlamento Europeu.
Entregámos a Zelaya um abaixo-assinado promovido pelo GUE/NGL no qual 90 eurodeputados de várias forças políticas condenam o golpe e defendem a adopção por parte da UE de medidas de pressão sobre os golpistas.
Tanto Zelaya como a Frente Nacional valorizaram muito o gesto e sublinharam que seria importante a suspensão do diálogo entre a UE e os países da América Central em torno dos acordos de associação. Até que seja estabelecida a legalidade democrática, é fulcral que essas negociações sejam interrompidas, sob pena de o novo governo, que esperamos que seja o legítimo, ver-se confrontado com um processo negociado por todos os outros.
No mesmo sentido, alertaram para a supensão dos chamado sistema de preferência generalizada, esse já em vigor, que permitiu nos últimos anos às Honduras quadriplicar as exportações para o espaço da UE.

Confederación Intersindical Galega - Miguel Ferro Caaveiro 10, Santiago de Compostela

Contacta por correo en cig.prensa@galizacig.com

http://www.galizacig.com/avantar/opinion/8-9-2009/zelaya-afrontou-interesses-muito-poderosos-entrevista-a-joao-ferreira







quarta-feira, 7 de outubro de 2009

HOMENAGEM ÀS CRIANÇAS DO MUNDO - OUTUBRO - MES DAS CRIANÇAS



recados para orkut


Dizes que sou o futuro,


Não me desampares no presente.


Dizes que sou a esperança da paz,


Não me induzas à guerra.


Dizes que sou a promessa do bem,


Não me confies ao mal.


Dizes que sou a luz dos teus olhos,


Não me abandones ás trevas.


Não espero somente o teu pão,


Dá-me luz e entendimento.


Não desejo tão só a festa do teu carinho,


Suplico-te amor com que me eduques


Não te rogo apenas brinquedos,


Peço-te bons exemplos e boas palavras.


Não sou simples ornamento de teu carinho,


Sou alguém que te bate à porta em nome de Deus.


Ensina-me o trabalho e a humildade, o devotamento e o perdão.


Compadece-te de mim e orienta-me para o que seja bom e justo.


Corrija-me enquanto é tempo, ainda que eu sofra...


Ajude-me hoje para que amanhã eu não te faça chorar.


A message from the children of Palestine



Let Me Die! - A Poem About A Palestinian Child

O mundo será julgado pelas crianças. O espírito da infância julgará o mundo.

Ainda há gente que não sabe, quando se levanta, de onde virá a próxima refeição e há crianças com fome que choram.


Crianças são esquecidas, deixadas pela razão da ignorância, deixando de viver para apenas sobreviver sobre os cacos de uma sociedade fria...


Não é o sofrimento das crianças que se torna revoltante em si mesmo,
mas sim que nada justifica tal sofrimento.
Os adultos muitas vezes ignoram as crianças, porque elas buscam a verdade;
enquanto eles fogem dela.
Trezentos milhões de crianças “passam hoje fome em todo o mundo.
O dia das crianças não pode ser apenas poesia por um dia.
Esse vídeo é impressionante.
Espero que após o assistir , você trate melhor as crianças ao seu redor.
Disse uma vez um grande homem: "O mundo é das crianças".
"" O QUE DAMOS AOS POBRES É O QUE RECEBEMOS QUANDO MORREMOS ""
Se esse vídeo conseguir despertar em você vontade de fazer uma boa ação,
já terá valido a pena tê-lo mantido no meu espaço.
Deus te abençoe .


O homem como sempre criando abismos e quem mais sofrem com isso são os nossos pequenos anjos.
Percebemos o quanto milhares de nossas crianças estão carentes de bons exemplos; o quanto aproveitam o que lhes é oferecido, sem que tenham chance de se defender.  

Assistam e reflitam sobre o futuro que queremos para esses Pequeninos, veja o que você está fazendo para isso...





Saiba quais são as etapas e exigências para adotar uma criança
Primeiro passo é procurar a Vara da Infância e Juventude.
Pais precisam entender que adoção é para ajudar a criança, não o casal.

Se você quer adotar uma criança, é bom estar preparado e ter uma coisa em mente: a adoção é para resolver o problema da criança e não o seu. Por isso, é preciso disposição, paciência e uma boa dose de amor e carinho. Isso é por sua conta. O resto, o G1 explica agora como fazer.

Veja o especial Dia das Crianças

O juiz titular da Vara da Infância e Juventude da Lapa, em São Paulo (SP), e coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo Reinaldo Cintra Torres de Carvalho explicou o processo de adoção, passo a passo.

Para o promotor de Justiça aposentado e especialista em adoção Wilson Donizeti Liberati, os pais precisam ficar atentos e pensar bem no porquê querem adotar.

“A criança tem o direito a uma família, não são os pais que têm direito a filhos. Uma adoção não vai resolver a situação de um casal com problemas conjugais, por exemplo”, afirma.

Quem quer adotar precisa saber que vai ter que passar e ser aprovado por uma série de análises de especialistas da Vara da Infância. “Algumas pessoas têm uma dificuldade muito grande para serem avaliadas. Elas acham que o simples fato de quererem ser pais é suficiente, não aceitam as avaliações”, afirma Torres de Carvalho.




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Se você pensou bem e está preparado, confira agora o que acontece em um processo normal de adoção:

Quem pode adotar:

- Qualquer pessoa maior de 18 anos independente de seu estado civil. Os pais adotivos precisam ser no mínimo 16 anos mais velhos que o adotado.

10 passos para adotar:

1) O primeiro passo é procurar a Vara de Infância e Juventude mais perto de sua casa e entrar com um pedido de adoção. “Não é preciso advogado e é tudo de graça”, afirma o juiz Torres de Carvalho.

2) Após a entrada do pedido, você será encaminhado para o setor técnico da Vara, onde assistirá palestras de orientação sobre a documentação e os cuidados necessários.

3) Os futuros pais considerados aptos são encaminhados para entrevistas com psicólogos e assistentes sociais. Os considerados não-preparados recebem o contato de grupos de apoio para pretendentes à adoção.

4) Nas entrevistas, os pais são avaliados. Nessa fase, a casa dos adotantes também deve ser visitada por assistentes sociais.

5) O setor elabora um parecer técnico sobre as condições da futura família, que vai ao Ministério Público. O Ministério Público analisa o caso e faz o seu próprio parecer. O processo todo é encaminhado ao juiz da Vara.

6) O juiz decide se os pais estão habilitados para a adoção. Se estiverem, seu registro vai para o Cadastro Nacional de Adoção. Se não estiverem, eles podem recorrer à decisão.

7) Depois dos pais estarem devidamente cadastrados, o juiz vai ver quais crianças ele tem disponível para adoção que correspondem ao perfil especificado. “O principal cuidado é encontrar uma família que seja adequada à criança”, afirma Carvalho. Quanto menos exigências o casal fizer, mais rápida é essa fase.

8) Se os pais concordam com a sugestão do juiz, começa a fase de “aproximação”. A criança começa a ser preparada no abrigo para conhecer a família. A família são informados sobre a história da criança.

9) Os pais conhecem a criança gradativamente. Primeiro, vêem de longe. Depois, conhecem dentro de um grupo. Após algumas visitas, levam a criança para passear. Mais tarde, para dormir na casa da família. Assistentes sociais e psicólogos acompanham o processo.

10) Se tudo der certo, os pais recebem a guarda da criança por um "período de convivência”. A Vara e o abrigo acompanham tudo. Quando a nova família for considerada “estável”, a adoção é formalizada e a criança é considerada filha, com todos os direitos de um filho biológico.

De acordo com o juiz, é impossível precisar o tempo que o processo leva. “Varia de casal para casal, de caso para caso”, afirma.

A maioria quer uma criança de até três anos, branca, sem irmãos. Isso já elimina 90% do meu cadastro” "
Segundo ele, a parte mais demorada é a espera por uma criança – mas isso acontece não por falta de opções.

“Normalmente, o casal tem um sonho. E na grande maioria das vezes esse sonho é só um sonho. A maioria quer uma criança de até três anos, branca, sem irmãos. Isso já elimina 90% do meu cadastro”, explica Torres de Carvalho.

“Mesmo entre as pessoas que têm um perfil mais aberto é difícil. Há casos de pais para quem não importa o sexo da criança, nem a idade, nem a cor e ainda assim eles têm que esperar por que geralmente ninguém quer uma criança com um histórico de violência”, afirma ele. “As crianças que vão para adoção não fizeram pré-Natal no Einstein. São crianças que foram abandonadas e estão traumatizadas.”

Para Liberati, os pais adotivos precisam estar preparados por que sua missão é “resolver o problema da criança”. “Essa criança provavelmente veio de um ambiente difícil. O trabalho dos pais será consertar isso. Não é fácil”, afirma.

Adoção dirigida

O juiz Reinaldo Cintra Torres de Carvalho explica também que é crime de falsidade ideológica “adotar” uma criança simplesmente a registrando como se fosse sua. “Essa é uma prática que diminuiu muito devido às medidas tomadas para inibir o registro fora das maternidades, mas ainda existe. É bom lembrar que isso é crime”, afirma.

Adotar uma criança já conhecida é possível, mas precisa obedecer algumas regras. A chamada “adoção dirigida” só é permitida pelo juiz caso seja comprovado um “vínculo afetivo” entre os pais biológicos e os potenciais pais adotivos. “Por exemplo, se for um parente, um padrinho ou um amigo comprovadamente de muitos anos”, afirma.

Entrega para adoção

Quem quer entregar uma criança para adoção, por qualquer motivo, também deve procurar a Vara da Infância. “Quem não tem condições ou não quer, por qualquer motivo, criar uma criança não só pode, como deve, procurar a Vara. Lá, essa mãe vai receber todo o apoio necessário. A Vara vai tentar ajudar a situação para que a família permaneça unida, mas se isso não for possível, vai receber a criança da melhor maneira possível”, explica.

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Vamos começar aqui uma corrente para que Deus permita que nossos Pequenos Guerreiros não percam a LUZ e nem o BRILHO no olhar, mesmo sabendo que muitas coisas que eles vêem no mundo escurecerão seus olhos.